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I Encontro Farmale: Uma conversa sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais com a Dra Giovana Zibetti
Keep fighting!
III Encontro Farmale: Ostomia e Doenças Inflamatórias Intestinais
I will beat IBD
Ali Jawad, paratleta do halterofilismo com doença de Crohn: Você é uma inspiração para todos nós!
II Encontro Farmale - Diagnóstico das Doenças Inflamatórias Intestinais: Investigação Endoscópica Palestrante: Dr Flavio Abby
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Toda cicatriz tem uma história

Quem convive com alguma doença inflamatória intestinal (DII) - doença de Crohn ou retocolite ulcerativa - já passou por uma ou mais cirurgias ou se não passou já deve ter ouvido de alguém que um dia passará, mas fique tranquilo, pois aqui também existem exceções. Eu me lembro bem ter ouvido algumas vezes do meu médico que um dia eu ainda faria uma cirurgia e ele acertou, fiz uma após um procedimento para dilatação do meu intestino (meu Crohn é estenosante) em uma colonoscopia. Foi um susto! Saí para fazer um procedimento contando que retornaria no mesmo dia para casa e só retornei cinco dias depois, deixando uma filha de um ano e seis meses me esperando.

Foi um susto daqueles! Estava com uma amiga que apesar de não ter DII, já travou uma batalha contra um câncer de intestino e já havia passado pela mesma cirurgia que eu faria naquele dia. Minha filha ficou com o pai em casa esperando meu retorno, mas o Crohn resolveu me dar uma rasteira dez anos após o diagnóstico. Nossa! lembrei que ainda não contei como cheguei ao diganóstico! Isso também merece textão, pois só quem tem DII sabe a luta que é fechar um diagnóstico, então em um próximo texto conto como foi.

O que mais me deu força para não desanimar foi ser mãe e ver que uma parte de mim, tão pequena e frágil ainda precisava da minha presença e eu precisava continuar aqui como mãe, pois a felicidade, o amor que sinto por minha pequena não poderiam acabar em tão pouco tempo.

Cada dia que percebia a noite chegando, eu fechava os olhos e pensava, amanhã é outro dia e eu estarei bem melhor que hoje. Era uma meta, foquei nesse pensamento e nada mais!


Estava sempre muito séria, pois quando você tem um foco você precisa se concentrar e assim foram esses cincos dias de internação, nem mesmo as cólicas e o péssimo atendimento que tive onde fiquei internada conseguiram tirar meu foco em ir embora dali o mais rápido possível e finalmente estar com a minha filha, minha família.

Minha filha as vezes pergunta se a cicatriz vai ficar para sempre na minha barriga e eu digo sim, que ela é para sempre. 


Foram duas cirurgias, uma de emergência após a colonoscopia e um ano depois outra para corrigir as hérnias incisionais porque meu corpo rejeitou os pontos internos, foram dias de mais luta, um teste para a minha paciência, um desafio para eu superar o medo de uma nova cirurgia.

Cicatrizes algumas vezes traumatizam e foi assim comigo, mas venci mais essa e hoje estou aqui para contar e levar apoio para quem está passando ou passou por algo assim. Tudo passa!

Em outro texto conversamos sobre essa rejeição de pontos, meus dias em um hostpital que não indico para ninguém, minha segunda cirurgia e tudo mais que eu acredito ser importante compartilhar.




Toda cicatriz tem uma história e se você sobreviveu para contar, você é uma pessoa vencedora. Você superou a dor, foi forte o suficiente para vencer e certamente houve um aprendizado, uma lição para a vida.

Nosso corpo é como uma máquina que pode apresentar problemas a qualquer momento e no caso das doenças inflamatórias intestinais, o nosso sistema imunológico que deveria trabalhar nos defendendo de agressores, acaba falhando e não reconhece o nosso corpo, o nosso intestino. Uma guerra então é travada contra nós mesmos. E a guerra é tão feia que muitas vezes temos que tirar o intestino, ou parte dele, da jogada, porque o sistema imunológico é valente e não desiste! Ainda bem que temos ajuda de bravos guerreiros, os medicamentos e os nossos médicos, trabalhando para bloquear essa guerra que travamos contra nós mesmos.

A guerra é pesada e se você tem cicatrizes, assim como eu, dessa luta, não sinta vergonha, tenha orgulho da sua vitória, pois você sobreviveu e estamos aqui conversando sobre isso. Não desista de lutar, temos boas armas como já escrevi, os medicamentos e os médicos. E a pesquisa ciêntifica também, os pesquisadores não param um minuto buscando melhores fármacos para o tratamento das doenças autoimunes, todo dia leio notícias promissoras sobre o assunto.

Acompanhe o blog aqui também:

I Encontro Farmale

No dia 21 de maio nos encontramos durante o 1º Piquenique DII, evento organizado por mim e que me deixou muito feliz com a repercussão, assim como o retorno positivo de todos que participaram. Realizar esse piquenique foi muito prazeroso! Trocar experiências, poder levar mais apoio e orientação sobre as doenças inflamatórias intestinais é mais do que uma meta para mim, é um dever, pois como Farmacêutica me sinto estimulada realizando esse empoderamento dos pacientes.

Já recebi mensagens perguntando sobre quando farei um próximo encontro, sobre realizar uma festa junina, sobre sugestão de local para mais encontros e esse retorno é muito gratificante. Só tenho a agradecer pelo apoio e participação de todos, pois sem vocês não teria estímulo para continuar. Juntos somos mais, juntos somos mais fortes, juntos somos mais fortes que a doença. 


Hoje estou aqui para fazer um convite muito especial, convidá-los para o I Encontro Farmale.

Vamos conversar sobre as doenças inflamatórias intestinais - doença de Crohn e retocolite ulcerativa - com a presença da Dra Giovana Zibetti, Médica Proctologista do Hospital dos Servidores do Estado. 

Nos reuniremos em grupos para debater sobre diagnóstico e tratamento e então a Dra Giovana Zibetti iniciará uma palestra com muita informações sobre as doenças inflamatórias intestinais. Será uma excelente oportunidade para entendermos melhor sobre essas doenças.

O I Encontro Farmale será realizado no Copacabana Medical Center:
Rua Siqueira Campos, 93 Andar P - Copacabana
Data: 09/07/16
Horário: 9 horas
Evento gratuito
Teremos um coffee break

Informações: farmaleachou@gmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/events/1256385074385088





Quero registrar aqui um agradecimento especial ao Dr Marcelo Caldeira que tem sido um grande amigo e incentivador do meu trabalho no blog Farmale.
Obrigada ao CITRJ - Centro de Infusões e Terapias pelo apoio e confiança.
Obrigada Dra Giovana Zibetti, muita honrada com a sua presença.

Você pode acompanhar o blog por aqui também:
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Eu Não Desisto da Cura

Alguém aí pensando em desistir? 


Que tal um sorvetão como esse aí da imagem? Já sei, você vai dizer que tem lactose e então vai desistir... mas e se for de leite vegetal, logo, sem lactose, que tal? Você vai dizer que tem açúcar e que ficará cheio de gases... e se for adoçado com tâmaras* ou feito com banana* bem madura? Eu não vou desistir de te apresentar novas maneiras para você ficar satisfeito e consequentemente feliz em saborear esse sorvetão. E assim temos que fazer com a vida, não deu nesse caminho, tente outro, não deu nesse também, ok, não desista e tente outro. Você vai encontrar o caminho certo de alguma maneira, o importante é não desistir. 

Eu tenho um foco, um pensamento muito constante na minha cabeça - a cura 


Sim, claro! Eu acredito na cura, se eu estou em remissão, tenho que acreditar na cura. Vejam bem, medicamentos foram e estão sendo criados para alcançarmos a remissão e sabemos que muitos pacientes estão vivendo bem com a doença. Terapias para a cura estão também em estudo e se medicamentos, que podem nos manter em remissão, estão aí no mercado, claro que alguma terapia que traga a cura pode chegar. 

Eu não fico um dia sem pensar nisso, todos os dias leio diversas notícias sobre as pesquisas em doenças inflamatórias intestnais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa) e também sobre outras doenças ainda sem cura. Leio artigos científicos, acompanho sites de laboratórios do mundo todo, não desisto de buscar mais nformação e todo dia sempre encontro alguma novidade nas pesquisas e novas pesquisas iniciando. 

Se eles não desitem, como eu posso desistir? 





*A Tâmara é uma fruta que normalmente encontramos na forma seca e é considerada uma das frutas mais doces encontradas na natureza, por isso é muito utlizada para adoçar receitas.
*Usar banana bem madura é outra deliciosa e saudável opção para adoçar. Faço sorvete aqui em casa com banana bem madura e congelada, é só você bater no liquidificador com uma outra fruta. Fica uma delíca! 

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Positividade

Vamos fazer um acordo? Bateu medo, a inveja passou por perto, sentiu algo negativo e o mau humor está se instalando... Vamos conversar, trocar umas ideias, desabafar, mas nada de deixar guardado, nada de se isolar. Contar com alguém para desabar faz bem de verdade.


Sugiro que você leia essa texto clicando no link: http://migre.me/ubSx9
Uma parte:
"apenas tomar remédios para aliviar os sintomas ou curar a doença não são suficientes. Sem mexer na origem do problema, a somatização continuará. "A pessoa precisa ter a humildade de se olhar no espelho e dizer: eu preciso mudar. E ter a coragem para mudar. Senão ficará se repetindo para sempre", observa o psiquiatra Verea.

"A mudança acontece quando consigo conhecer minha capacidade, incapacidade, bondade e maldade. Aí a pessoa pode discernir o que sente, o que é dela e o que está absorvendo do ambiente em que está", diz a psicóloga Maria Rosa Spinelli, da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática. "

#farmale #farmaleachousaude #mauhumor #bomhumor #maisamor #positividade

Ter uma doença crônica não é fácil

Ter uma doença crônica, ser ostomizado, tomar medicações regularmente, pensar no que pode e não pode comer o tempo todo, estar sempre em alerta com a ostomia... entendo muito essa moça... não sou ostomizada, mas já não tenho meu intestino por inteiro, tomo medicações regularmente, sempre que fujo da dieta me arrependendo, não gosto das restrições alimentares. Sim! eu fujo da dieta, pareço certinha mas não sou, sou igual a todo mundo que queria muito um dia não ter nada, ser saudável, ser inteira. E ainda não consigo ficar relaxada mesmo estando em remissão, qualquer alteração no meu trânsito intestinal e pronto! Começo a sofrer achando que o Crohn voltou, parece até uma assombração! Lembro muito de quando eu fazia exames de rotina e me orgulhava de dizer que nunca havia feito uma cirurgia... parece bobagem, mas só quem passa pelos problemas que as doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa) causam sabe do que estou falando.

Por isso que gosto muito de escrever sobre as novas descobertas de tratamentos, novas medicações, ainda acredito na cura. Quem sabe?


O texto que estou compartilhando aqui está em Inglês, mas é pequeno e usando um tradutor você conseguirá entender numa boa. Aqui no blog olhando para a direita você verá um tradutor para usar. 

"The hardest part of chronic illness

No matter what kind of disease or illness you are talking about, chronic disease is hard. And the hardest part is, well… the chronic part. The permanent part. The forever part.

I can’t tell you how many times I have wished just for one day to not have to deal with everything that comes along with it. Just one day completely disease/illness/condition free. Just one day where I could completely erase the words “Crohn’s” and “ostomy” from my mind.

stephanie hughes stoma ostomy ileostomy stolen colon crohn's disease ulcerative colitis inflammatory bowel disease ibd blogFor the first 13 years of living with Crohn’s before my surgery, I rarely got a break. I had a few years during high school where I would feel pretty normal most of the time, but would still deal with a difficult week every month or so. But since I went off to college in 2004, I don’t think I’ve had a day where it hasn’t been present in some form or another, or where I didn’t think about having to quickly find a bathroom or worry about smelling up the one in our dorm or think about the handful of medication I had to take. It was always there. Reminding me that my colon was not my friend.

Even now, I’m so thankful that I have spent the majority of the past two years free of symptoms from Crohn’s, but I will never again be a healthy human being with all of my bodily organs. I will always have to deal with the ramifications that come from not having a colon.

Fonte: http://migre.me/uaZ5x
I wish just for one day that I didn’t have to push my poop out of bag. I wish for one day I didn’t have to try to down 3+ liters of water and even then still feel dehydrated. I wish I didn’t have to think through every item I eat to consider whether or not it may give me an issue. I wish for one day I wouldn’t have to have a piece of adhesive stuck to my stomach, causing irritation and itching my skin. Hell, forget one day, just one hour would be nice! But I know that will never happen.

I’m stuck with it. For now and forever. Til death do us part. There will never be a Stephanie without an ostomy. And there will never be a Stephanie without Crohn’s disease. And I hate to say that, but I don’t see a cure coming in my lifetime. I know that sounds negative and I really I hope I am wrong. I think there are a lot of good things coming to be excited about. Things to push us into remission and deal with the symptoms, but those aren’t cures. Those won’t do away with the permanent nature of Crohn’s disease and ulcerative colitis.

I was given the option of trading one chronic condition for another and I took it. I knew the decision I made was for keeps and that once I went through with it I would never be ale to go back. I don’t regret it for a minute, but there are those days… those days that I just wish I could take even a short break from the permanent."



Para conhecer o blog The Stolen Colon clique nesse link: 




Sobre a autora:
Stephanie Hughes foi diagnosticada com a doença de Crohn, em 1999, quando tinha 13 anos. Depois de anos lidando com os sintomas dolorosos da doença, em 7 de maio de 2012, ela passou por uma cirurgia onde seu cólon foi removido havendo a nessecidade de uma ostomia permanente.

Para ler o texto direto no blog The Stolen Colon: http://migre.me/uaZ5x

Quer saber o que eu já publiquei sobre ostomia? Clique aqui nesse link: http://goo.gl/fr0ipP

Valorizar o Momento

As doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa) são crônicas e quando estamos em crise as dores são insuportáveis, muita cólica abdominal. E ainda podemos apresentar manifestações extraintestinais que também são bem dolorosas, eu tenho espondilite associada ao Crohn e agora no inverno muitas vezes acordo como se um trator tivesse passado sobre o meu corpo, principalmente minhas costas. O que eu faço para melhorar? Além da medicação diária e um medicamento biológico, eu me alongo em casa, faço ballet e aulas de flexibidade. Sinto que assim as coisas melhoram no corpo e na mente, pois a dor estressa. A dor afeta a capacidade de desejar e a atividade do pensamento. É frequente uma pessoa com dor desejar não mais viver. A dor deprime e a depressão agrava a dor, é um ciclo vicioso. Não podemos então, deixar que isso se instale e tome conta da nossa vida. 

Ontem conversando com uma amiga muito querida, uma amiga que a doença de Crohn me deu, ela disse uma frase tão bacana que eu resolvi compartilhar com vocês: "Mesmo com dor, gosto de sair com meu bem de moto para ver o pôr do sol, mesmo que seja só por 20 minutos." E aqui está a resposta para que a dor não tome conta da nossa vida a ponto de nos deprimir.


Vou deixar aqui algumas dicas para praticarmos diariamente para que possamos superar as crises e aproveitar melhor a vida. Essas dicas foram tiradas de um livro muito bacana que eu indico a leitura “Qual o tempo do cuidado? Humanizando os cuidados de enfermagem” de Maria Julia Paes da Silva.

  • Valorizar o momento: o tempo não para, é um dom que recebemos ao nascer, o que passar agora não volta mais, portanto há que se dizer “eu te amo”, pedir perdão, ligar, dar atenção, dizer “não” quando assim tiver de ser, dizer “sim" quando esta for a vontade.
  • Estar atento: estar inteiramente presente em cada instante, aproveitar, viver e valorizar o agora.
  • Priorizar: fazer escolhas sem olhar para trás, mas se um dia se tiver de retroceder, para continuar caminhando, por que não?
  • Organizar: planejar a utilização do tempo para aproveitarmos melhor cada instante da vida; há tempo de não fazer nada e estar consigo mesmo; há tempo de lazer; há tempo de estudar; há tempo de trabalhar; há tempo de curtir a família e os amigos; há tempo de falar e há tempo de silenciar...

Fontes:
Manual de Tratamento da Dor. Dor aguda de origem oncológica. Tratamento não invasivo. De Fauzia F. Naime. https://goo.gl/mDLlYz

“Qual o tempo do cuidado? Humanizando os cuidados de enfermagem.” De Maria Julia Paes da Silva. https://goo.gl/MjNsJA

Não temos tempo a perder

BomDia! Sempre em frente! Sem desistir, sem desanimar! Não temos tempo a perder, certo? 



Acordar é pouco, desperte! Dê aquela espreguiçada gostosa, aqueça seu corpo e pensamento com coisas boas. Bons pensamentos atraem coisa boas.
Ainda não deu tudo certo? Vai dar, tudo no seu tempo. 🙏🏻

Você tem um ritual para acordar? Eu sempre coloco aquela função soneca de 10 minutinhos no meu despertador. Dizem que não é bom, mas eu desperto melhor assim. Levanto e o meu relógio intestinal já funciona 😊, depois arrumar filhota para escola, tomar o café da manhã e hoje tem Ballet! Então, banho, collant, meia calça, coque caprichado e partiu!

Tem página do blog no Facebook: www.facebook.com.br/FarmaleAchou
Tem no Instagram e Twitter também: Farmale

Lorena conta as vantagens e desvantagens de estar careca

Lorena é uma menina carismática e cheia de vida! Tenho acompanhado seu tratamento para se livrar dos problemas que a doença de Crohn causam. 


No caso da Lorena, a doença é bastante agressiva e por isso ela está passando pelo transplante de medula óssea. Você pode ler mais sobre o tratamento da Lorena aqui nesse link do blog: http://www.farmale.com.br/2016/04/transplante-de-medula-doenca-de-crohn-e.html

Hoje ela fez um vídeo no seu canal, sim! Lorena é uma Youtuber! Tem muitas dicas bacaninhas de livros, maquiagem e sobre o transplante. 💜

No vídeo de hoje, ela conta quais são as vantagens e desvantagens de estar careca. Assistam!


Quem Faz o Dia Bonito é Você

É comum que um dia ou outro a gente fique inseguro, se sentindo triste e desmotivado. Doença crônica não é mole não! Saber que o seu tratamento não lhe trará a cura é pesado... mas precisamos tirar algo de bom nisso e não deixar que a doença nos sufoque. Precisamos aprender a lidar com esses sentimentos para que não vire um problema maior. Não podemos deixar que esses momentos de desânimo se tornem um estado permanente.

Não importa a cor do céu, que faz o dia bonito é você!


Procure ser otimista, a vantagem é que o otimismo atua de maneira eficiente no organismo, rendendo uma resposta fisiológica que ajuda na recuperação. Ter uma atitude positiva em relação à vida faz com que haja maior liberação de endorfina, hormônio que dá uma sensação de bem-estar, melhora o humor, fortalece o sistema imunológico e aumenta a resistência do organismo a doenças oportunistas que comprometem o tratamento.

Então vamos fazer dos nosso dias, dias mais bonitos, dias mais leves e quando estiver difícil, chame alguém para ajudar, não se isole, procure ajuda. 

Juntos somos mais! Juntos somos mais fortes! Juntos somos mais fortes que a doença! 




Amo cheirinho de café, mas aqui só descafeinado


Você também ama o cheirinho do café? Como você prefere o seu café? 

Eu prefiro coado, acho o expresso muito amargo. Também tenho o costume de tomar descafeinado, pois não me contento só com uma xícara, tomo de caneca!

Trago aqui algumas informações sobre o descafeinado:

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamenta que os cafés descafeinados não solúveis devem ter, no máximo, 0,1% de cafeína, e os solúveis 0,3%. Em caso de doença de refluxo do conteúdo gástrico, o consumo de café descafeinado também é prejudicial, mas tem efeito menos potente que o café tradicional. Estudos indicam que as metilxantinas* contribuem para o relaxamento do esfíncter esofagiano (favorecendo o refluxo) e um componente presente na cera do grão do café, a 5-hidroxitripamida, é capaz de irritar a mucosa gástrica e estimular a secreção ácida. Já existem na Europa, produtos com menor quantidade dessa substância, denominados “cafés amigos do estômago”.

*Metilxantinas:

Os efeitos do café sobre a saúde vão muito além do estímulo metabólico causado pela cafeína. Os principais compostos do café são as metilxantinas (cafeína, teobromina e teofilina), beta carbonilas (harmana e nor-harmana), ácidos clorogênicos (cafeoilquínicos, feruloilquínicos, dicafeoilquínicos, p-cumaroilquínico, cafeoilferuloilquínicos), (1,5) y-quinolactonas, tocoferóis, 5-hidroxitriptamidas, diterpenos e melanoidinas.



As metilxantinas são compostos com estruturas similares à adenosina, um nucleosídeo formado por uma adenina e uma ribose. No sistema nervoso central, a adenosina atua também como neurotransmissor, que, quando ligado ao receptor AI e A2A dos neurônios, produz efeito inibitório da atividade cerebral (efeito calmante). As metilxantinas, principalmente a cafeína, possuem a mesma capacidade de se ligar a estes receptores. É como se as metilxantinas roubassem o lugar da adenosina no seu receptor, bloqueando sua ligação e, portanto, a sua ação “calmante”. Consequência disto é o estímulo do metabolismo celular, que gera melhoria da memória, concentração e inibição do sono. Dentre as metilxantinas, a cafeína é a que possui efeito mais potente. Outro efeito estimulatório das metilxantinas é pela inibição das fosfodiesterases, enzimas que anulam o efeito do AMP cíclico (adenosina monofosfato) na ativação de outras enzimas do metabolismo, tornando-o menos ativo. Quando as metilxantinas se ligam a estas enzimas, impedem a degradação do AMP cíclico, gerando assim efeito estimulante do metabolismo.   

Fonte:

O 1º Encontro de EspondiloArtrites foi excelente!

Aconteceu no dia 4 de junho em São Paulo o 1º Encontro de EspondiloArtrites com o objetivo de reunir pessoas que convivem com Espondilite Anquilosante e Artrite Psoriásica, para discutir temas relevantes sobre a qualidade de vida e direitos dos pacientes. 

Aula de Flexibilidade

Aula de flexibilidade toda sexta-feira. Pensa que é fácil??? Não mesmo, mas os benefícios são ótimos! Postura, flexibilidade, distrair a mente... 


Tenho doença de Crohn e mesmo em remissão a cabeça fica a mil quando rola uma diarreia. E com o frio, a espondilite anda nervosa! Então manter o corpo em movimento é muito importante para aumentar a mobilidade/flexibilidade, diminuir a rigidez das articulações, aumentar a força muscular, melhorar a postura, diminuir a dor e a inflamação, SIM, o exercício físico bem orientado tem esse poder.

Viu quantos benefícios? Mas se vc estiver em crise, com muitas dores, o repouso é o mais indicado, siga o tratamento medicamentoso que seu médico prescreveu, mantenha o pensamento positivo e logo você estará se exercitando.


Doença Crônica – os 5 As para melhorar o dia

As doenças crônicas, segundo o Ministério da Saúde (Portaria nº 483, de 1º de abril de 2014), são aquelas que apresentam início gradual, com duração longa ou incerta que, em geral, apresentam múltiplas causas e cujo tratamento envolva mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo que, usualmente, não leva à cura.

Entende-se que a doença causa desarmonia e conflitos na vida do indivíduo e a maneira como uma pessoa assume o seu destino é uma possibilidade de dar sentido à vida. 


E como encarar de maneira positiva uma doença que não tem cura? 

A forma como encaramos o sofrimento é pessoal e há distintas possibilidades para lidar com esta experiência, seja retirando do sofrimento lições que poderão levar ao crescimento pessoal e a repensar os valores principais da vida, seja se revoltando e caindo em desespero. A doença crônica produz uma série de conflitos emocionais, ansiedade, angústia, que vão desencadear no paciente uma série de mecanismos defensivos múltiplos. Estes mecanismos ou estágios são: negação, revolta, barganha, depressão e aceitação.
  • Negação: esse estágio funciona como uma defesa temporária, em que o sujeito não aceita seu diagnóstico e acredita que seus exames foram trocados e geralmente procurará outro serviço médico para realizar novos exames com a expectativa de que o diagnóstico inicial esteja errado. O diagnóstico de uma doença crônica faz emergir a questão da morte e aí entra mais um motivo para o sentimento de negação. Conforme escreveu Freud em seu texto Reflexões sobre tempos de guerra e morte - no inconsciente cada um de nós está convencido de sua própria imortalidade. 
  • Revolta: nesse estágio o paciente tem um comportamento de pergunta: Porque eu? É difícil lidar com o indivíduo nesse estágio, visto que o paciente projeta a sua raiva aos mais próximos, à equipe de saúde e aos familiares. Não acredita ter que passar pela situação e até questiona se tantas pessoas ruins no mundo não deveriam passar por isso ao invés de você.
  • Barganha: esse estágio acontece em um período de tempo muito curto e há uma tentativa de adiamento, em que muitos pacientes decidem barganhar através de uma meta auto-imposta. Na fase da barganha há uma relação de troca com figuras importantes como Deus ou algum “ser supremo”, havendo a esperança de cura como recompensa a mudança de hábitos e atitudes.
  • Depressão: percebendo que o quadro clínico não melhora, a angústia e a introspecção aumentam. É bastante característico nessa fase a introspecção e o isolamento, comportamentos de choro e tristeza.
  • Aceitação: É a fase quando o paciente consegue olhar de frente a problemática e inicia seu enfrentamento. É uma fase importante, pois o paciente decide tomar as rédeas do tratamento, procura se informar e ser mais participativo de todo o processo.
Diante destes aspectos da experiência de adoecimento, as reações emocionais dos pacientes sobre a notícia de um tratamento médico sem perspectiva de término podem ser diversas. Obviamente estas reações dependerão das características de personalidade, no apoio que poderá receber da família e da equipe e nos recursos internos disponíveis para o enfrentamento de sua nova condição.

Alguns pacientes que recebem o diagnóstico da doença crônica têm atitudes e pensamentos otimistas quanto ao tratamento e em um retorno possível da sua saúde ou com a remissão da doença. Em oposição a isso, há aqueles que apresentam uma atitude de grande pessimismo e isolamento, sobretudo acentuados pelas mudanças de seu papel sócio-familiar.

Você passou esses estágios? 

Eu passei por alguns. Tive raiva, mas esse sentimento me fez lembrar do meu péssimo hábito alimentar e então resolvi me culpar. Então comecei a ler, ler sem parar sobre a doença e descobria as desgraças que o "Dr Google" mostra, então fiquei com medo. Veio a negação, pois me sentia bem e não me via como as imagens que encontrei no "Dr Google". Logo em seguida iniciei a faculdade de Farmácia e parece que tudo estava interligado.

No primeiro semestre eu já sabia qual seria o tema do meu TCC (trabalho de conclusão de curso) – Doença de Crohn, Retocolite Ulcerativa e Atenção Farmacêutica. Como a vontade de iniciar o TCC era muito recente para a grade do curso, tive que solicitar autorização da diretora que imediatamente se ofereceu para ser minha orientadora – seu TCC foi exatamente esse! Nesse primeiro semestre também participei de uma seleção para Iniciação Científica na UERJ e passei. Logo que comecei no laboratório fui contando sobre a doença de Crohn e então, me informaram que havia uma pesquisa acontecendo no ambulatório de Gastroenterologia do HUPE. Fui, virei paciente e a médica que me acompanhava virou minha co-orientadora no TCC.

Voltando aos estágios de aceitação:

Existe uma ordenação desses estágios, mas nem sempre são sucessivos assim como o percurso do doente crônico é também feito de idas e voltas e assim eu me enquadro perfeitamente. As fases de barganha e depressão não vieram, o medo, revolta se foram. A aceitação foi, digamos, continua até hoje e depois das cirurgias, vieram os sentimentos de barganha e depressão. Não foi e não é fácil viver com medo, pois a doença de Crohn não tem cura, mesmo estando em remissão, qualquer mudança no meu trânsito intestinal ou dor me fazem pensar que a doença está em atividade.

Escrevi esse textão para apoiar de alguma maneira quem recebeu o diagnóstico recentemente e também para quem já está na estrada faz um tempo. Eu estou nessa desde 2003 com uma cirurgia em 2013 para retirada de parte do meu intestino e outra no ano seguinte para corrigir a hérnia incisional que se formou devido a rejeição de pontos na primeira cirurgia. Mesmo sendo tão bem assistida pelos profissionais de saúde, pela minha família e pelos meus amigos, ainda tenho medos, mas não deixo que isso tome conta de mim, não sou a doença, ela apenas faz parte da minha vida

A maneira como nos posicionamos em relação à doença é fundamental para que o curso seja mais leve. Pratique os cinco “As” diariamente: 


1- Agradecer
2- Acreditar
3- Aprender
4- Alegrar
5- Amar

Agradeça aos que estão ao seu lado, te apoiando, cuidando, ouvindo, aqueles que não te julgam quando os dores chegam e o mau humor é inevitável. Agradeça também pela experiência, mesmo as ruins trazem ensinamentos. Eu aprendi e venho aprendendo muito com a doença, minha alimentação é outra, a maneira de encarar a vida é outra também! Tenho pressa e uma vontade enorme de realizar meus sonhos!

Acredite que tudo passa, que os avanços na medicina podem trazer a cura! Não deixe de acreditar na remissão, se ainda não chegou, vai chegar, persevere! Acredite que bons hábitos de vida, como uma alimentação balanceada, atividade física regular podem lhe trazer melhoras na sua condição. Acredite no tratamento, na medicação, nos profissionais que estão cuidando de você, você precisa se sentir seguro para que tudo dê certo.

Aprenda com todas as situações, boas e más. Tire proveito de tudo! Leia sobre a sua doença, procure informação segura, procure textos que tenham uma fonte segura de informação. Existem associações que apoiam muito os pacientes, existem também grupos de apoio nos hospitais, existem grupos pelas redes sociais. Interaja com outras pessoas na mesma condição para trocar experiência, mas lembre-se – seja consciente e responsável com o seu tratamento, não faça automedicação, não siga dicas sem antes consultar seu médico.

Alegre-se, procure manter o bom humor! As vezes a dor é enorme e fica difícil mesmo, eu entendo, mas não deixe que os momentos dolorosos marquem você a ponto de tirar seu bom humor para sempre. Um bom senso de humor está associado a uma maior auto-percepção de saúde, maior capacidade de cooperar com o tratamento. Existe um ditado popular que diz -  não damos risadas porque estamos felizes, mas somos felizes porque damos risadas. Isso faz mais sentido ainda quando aprendemos a rir de nós mesmos, o que é um formidável caminho para o autoconhecimento e uma chance única de promover o equilíbrio mental.

Ame a vida, mesmo que ela esteja pesada, lembre-se que tudo passa e com a dor não será diferente, vai passar. Ame aqueles que estão ao seu lado e demonstre seu amor por eles. As vezes ficamos tão revoltados que nos afastamos das pessoas, mas saiba que isso pode piorar a sua situação, ter pessoas próximas que nos querem bem, ajuda muito no tratamento. Não esqueça que a estrada é longa e ter alguém para caminhar junto faz toda diferença. O carinho, o respeito e o amor entre as pessoas são importantes para a qualidade de vida e certamente ajudam na recuperação da saúde, como se fosse parte da prescrição médica.

Fontes:

  • Cadernos de Atenção Básica - Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica http://migre.me/u8HYF
  • Psicologado: https://goo.gl/yTT4TW
  • NASCIMENTO, Fernando A. Figueira do. Uma contribuição às reflexões sobre os aspectos emocionais e o papel do psicólogo na Hemodiálise. Rev. SBPH,  Rio de Janeiro,  v. 16, n. 1, p. 70-87, jun. 2013. Disponível em: http://goo.gl/VtUoQ0
  • Familiare Instituto Sistêmico: http://migre.me/u8Igx
  • Instituto do Cérebro de Brasília: http://migre.me/u8Ins

Intenção não é ação

O mundo está cheio de boas intenções, e precisamos de mais do que isso!

Vemos durante todo o tempo pessoas falando em fazer o bem mas não adianta falar do bem se, na prática, nem mesmo a gentileza é praticada.
Quando praticamos o bem, ficamos com uma sensação de bem-estar, porque o gesto generoso se volta para nós mesmos, deixando-nos mais contentes e satisfeitos com nossa vida.



Determinada a distribuição de macronutrientes e fontes alimentares da população

O estudo científico, publicado na revista científica Nutrients, analisa as quantidades de macronutrientes diferentes que são ingeridas, bem como as principais fontes de alimentos e bebidas que contribuem para o consumo de hidratos de carbono (incluindo açúcares livres), lipídios (entre os quais os ácidos gordos saturados, polinsaturados, monoinsaturados e colesterol), proteínas, fibras, e álcool.

http://cdn.bancodasaude.com/public/23823823.png
Em relação ao açúcar, embora a EFSA não defina um limite máximo de consumo, a OMS recomenda que os adultos e os jovens devem fazer uma ingestão de açúcares livres de menos de 10% da ingestão total de energia diária. Essa mesma entidade propôs uma nova redução para 5%, pois poderia ter benefícios potenciais para a saúde.


O leite e os produtos lácteos, incluindo os subgrupos de leite, queijo, iogurte e leite fermentado e outros são o grupo de alimentos e bebidas que mais contribui para a ingestão de açúcares, seguido pelo grupo de bebidas não-alcoólicas (incluindo subgrupos de sumos e néctares, refrigerantes com açúcar, café e outras infusões, bebidas desportivas, bebidas energéticas, refrigerantes dietéticos, água e outras bebidas não alcoólicas), a fruta, açúcar e doces e cereais e derivados. É importante que cada grupo seja analisado por subgrupos de forma diferenciada pelos tipos de açúcares que eles fornecem.

Fonte: Banco da Saúde - http://goo.gl/W4Qxm8

Bolo de Cenoura Vegano Sem Glúten

A Ariela Furtado, companheira de DII (doenças inflamatórias intestinais) compartilhou essa receita no grupo de receitas que eu sigo no Facebook, achei interessante e resolvi arriscar. Deu super certo! 

Bolo de Cenoura Vegano Sem Glúten:


>Ingredientes:
02 cenouras raladas (Médias)
02 copos de farinha de arroz
04 colheres de sopa de óleo de girassol
08 colheres de sopa de açúcar
1 1/2 copo de água
02 colheres das de sopa de fermento em pó

>Modo de preparo: Bater tudo no liquidificador. Colocar na forma previamente untada.
Assar em forno médio 220 º C. Espete o palito até sair limpo e o bolo estar com aparência de rachado. Deixar esfriar totalmente.

>Ingredientes (cobertura)
07 colheres de sopa de açúcar impalpável (Confeiteiro)
*Usei demerara 
04 colheres de sopa de chocolate do padre
*Usei cacau em pó
Água o suficiente

>Modo de preparo (cobertura): Misturar o açúcar e o cacau, ir colocando água até ficar com aparência de creme grosso. Misture bem para tirar as bolinhas. Passe somente com o bolo totalmente frio e deixe na geladeira por 10 minutos. 
*Não deu para esperar esse tempo na geladeira. Colocamos a calda e logo em seguida comemos.

Olha só que lindão ficou o bolo!




Receita original: Alergia a leite - http://migre.me/u4TSZ




Dor de frio, você tem?

O frio vem chegando e confesso que eu tenho uma relação de amor e ódio com ele. Amo ficar embaixo de um bom cobertor bebendo um chazinho mas odeio as dores pelo meu corpo durante o frio. Dói pescoço, ombro, cotovelo, joelho, coluna, essas dores de frio... ai ai, você também tem dor de frio? Agora me diga, você acha que o frio causa essas dores? Será que não passam de “casos de nossas avós” essas dores de frio? E quando alguém afirma que é capaz de prever o tempo? Busquei algumas informações sobre esse assunto para acabar com essa dúvida.

O Fisioterapeuta Artur Padrão explicou no seu blog Dorterapeuta que mudanças na pressão barométrica articular, rigidez articular e muscular, mudanças no fluxo sanguíneo e a sensibilização dos nociceptores estão entre as explicações mais conhecidas. Mas, a explicação mais legal de todas diz que os neurônios da nossa querida amiga medula espinhal não toleram mudanças pelo frio do ambiente.

Tendões, músculos, ossos e cicatrizes possuem densidades diferentes e a expansão e a retração sofrida por esses tecidos com a alteração da temperatura e a umidade podem resultar em aumento das dores em locais onde já há lesão. Espasmos musculares induzidos pelo frio também podem explicar alguns casos de piora da dor.

Essa semana, por exemplo, minha cicatriz na barriga coçou muito e ontem o tempo virou com frio e chuva. Ah! Já está clareando as idéias? Pois é, se você assim como eu, sente coceira nas cicatrizes e dores pelos corpo, já tem aí a explicação, mas se ainda não ficou muito claro, tenho mais informação.

Vamos falar um pouquinho sobre a pressão atmosférica? Ela pode ser representada como a pressão do ar sobre uma superfície, é o peso que o ar exerce sobre a superfície terrestre e ela sofre variações conforme as altitudes e as condições de temperatura do ar. Quimicamente falando (Farmacêutica tem falar de química), quando as substâncias estão mais frias, as moléculas agrupam-se, e quando as substâncias estão mais quentes, as moléculas afastam-se. Por isso, nas zonas da Terra em que as temperaturas encontram-se menos elevadas, as moléculas de ar unem-se, ficando mais densas e, portanto, mais pesadas, aumentando a pressão. Quando as temperaturas se elevam, as partículas se afastam, o ar fica menos denso e a pressão diminui. Agora levando essas informações para o nosso corpo, como ele percebe essas variações, podemos observar que anteriormente à mudança de clima ou a chegada da chuva, há uma diminuição da pressão atmosférica o que leva a uma ligeira expansão dos tecidos articulares provocando uma maior pressão nas articulações. Aí chegam as dores nas juntas, e como doem! Pessoas com artrose e artrite crônicas, fraturas antigas e fibromialgia podem ter mais crises de dor com as mudanças climáticas.

Fonte: http://goo.gl/1jYFWv

No frio as pessoas ficam com os músculos mais contraídos, o que pode levar ao agravamento da dor. O frio tende a causar a contração do corpo, para reter calor. As dores então surgem do enrijecimento dos músculos e articulações.  As pessoas também tendem a ficar mais quietinhas do que se exercitarem e isso é um erro, o ideal é sair do cobertor, jogar a preguiça de lado e praticar alguma atividade física, sempre aliada a um bom aquecimento e um bom alongamento para evitar lesões.

E o aumento de peso comum nessa época? Quanto maior a sensação de frio, maior o apetite, uma vez que em temperaturas extremamente baixas o metabolismo basal pode aumentar em até cinco vezes para manter a temperatura normal do organismo. A fome também é uma resposta do organismo para otimizar o isolamento térmico através do aumento da gordura corporal. Por isso a preferência por alimentos calóricos, principalmente ricos em gordura, como chocolate, queijos, feijoada e etc. Pronto! Não é gula nem olho grande! É somente o nosso corpo querendo aumentar o cobertozinho (gordura) para aquecer nossos órgão. Acontece que o apetite aumenta e a prequiça aumenta junto, deixamos de lado práticas saudáveis como a atividade física regular para ficar embaixo do cobertor até mais tarde. Mas vou te dar um conselho, é preferível mudar os horários a deixar de fazer seus exercícios físicos, vai te ajudar muito com essas dores e evitar a controlar o peso. Lembre-se o excesso de peso compremete as articulações.

O inverno é um período onde as pessoas ficam mais resfriadas, gripadas, as viroses se espalham e isso ocorre muito também porque ficamos em ambientes mais fechados com pouca circulação de ar. Os refriados e as gripes trazem todo um mal-estar, dores pelo corpo que se prolongam mesmo depois de curados. Então evite ambientes fechados, use soro fisológico para limpar as narinas, lave as mães sempre que possível e alimente-se de forma saudável, comendo mais frutas e bebendo mais líquidos.

Agora vamos conversar sobre as doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa). Essas doenças podem podem apresentar, além dos sintomas gastrointestinais típicos (diarréia, cólicas abdominais entre outros), sintomas referentes a acometimentos de outros órgãos e sistemas conhecidos como Manifestações Extraintestinais (MEI) das doenças inflamatórias intestinais. Muitos pacientes portadores de doenças inflamatórias intestinais (DII),  cerca de 33% dos pacientes, sofrem de complicações musculoesqueléticas. Alguns mecanismos auto-imunes patogênicos semelhantes são propostos para as DII e para as espondiloartopatias, como por exemplo: susceptibilidade genética à apresentação anormal a antígenos, reconhecimento aberrante do "self ", presença de autoanticorpos contra antígenos específicos compartilhados pelo cólon e outros tecidos extracolônicos e aumento da permeabilidade intestinal. As manifestações reumáticas nas DII são divididas em artrite periférica e em acometimento axial, incluindo sacroileíte com ou sem espondilite. Outros acometimentos periarticulares podem ocorrer como entesopatias (envolvimento da inserção dos tendões), tendinites, periostites e lesões granulomatosas de ossos e articulações.

Eu tenho artrite associada a doença de Crohn e os sintomas mais fortes surgiram depois da minha cirurgia no intestino e quando já estava em remissão. Sempre senti dores na coluna, mas sempre associei à má postura ou excesso de exercícios físicos, até que surgiram duas dores bem agudas, no cotovelo e no pescoço que tiraram meu sono. Procurei uma Reumatologista e iniciamos os exames para o diagnóstico. Exames de sangue normais, mas os de imagem nada bons, sendo assim, após a Reumatologista e meu Gastroenterologista conversarem saiu o diagóstico para artrite relacionada a DII. Já faço uso de um imunobiológico, o Remicade para DII e este é também indicado para artrite, foi incluído então, mais um medicamento modificador do curso da doença (DMARD), o Azulfin. Atualmente me sinto bem, mas já observei que o frio está me deixando com dores no pescoço, nada muito forte como o que senti antes de iniciar o Azulfin. No meu caso, acredito muito que essa dor de frio esteja relacionada ao fato de que fico com os múculos mais tensos, contraídos, sou magra e inevitavelmente sinto mais frio.

Então se o frio dói, como explicar o uso do frio para dor? Busquei essa informação também com o Fisioterapeuta Artur Padrão: O frio diminui a atividade do sistema nervoso, o que reduz a chegada de estímulos nociceptivos (isso se a nocicepção tiver relação com a dor) e ajuda a controlar o processo inflamatório de lesões. O frio intenso é irritativo para o sistema nervoso e tende a aumentar a dor. Talvez por isso a queda da temperatura ambiente seja sentida por muitos. O sistema nervoso sensível fica menos tolerante a mudanças na temperatura, especialmente pelo frio. A pele fica mais sensível que o normal (redução do limiar a estímulos como a temperatura) porque os sensores de temperatura estão mais ativos para captar mudanças.

Espero que nesse texto, mesmo com algumas palavras mais complicadas, você tenha encontrado algumas respostas para as tais dores de frio e claro, como tenho uma doença inflamatória intestinal, não poderia deixar de trazer mais informação sobre elas. Muitos pacientes com DII usam ou já usaram corticoides, é inevitável, sem dúvida o melhor antiinflamatório, mas com efeitos colaterais muito perigosos e desagradáveis como a osteoporose. Alguns pacientes já passaram por cirurgias ortopédicas e muitas vezes o vilão foi o corticóide, mas como você leu aqui no texto, existe uma grande associação entre as DII e artrites o que pode também levar a cirurgias. Então, quando o seu médico lhe disser que o seu problema ósseo pode ter sido pela DII ou pelo uso do cortióide você irá compreender melhor. Paciente informado, educado sobre a sua condição, encara o tratamento com mais tranquilidade, facilita a abordagem dos profissionais de saúde envolvidos no tratamento. 

Fontes:
Artur Padrão, Dorterapeuta - https://goo.gl/AeCThK e https://goo.gl/CJdd7w
Mundo Educação - http://goo.gl/Bflh1N
O Guia do Fisoterapeuta - http://goo.gl/kSzII0
Manifestações Extraintestinais das Doenças Inflamatórias Intestinais - Dra Ana Braunstein Grinman: http://goo.gl/KdU28t


Exame de rastreamento do câncer colorretal: sangue oculto na fezes

A pesquisa de sangue oculto nas fezes é um exame laboratorial feito com o intuito de detectar a presença de quantidades mínimas de sangue nas fezes, pequenas o suficiente para não poderem ser vistas a olho nu, sendo somente detectado através de análises laboratoriais.


O exame de sangue oculto é feito através da mistura das fezes colhidas com reagentes químicos específicos. Atualmente há exames mais modernos para a detecção de sangue nas fezes, como os testes imunológicos, que consistem no uso de anticorpos contra hemoglobina humana. Esses testes são mais sensíveis e conseguem detectar sangramentos mínimos, menores que 1ml. Outra vantagem é o fato deste exame só detectar fração globina da hemoglobina humana, não havendo risco de falso positivo com alimentos à base de carne ou com sangramentos do trato digestivo alto (sangue vindo da boca, esôfago, estômago ou duodeno são digeridos e não são detectado com esta técnica). Exames à base de DNA também podem ser usados, mas seu uso ainda é muito recente e não está amplamente disponível.

Um teste de sangue oculto positivo pode ser um sinal de lesão do estômago, como úlcera péptica, entretanto, a principal indicação do exame de sangue oculto nas fezes é para o rastreio do câncer de cólon. 


A pesquisa de sangue nas fezes pode ser usada para investigar anemias de causa desconhecida, mas o seu maior uso é para o rastreio do câncer de cólon. O teste é indicado para encontrar sangue, entretanto não determina nem a causa do problema nem o local do sangramento mas permite que o médico decida sobre qual direção a investigação deve seguir. Para quem tem doença de Crohn ou retocolite ulcerativa, que são doenças inflamatórias intestinais (DII), pode já ter realizado esse exame, pois entre os sintomas das DII  está a anemia.

A doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa são doenças inflamatórias gastrointestinais que aumentam as chances de uma pessoa desenvolver câncer colorretal e este risco aumenta com o tempo de doença. A relação entre essas doenças inflamatórias e o câncer do intestino está em um processo inflamatório contínuo. Devido ao maior risco de desenvolver câncer de intestino, as pessoas com DII deverão fazer periodicamente (a cada dois a três anos) uma colonoscopia, e a partir de dez anos do diagnóstico da doença realizar a colonoscopia anualmente.


Observaçõess importantes:

  • Nos casos em que o paciente é portador de diagnóstico de hemorroidas ou fissura anal e outras condições anorretais em tratamento, a pesquisa de sangue oculto perde o valor. Mulheres em período menstrual não devem colher amostra para o teste. 
  • É bom sempre ter em mente que a pesquisa de sangue oculto nas fezes é um exame inicial de investigação. um resultado positivo não necessariamente indica a presença de um tumor, e um exame negativo não o descarta completamente. Os resultados apenas orientam o médico sobre qual direção a investigação deve seguir.

Mais informações nesse vídeo publicado em 20 de jan de 2016 no canal do Dr Fabio Atui sobre o exame:





Hábitos saudáveis de vida devem ser incentivados para prevenção do câncer colorretal, como:

  • Praticar atividade física regularmente (30 minutos todos os dias)
  • Ter alimentação variada, com pelo menos três porções de frutas e três porções de verduras e legumes ao dia, e consumir, preferencialmente, cereais integrais, como arroz, aveia, cevada, trigos e outros (nutricao.saude.gov.br)
  • Beber pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia
  • Reduzir o consumo de carnes vermelhas (máximo 500g por semana), principalmente na chapa ou na forma de fritura, grelhado ou churrasco
  • Evitar carnes salgadas e processadas, como presunto, mortadela, bacon, linguiça, salsicha e outros embutidos e defumados 
  • Manter o peso adequado para altura
  • Não consumir bebidas alcoólicas 
  • Não fumar

Todas essa dicas sobre hábitos saudáveis de vida você encontra na Cartilha de Prevenção do Câncer Colorretal:


Cartilha de Prevenção do Câncer Colorretal - http://migre.me/u3GYP


Fontes: 
MDSaúde - http://goo.gl/ldLkZQ
Portal Coloproctologia - http://goo.gl/t99zb6
ABRAPECI - http://goo.gl/2HwyiK

Uso Racional de Medicamentos: a receita e o atestado médico têm que ser legíveis e com identificação

O que significa uso racional de medicamentos (URM)? 


De acordo com a Organização Mundial de Saúde, entende-se que há uso racional de medicamentos quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade.

A OMS estima que, no mundo, mais da metade de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos inapropriadamente, e que metade dos pacientes não os usa, corretamente. Portanto, é gasto muito dinheiro que, ao invés de benefícios, pode trazer sérios riscos à saúde. 

Todos os profissionais da saúde têm o dever de cumprir o ordenamento jurídico, como o Art. 6 do Código de Defesa do Consumidor - Lei 8078/90, que garante como direitos básicos do consumidor:


I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços.

A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem editado Resoluções que preveem a prática do uso racional de medicamentos, nos estabelecimentos de saúde. Como exemplo, podemos citar a recente Resolução - RDC nº 44, DE 26 de outubro de 2010, que dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição médica, isoladas ou em associação e dá outras providências. A edição da RDC 44/10, que já vinha sendo discutida junto a outros órgãos da saúde, diga-se de passagem, foi precipitada pelo assombro causado pela bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), que matou e contaminou pessoas, no Distrito Federal e em vários Estados, expondo o problema à sociedade e gritando por providências.

O direito à saúde é um preceito constitucional e este direito, como garante a Lei Orgânica da Saúde, é integral, universal e com equidade, que garante inclusive o direito à assistência farmacêutica; a assistência farmacêutica tem como premissa, também, o uso racional de medicamentos, então, temos claramente que inferir que é um direito da sociedade o privilégio à uma medicina baseada em evidencias, assim como à farmacoterapia baseada em evidências, pilares do Uso Racional de Medicamentos.

Falar de URM sem falar das prescrições ilegíveis não dá, pois até eu como farmacêutica tenho dificuldade em ler algumas receitas. Isso é um grave problema porque além de poder comprometer a dispensação correta do medicamento, pode afetar ou piorar o quadro de saúde do paciente. Existem muitos remédios com nomes parecidos que, se não estiverem escritos de forma clara, podem induzir o paciente ao erro prejudicando o seu estado de saúde.

A legibilidade das receitas é obrigatória desde 1973, através da lei Federal n.º 5.991, que diz, no artigo 35, alínea A, que somente será aviada a receita que estiver escrita de modo legível. Além de infringir uma lei federal, ao escrever de forma ilegível também está ferindo o Código de Ética Médica. O capítulo III, artigo 11, veda ao médico "receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível".

No site do Conselho Regional de Medicina da Paraíba encontrei o "Manual de orientações básicas para prescrição médica" e trago aqui em destaque essa parte:

http://portal.cfm.org.br/images/stories/biblioteca/cartilhaprescrimed2012.pdf

Para orientar os médicos e reafirmar a importância da letra legível, o Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR) lançou no dia 16 de março/16, a campanha Letra Legível. “Existem medicamentos com nomes parecidos, que se não estiverem escritos de forma legível, podem induzir o paciente ao erro prejudicando seu estado de saúde. O profissional que não prescrever de forma legível, pode sofre sanção”, disse o presidente do CRM – RR, Alexandre Marques.

Campanha Letra Legível: http://goo.gl/xAyrsL


Fontes: 
A Biblioteca Virtual em Saúde (BVSMS) - http://goo.gl/4lsqLJ
Art. 6 do Código de Defesa do Consumidor - Lei 8078/90 - http://goo.gl/3I3Vxv
Reflexões sobre o Uso Racional de Medicamentos - http://goo.gl/ONJHb6
Manual de orientações básicas para prescrição médica - http://goo.gl/O8dcJ
Campanha Letra legível - http://goo.gl/xAyrsL


Resultado da Promoção Conte Sua História

Demorou mas saiu! Etienne De Assis Martins é a vencedora! Parabéns! Parabéns para todas que participaram! Todas são histórias de encorajamento e superação, todas estão de parabéns!

Compartilhando as nossas experiência ajudamos outras mães e também aquelas que estão se sentindo inseguras em relação a gravidez e a Dii.

Obrigada pela participação!

Conforme as regras da promoção, a história mais inspiradora foi escolhida pela Marina Ribeiro da Marré Deci, e a premiada receberá uma camisa e mais outra para a sua(s) cria(s).

Link da promoção: http://farmale.blogspot.com.br/2016/05/promocao-conte-sua-historia.html


Significado das Siglas dos Medicamentos

Tenho o costume de acompanhar informações sobre rótulos de alimentos, pois são compostos por muitas siglas que podem esconder substâncias alergênicas por exemplo, então acho muito importante a leitura dos rótulos, mas para isso estes precisam ser claros. Inclusive, sobre esse assunto, a ANVISA publicou no dia 2 de julho/15 no DOU nº 125 a Resolução – RDC n°26 que dispõe sobre os requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares. A norma se aplica aos alimentos, incluindo as bebidas, ingredientes, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia embalados na ausência dos consumidores, inclusive aqueles destinados exclusivamente ao processamento industrial e os destinados aos serviços de alimentação. Essa resolução será aplicada de forma complementar a RDC nº 259/2002. Esse foi o tema exposto pela Engenheira de Alimentos Danielle Oliveira no 1º Piquenique Dii que organizei mês passado aqui no Rio de Janeiro.

Agora quando falamos de medicamentos, vocês conseguem compreender a bula? Ou até mesmo algumas informações que estão na embalagem? 


Vou dar uma pequena explicação sobre conceitos básicos de liberação: o princípio ativo contido em um medicamento precisa sair dele, ser liberado, para tornar-se disponível para absorção pelo organismo e fazer o efeito, então teremos:
  • LIBERAÇÃO CONVENCIONAL: é a liberação regular, comum. Aquela, cujo padrão de liberação não foi por sua vez alterado muito menos passou por modificações. 
  • LIBERAÇÃO MODIFICADA: é aquela cujas características de liberação do principio ativo (fármaco) foram alterados, para conseguir melhor efeito terapêutico, causando menos efeitos colaterais e comodidade ao paciente, diminuindo as doses diárias.

Encontrei um texto bem bacana, super explicativo no blog Farmacêutico Digital e compartilho uma parte aqui:

"Muitas vezes nos deparamos com várias siglas que acompanham as caixas dos medicamentos. Mas nem sempre sabemos o que significam e porque estão lá. Porque encontramos estas Siglas nos medicamentos?
Há vários medicamentos que são desenvolvidos para liberar seu princípio ativo diretamente no intestino, isso acontece porque o princípio ativo (fármaco), pode ser sensível ao ácido do estômago, obter-se uma melhor absorção do medicamento ou ainda para proteger o estômago dos efeitos irritantes do medicamento. Outros medicamentos são desenvolvidos para que o intervalo entre as doses possa ser maior, uma forma de facilitar a adesão ao tratamento pelo paciente. São chamados de medicamentos de liberação modificada por isso, as indústrias farmacêuticas utilizam essas siglas nos momes dos medicamentos para identificar o tipo de liberação ou  mesmo a forma que o medicamento vai agir no organismo.
Existem vários mecanismos utilizados para permitir a libertação prolongada de uma droga no corpo. Em alguns casos, o medicamento é coberto de um revestimento que se dissolve depois de um período de tempo para liberar o princípio ativo. Também há fármacos com diferentes espessuras de revestimento que permitem que o princípio ativo seja liberado aos poucos para ter um efeito gradativo. Em um sistema de difusão, o fármaco é liberado ao longo do tempo através de uma matriz de pequenas aberturas numa membrana externa.
O mecanismo usado para dispersar o fármaco pode variar e este pode afetar como a droga age sobre o corpo. Veja um exemplo de como os efeitos para as diferentes siglas podem influenciar o mesmo medicamento: Wellbutrin SR, sua posologia é feita duas vezes por dia, enquanto Wellbutrin XL é tomado uma vez por dia. Além disso, alguns destes comprimidos não deve ser esmagados, mastigados ou divididos, enquanto outros podem ser divididos de forma segura, mas não esmagado ou mastigado.
Quais as vantagens dos comprimidos ou cápsulas de Liberação Modificada? Algumas doenças, como a hipertensão e diabetes, podem ser controlados de forma mais eficaz com medicamentos de libertação prolongada porque, ao manter o nível constante do fármaco na corrente sanguínea, há diminuição das chances de ocorrência de reações adversas que podem ser causadas por altas concentrações da medicação na corrente sanguínea de uma só vez. Além disso os medicamentos de liberação prolongada também podem ser tomados apenas uma ou duas vezes por dia, o que torna mais fácil para os pacientes seguirem as recomendações médicas gerando maior benefício terapêutico ao tratamento."

Siglas dos Medicamentos - Farmacêutico Digital

Para ler o texto todo basta clicar no link: http://goo.gl/RbBHJf

Outro exemplo de medicamento de liberação modificada é a sulfasalazina, utilizada para doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa) e doenças reumáticas. A molécula carreadora é a sulfapiridina, também absorvida no cólon e acetilada no fígado. Foram criadas novas pró-drogas sem a molécula de sulfapiridina, resultando na liberação da droga de maneira semelhante à sulfasalazina, mas sem os efeitos colaterais atribuídos à sulfapiridina.  


7° Encontro RecomeçAR/RJ

O Grupo RecomeçAR/RJ convida a todos para o 7° Encontro no dia 24 de junho às 13h na Policlínica Piquet Carneiro com a Terapeuta Ocupacional Monica Alves da Associação Brasileira Beneficiente de Reabilitação (ABBR).


Assunto: Terapia Ocupacional


RecomeçAR/RJ é um grupo que surgiu de uma grande amizade entre Cátia Figueiredo e Célia Maria. Duas mulheres guerreiras com vida semelhante, ambas com artrite reumatoide. Lutas e barreiras foram cruzadas, vivendo as dificuldades de um portador de doença crônica, dificuldades para o tratamento, falta de informação sobre a doença, entre outras motivou a lutar pelos direitos dos pacientes  junto à sociedade e governo.
As vagas são limitadas - Inscrição através do site: www.recomecarrj.com

7º Encontro do Grupo RecomeçAR/RJ

Remicade para Espondiloartrite Associada à Doença de Crohn

Incialmente o Remicade foi prescrito para manter a doença de Crohn sossegada, mas ela é danadinha e me pegou em outra condição - espondiloartrite associada à doença de Crohn.
Sendo assim, espero que o Remicade trabalhe direitinho e dê um block nessas duas doenças.



Feliz com meu blog Farmale Achou

Se entregar de corpo e alma àquilo que faz. Fazer e realizar com prazer com satisfação até concluir. Quem não gosta do que faz, acaba fazendo apenas por obrigação e não haverá o encanto de algo bem feito. Eu tenho feito o que gosto, como poucas vezes tive a oportunidade de fazer, mas foi uma busca enorme chegar aqui, descobrir o que realmente me encanta, estimula. Encontrar um foco para o meu blog e mesmo estando tudo tão claro eu não via, mas eu tenho amigos que são parceiros e sendo assim veio a dica, a cutucada, aquele toque para você acordar e se encontrar.

Retornei ao blog ano passado, mas vinha percebendo essa falta de foco e isso me incomodava bastante, mas com uma boa conversa, cheia de dicas tudo clareou e hoje, falar, ler, participar ativamente do assunto doenças inflamatórias intestinais tem sido um prazer.

Satisfação

Meu objetivo é informar, divulgar, educar, apoiar, empoderar, conscientizar sobre as doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa) que mesmo não sendo raras ainda são bastante desconhecidas. E vejo que isso tem acontecido, o blog vem crescendo e outros profissionais estão se interessando em participar, somar nessa corrente de instruir o paciente. O tratamento não deve ficar somente por responsabilidade do médico, nós como pacientes precisamos ter responsabilidade com o tratamento e os outros profissionais devem colaborar também, o tratamento de uma doença crônica têm maiores benefícios quando é multiprofissional. E por isso tenho feito parcerias para que o blog possa ser um canal de instrução e educação, pois quando compreendemos a nossa condição o caminho fica mais claro.

Estou feliz com o caminho que eu escolhi, que estou trilhando com dedicação e sei que o valor disso tudo é representado pelo que eu faço. Para você que ainda não se encontrou, lembre-se que o seu sucesso é o espelho e resultado da sua dedicação. Dedique-se de corpo e alma àquilo que faz, e terá saído da fileira das pessoas medíocres, e com certeza desfrutará das recompensas que tanto deseja.


José Ingenieros, em seu livro O Homem Medíocre, descreve a limitação afetiva como sintoma de mediocridade: “O medíocre limita seu horizonte afetivo a si mesmo, à sua família, aos seus camaradas, à sua facção; mas não sabe estendê-lo até a Verdade ou a Humanidade, que apenas pode apaixonar ao gênio.”

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Material educativo esclarece principais dúvidas sobre zika vírus

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, e a Coordenadora do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Rosana Richtman, elaboraram uma cartilha com perguntas e respostas sobre o zika vírus.Entre elas estão a origem da doença, sintomas, transmissão, prevenção e consequências. 

O download está disponível aqui: http://migre.me/tZzG6
Se preferir, veja as informações no vídeo abaixo:

Flixabi - Segundo Biossimilar Anti-TNF-α

Nos últimos anos, a indústria farmacêutica mundial vem passando por mudanças importantes no perfil de demanda, nas competências tecnológicas requeridas e no cenário competitivo, que motivaram as empresas do setor a adotar novas estratégias. Apesar de se caracterizar como uma indústria baseada em inovação de produto, observa-se maior dificuldade das empresas líderes para lançar medicamentos de alto impacto no mercado, os chamados blockbusters. Além disso, o tempo e o custo para lançar uma nova molécula têm crescido substancialmente, aumentando a incerteza inerente aos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento.

A pressão pela reposição de portfólios se agrava diante da expiração das patentes e da popularização dos medicamentos genéricos, particularmente nos países emergentes. Por ser um segmento com menores barreiras à entrada, os genéricos representam uma oportunidade para a inserção competitiva de empresas provenientes dessas regiões. 

As empresas da Big Pharma dependem cada vez mais de diversos produtos-chave, pela falta de produtos para dar seguimento àqueles importantes cujas patentes vão expirar, e de um esforço orquestrado ao longo dos últimos anos de concentrar as vendas ainda mais nos negócios de crescimento mais rápido e mais rentável. O desinvestimento de divisões farmacêuticas de marcas negociadas no mercado de balcão (Over the Counter ou OTC em inglês) foi uma grande tendência na década de 1990: produtos de lento crescimento e baixa margem não se encaixavam nas estratégias de ações de alto crescimento e de valor aos acionistas de muitas empresas. Isso concentrou as vendas em produtos de margens mais altas e mais voláteis. A Johnson & Johnson é um exemplo de como evitar esse padrão de desinvestimento e de concentração excessiva. Um grande risco é que os modelos de negócios da Big Pharma dependem sistematicamente da produção de novos blockbusters, o que é uma proposição cada vez mais complexa, onerosa e arriscada. Depender de blockbusters (e de uma falta de diversificação de produtos) leva à volatilidade acima da média da receita.

Com a perda de patentes importantes, as indústrias estão em busca de novos modelos para se manter, mas o processo de inovação enfrenta exigências cada vez maiores do FDA. O órgão regula o setor de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos e cobra amplos estudos para comprovação da eficiência e segurança dos medicamentos. Outro grande problema para a indústria é que muitos medicamentos falham no caminho, uma parcela expressiva dos fracassos tem acontecido na terceira fase dos estudos, justamente a mais cara de todas, por agrupar centenas de voluntários. Sendo assim, investir em novos medicamentos, de fato, tem se mostrado um negócio arriscado. Em média, um medicamento custa US$ 1,3 bilhão e leva 15 anos para chegar ao mercado. E apenas três de cada dez conseguem pagar seus custos de desenvolvimento e pesquisa.

Além dos desafios regulatórios, outro grande problema é a falta de voluntários. Filmes de sucesso no cinema, como “Jardineiro Fiel” (2005) e “O Fugitivo” (1993), retratam o setor farmacêutico de forma negativa e contribui para a formação de uma imagem desfavorável, assim como na imprensa, as maiores repercussões são das notícias negativas. O reflexo de toda essa publicidade negativa se manifesta na dificuldade em conseguir voluntários para testar novos medicamentos, especialmente quando são necessários pacientes saudáveis. 

Os medicamentos biológicos chegaram ao mercado e revolucionaram os tratamentos, para você ter uma idéia, em oncologia, dada a sua complexabilidade e grande número de indivíduos afetados, esses biológicos têm sido o principal campo terapêutico de atuação dos biofármacos. No período de 1990-2005, 18% de todo o arsenal terapêutico destinado à área oncológica tiveram como origem os produtos biotecnológicos. Os mesmos representam uma nova classe terapêutica com características diferencidas (quando comparados aos medicamentos de síntese química) não somente pela sua origem (são proteínas, basicamente), mas também por sua estrutura química e por suas propriedades farmacêuticas e farmacológicas. 

O Remicade (infliximab), uma droga de sucesso usada para o tratamento de doenças autoimunes, foi o primeiro anticorpo monoclonal quimerico anti-TNF aprovado em 1999 e a Johnson & Johnson, a empresa-mãe de Janssen Biotech, tem um rendimento anual de $ 4,5 bilhões nos EUA. Remicade é único medicamento que utilizo atualmente para a doença de Crohn e estou em remissão desde 2013, sendo assim, me sinto segura com ele, mas como é uma doença autoimune tudo fica mais complexo e as reações são diferentes em cada indivíduo, pode causar efeitos colatareis assim como qualquer outro medicamento.

A busca por terapias menos custosas e efetivas é um dos grandes desafios do sistema de saúde. Com o desafio de reduzir custo e buscando a mesma qualidade dos biológicos originais, após o vencimento das patentes de diversos medicamentos biológicos ditos blockbusters (medicamentos campeões de vendas), as opções de biossimilares vem crescendo no mercado.


A Celltron em 2012 já havia aprovado o primeiro biossimilar do infliximab (Janssen-Cilag), o Remsima, na Coreia do Sul. Desde 2009, a  empresa americana Hospira, companhia global a qual oferece especialidades farmacêuticas e sistemas para administração de medicamentos, tem um acordo com a empresa sul-coreana, para o desenvolvimento de biossimilares de anticorpos monoclonais. Sob os termos do acordo, a Hospira obteve os direitos do biossimilar do infliximab, o Inflectra (nova denominação do então remsima), na Europa, Estados Unidos, Canadá, Australia e Nova Zelândia. O Inflectra foi aprovado pela EMA, em 2013, para o tratamento da artrite reumatoide, doença de Crohn, doença de Crohn em crianças, colite ulcerosa, espondilite anquilosante, artrite psoriásica e psoríase. 

No dia 1 de abril/16, a Samsung Bioepis Co., Ltd. anunciou que o Comitê de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) adotou um parecer positivo sobre Flixabi® – uma versão biossimilar do Remicade® (infliximabe), também conhecido como SB2 - para o tratamento de artrite reumatoide, doença de Crohn, colite ulcerativa, espondilite anquilosante, artrite psoriática e psoríase. Flixabi® é o segundo biossimilar anti-TNF-α desenvolvido pela Samsung Bioepis a receber uma recomendação positiva para aprovação na Europa.


Ontem, dia 30 de maio, a Samsung Bioepis Co., Ltd. anunciou a aprovação do Flixabi® pela Comissão Europeia.  A aprovação do Flixabi® pela Comissão Europeia aplica-se a todos os 28 Estados-membros da União Europeia (UE), bem como aos Estados-membros do Espaço Econômico Europeu (EEE) da Noruega, Islândia e Liechtenstein. Em conformidade com um acordo de comercialização assinado em 2013 entre a Samsung Bioepis e Biogen, a Biogen vai comandar a comercialização e a distribuição do Flixabi® nos Estados-membros da UE e do EEE.

Já escrevi um texto sobre medicamentos de referência, genéricos e similares, você pode ler aqui nesse link: http://farmale.blogspot.com.br/2016/04/medicamentos-de-referencia-genericos.html. Ainda estou devendo um texto sobre medicamentos biológicos e biossimilares, mas em breve estarei colocando aqui no blog para que você se sinta seguro em utilizar os medicamentos prescritos por seu médico. Como eu sempre digo, paciente que entende a sua condição e é educado sobre o seu tratamento tem maior adesão e consequentemente mais chances de sucesso com o tratamento. Estou aqui como Farmacêutica para ajudar nessa tarefa de empoderar, infomar e apoiar os pacientes.

Fontes:
Biofarmacos - http://goo.gl/LbzYxJ
Business Wire - http://migre.me/tZx1z
Business Wire - http://migre.me/tZx2d
Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP) - http://goo.gl/SYkmQb
Revista Exame - http://migre.me/tZx2B
Farmacovigilância in Foco (FIF) - https://goo.gl/v6Ffmy
Food and Drug Administration (FDA) - http://goo.gl/T2nziV
Hospira: https://goo.gl/2iel5c
O novo cenário de concorrência na indústria farmacêutica brasileira (BNDES Setorial) - http://goo.gl/535fq3
Saúde - http://goo.gl/26d5FN
Standard & Poor's Ratings Services - http://goo.gl/PSIbbJ

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