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I Encontro Farmale: Uma conversa sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais com a Dra Giovana Zibetti
Keep fighting!
III Encontro Farmale: Ostomia e Doenças Inflamatórias Intestinais
I will beat IBD
Ali Jawad, paratleta do halterofilismo com doença de Crohn: Você é uma inspiração para todos nós!
II Encontro Farmale - Diagnóstico das Doenças Inflamatórias Intestinais: Investigação Endoscópica Palestrante: Dr Flavio Abby
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Sua doença não é culpa sua

Você quer apoiar alguém que está doente? Então antes certifique-se de que é muito possível que essa pessoa esteja neste momento lutando contra um sentimento de que fez algo de errado ou que merecesse ter a doença. Um sentimento de culpa.

O que realmente uma pessoa com uma doença crônica gostaria de ouvir é "Tenha calma, estou aqui para te apoiar", mas o que as pessoas costumam nos dizer é "eu tenho o segredo para você melhorar, se você tivesse coragem e força de vontade para seguir meu conselho, você não estaria doente." Isso só reforça o sentimento de culpa, que merecemos estar doentes, que provocamos essa doença.

E muitas vezes eu ainda penso que a culpa é minha, eu acredito nisso. Quando furo a dieta proposta pela minha Nutricionista é um dos momentos mais deprimentes para mim, pois sei que algo vai dar errado e mesmo assim eu vou lá e como o que não devo. Mas aqui, pensando friamente, posso te afirmar que a culpa é nossa sim, pois sabemos as consequências.

Agora, se culpar por ter uma doença crônica é outro assunto e não podemos alimentar esse sentimento. Sabe por que? Veja bem, boas e más pessoas, atletas campeões, pessoas que bebem demasiadamente, fumantes e não fumantes, pessoas que se alimentam de forma saudável também têm doenças crônicas. Então é mais provável que seja algo aleatório e não nossa culpa. 

Esse sentimento de culpa é comum entre as pessoas com doenças crônicas. Devemos ficar longe dessa linha de pensamento, porque ela pode levar à depressão. Tentar colocar a culpa em alguém, seja em nós mesmos ou outra pessoa, não vai trazer a cura e não vai fazer com que a gente se sinta melhor. É uma prática muito mais saudável investir a nossa energia no pensamento positivo.

Trabalhar o quanto conseguir para evitar pensamentos como "a culpa é minha" ou "eu poderia ter feito algo diferente". Esse tipo de pensamento tende a resultar em depressão. Portanto, sempre que começarmos a pensar dessa forma, vamos imaginar um sinal de "PARE" enorme e mandarmos o pensamento embora.

O importante é você trabalhar a aceitação, aceitando que a sua vida é diferente e que seu corpo também. Precisamos aprender a viver dentro desse corpo que por vezes magoa a si próprio.





Não perca a esperança, as pesquisas estão sempre avançando e quem sabe um dia teremos algum medicamento realmente efetivo ou quem sabe a cura.


Sobre os nossos sentimentos influenciarem no curso da doença, isso é um fato já comprovado cientificamente. Por isso, receber apoio de pessoas que realmente se importam conosco é muito reconfortante. Buscar ajuda com um Psicólogo ou terapias alternativas, como meditação, Yoga pode ajudar a restabelecer o equilíbrio dos sentimentos e ajudar com a aceitação.

Então quando você quiser apoiar, primeiramente entenda algumas coisas: não existe cura para as doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa), não existe dieta específica para tais doenças. Não é algo simples de tratar, não é por falta de vontade minha que estou doente. São doenças crônicas e autoimunes que ainda não se sabe nem ao certo o que pode levar uma pessoa a desenvolver. Os tratamentos disponíveis não funcionam da mesma maneira em todos. Que fique claro que não é falta de tentativa. Usamos corticoides, imunossupressores, antibióticos, medicamentos biológicos e todos têm diversos efeitos colaterais, onde o risco/benefício é constantemente avaliado. Passamos por cirurgias, internações, alguns passam a viver ostomizados, outros com próteses, outros com dores intermináveis... a luta que travamos dia a dia não é pequena.

Agora que você leu uma pequena lista do que passamos, tente ter empatia, entendendo e apoiando verdadeiramente, sem querer encontrar um culpado ou achar que não estamos tentando fazer o melhor. A culpa não é minha, não é nossa! 


Esse texto foi inspirado no depoimento de Hank Green, um desabafo sobre a o sentimento de culpa quando temos uma doença crônica. Ele tem retocolite ulcerativa. O vídeo está em inglês, mas você pode acompanhar com a legenda em Português.   



FDA atualiza as advertências sobre fluoroquinolonas

As fluoroquinolonas bloqueiam determinadas enzimas de bactérias que têm um papel fundamental no metabolismo e na reprodução bacteriana, matando as bactérias causadoras da doença. Como todo medicamento, essa classe dos antimicrobianos também tem efeitos colaterais, sendo assim, o médico quando prescreve leva em consideração o risco/benefício. Vou deixar só uma pequena informação sobre os antimicrobianos:

Antimicrobianos são substâncias naturais ou sintéticas que agem sobre microorganismos inibindo o seu crescimento ou causando a sua destruição. Seu uso era feito de forma abusiva, não havia a exigência de retenção da prescrição e então a automedicação corria solta. Com isso chegamos em um estágio de grande e perigosa resistência bacteriana, cada vez mais antimicrobianos potentes precisavam ser lançados. O seu uso indiscriminado é um problema de saúde pública em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 50% das prescrições de antibióticos no mundo são inadequadas. Só no Brasil, o comércio de antibióticos movimentou, em 2009, cerca de R$ 1,6 bilhão, segundo relatório do instituto IMS Health.

Sendo assim algumas mudanças nesse comércio perigoso e até fatal foram necessárias e desde 2010 os antibióticos só podem ser dispensados com a retenção da receita (prescrição) e somente prescritos por Médicos, Veterinários e Odontologistas. O objetivo da ANVISA é contribuir para a redução da resistência bacteriana.

Sobre a FDA (Food and Drug Administration):


É o órgão governamental dos Estados Unidos responsável pelo controle dos alimentos (tanto humano como animal), suplementos alimentares, medicamentos (humano e animal), cosméticos, equipamentos médicos, materiais biológicos e produtos derivados do sangue humano.

Em um anúncio de segurança publicado em maio desse ano, a FDA alertou para possíveis efeitos secundários graves associados a medicações antibacterianas com fluoroquinolonas. Estes danos podem superar os benefícios para pacientes com sinusite, bronquite e infecções do trato urinário não complicadas que têm outras opções de tratamento. Pacientes nestas condições, só devem usar fluoroquinolonas quando não têm opções alternativas de tratamento.

Uma revisão de segurança da FDA tem mostrado que as fluoroquinolonas, quando utilizadas sistemicamente (comprimidos, cápsulas e injetáveis) estão associadas a efeitos secundários potencialmente graves, incapacitantes e permanentes que podem ocorrer conjuntamente. Estes efeitos secundários podem envolver tendões, músculos, articulações, nervos e sistema nervoso central. Como resultado, a FDA está exigindo a atualização das bulas desses medicamentos para incluírem as novas informações de segurança. O órgão continua investigando as questões de segurança relacionadas às fluoroquinolonas e irá atualizar o público com informações adicionais, assim que elas estiverem disponíveis.

Pacientes em uso deste tipo de medicação devem entrar em contato com seus médicos imediatamente se sentirem quaisquer efeitos secundários graves. 


Alguns sinais e sintomas de efeitos secundários graves incluem dor, pontadas, formigamento ou sensação de picadas em tendões, articulações e músculos, confusão mental ou alucinações. Os pacientes devem conversar com o profissional de saúde em caso de quaisquer dúvidas ou preocupações.

Os profissionais de saúde devem interromper o tratamento com fluoroquinolona sistêmica imediatamente se o paciente relatar efeitos colaterais graves e mudar para outra medicação antibacteriana não-fluoroquinolona para completar o curso do tratamento.

No dia 26 de julho/16 a FDA publicou um novo anúncio de segurança sobre fluoroquinolonas:


FDA aprova mudanças na rotulagem de segurança para melhorar os avisos sobre sua associação com efeitos colaterais potencialmente permanentes e limitar a sua utilização em doentes com infecções bacterianas menos graves.

Fonte: http://migre.me/uw5ZU

“As fluoroquinolonas têm riscos e benefícios que devem ser consideradas com muito cuidado”, disse Edward Cox, M.D., diretor do Office of Antimicrobial Products, do FDA. “É importante que ambos os prestadores de cuidados de saúde e os pacientes estejam cientes de ambos os riscos e benefícios de fluoroquinolonas, afim de tomar uma decisão informada sobre seu uso.”

Uma avaliação de segurança do FDA descobriu que ambas as fluroquinolonas orais e injetáveis ​​estão associadas com efeitos secundários incapacitantes que envolvem os tendões, os músculos, as articulações, os nervos e o sistema nervoso central. 

Estes efeitos secundários podem ocorrer algumas horas até semanas depois da exposição a fluoroquinolonas e podem potencialmente ser permanentes.


Pelo fato de que o risco destes efeitos secundários graves geralmente supera os benefícios para os pacientes com sinusite bacteriana aguda, exacerbação aguda de bronquite crônica e infecções do trato urinário não complicadas, a FDA determinou que as fluoroquinolonas devem ser reservadas para uso em pacientes com essas condições que não têm alternativa a outras opções de tratamento. Para algumas infecções bacterianas graves, incluindo antraz, peste e pneumonia bacteriana, entre outros, os benefícios de fluoroquinolonas superam os riscos e é apropriado para eles permaneçam disponíveis como opção terapêutica.

As fluoroquinolonas aprovados pela FDA e que também são aprovadas aqui no Brasil pela ANVISA incluem:

  • Levofloxacino (Levaquin)
  • Ciprofloxacino (Cipro)
  • Ciprofloxacino comprimidos de liberação prolongada (Cipro XR)
  • Moxifloxacino (Avalox)
  • Ofloxacino (Oflox)
  • Gemifloxacino (Factive)

As mudanças de rotulagem deverão incluir um alerta na caixa e na seção Advertências e Precauções da bula, sobre o risco de reações adversas potencialmente irreversíveis que podem ocorrer. O rótulo também contém novas declarações de limitação de uso de fluoroquinolonas, com reserva para os pacientes que não têm outras opções de tratamento disponíveis para sinusite bacteriana aguda, exacerbação bacteriana aguda da bronquite crônica e infecções do trato urinário não complicadas.

E qual a importância desse alerta sobre fluoroquinolonas? 


O ciprofloxacino faz parte da terapia medicamentosa utilizada para o tratamento das doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa). Eu tenho doença de Crohn e já utilizei algumas vezes o ciprofloxacino com uma boa resposta, mesmo em remissão já precisei usar. A prescrição é sempre feita pelo médico que me acompanha após a sua avaliação e experiência comigo. Quero deixar esse depoimento particular aqui para que você entenda que apesar dos efeitos colaterais do ciprofloxacino existe a necessidade do seu uso no meu caso que supera os riscos.

Esse alerta da FDA pode gerar desconfiança e medo quando houver a necessidade do uso e se tem uma coisa que me deixa chateada é a divulgação de informação para gerar pânico. Por isso estou compartilhando a advertência da FDA pois é importante que você paciente e profissional de saúde saiba, mas também acho importante acrescentar essas informações sobre o risco/benefício incluido o meu depoimento.

Estabeleça uma relação de confiança e cooperação com o seu médico e tenha certeza de que o tratamento proposto visa a sua recuperação.




Ficou alguma dúvida? Envie um e-mail para farmaleachou@gmail.com ou deixe uma mensagem por aqui. 


Fontes:

  • Fluoroquinolone Antibacterial Drugs: Drug Safety Communication - FDA Advises Restricting Use for Certain Uncomplicated Infections - http://migre.me/uw2M6
  • FDA updates warnings for fluoroquinolone antibiotics - http://migre.me/uwe9H
  • Diretrizes sobre o controle de antimicrobianos: principais aspectos da regulamentação - SNGPC - http://migre.me/uweaT
  • FDA Drug Safety Communication: FDA advises restricting fluoroquinolone antibiotic use for certain uncomplicated infections; warns about disabling side effects that can occur together - http://migre.me/uwenP
  • FDA Strengthens Warning for Antibiotics and Disabling Side Effects http://migre.me/uwepn

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A Esperança é a última a morrer

A esperança é considerada um agente de mudança, um estado motivacional positivo. A esperança pode ser compreendida como uma “idéia motivacional” que possibilita a uma pessoa acreditar em resultados positivos, elaborar metas, desenvolver estratégias e então, reunir a motivação para colocar em prática suas metas e estratégias. Isso é pura verdade! Sem motivação você não consegue seguir em frente e cumprir suas metas, todos temos metas. 

De acordo com a sabedoria popular, “A esperança é a última a morrer”.


O Psicólogo norte- americano C. S. Snyder, autor do livro The Psychology of Hope: You Can Get There from Here, criou uma “Escala da Esperança” e concluiu que pessoas com “baixa esperança” têm objetivos ambíguos e trabalham para atingi-los um de cada vez.  Já os indivíduos com “alta esperança” frequentemente investem em cinco ou seis metas distintas ao mesmo tempo. As pessoas esperançosas traçam rotas para o sucesso e caminhos alternativos na eventualidade de encontrarem obstáculos – uma providência que os indivíduos com baixa esperança não costumam tomar.

Eu me identifiquei muito com essa conclusão e até encontrei a resposta para algo que antes eu achava que não era normal, pois eu estou sempre desenvolvendo muitos projetos ao mesmo tempo. Achava que era falta de foco ou organização, pois nem todos os projetos consigo colocar em prática, mas isso é outro problema, a falta de tempo ou quem sabe preciso aprender a organizar o meu tempo. Bom, pelo menos descobri que sou uma pessoa esperançosa.

Pesquisas também afirmam que indivíduos esperançosos têm mais autoestima e têm maior tolerância à dor. São indivíduos que pensam em ajudar os outros na busca do sucesso estimulando a fraternidade e o sentimento de grupo. Observo que pessoas com doenças crônicas acabam desenvolvendo esse sentimento de esperança e com isso tornam-se mais tolerantes à dor e otimistas em relação ao futuro. Muitos também se engajam em causas sociais para ajudar outros na mesma situação, isso é uma terapia também. Eu mesma me sinto assim com o trabalho que venho desenvolvendo através do blog Farmale, compartilhando informações sobre as doenças inflamatórias intestinais, promovendo encontros destinados ao apoio e conscientização. 

Anthony Scioli, professor de psicologia do Keene State College, em New Hampshire (Estados Unidos), afirma que a esperança se autoperpetua: os esperançosos revelam-se propensos a ser mais resilientes, confiantes, abertos e motivados do que as outras pessoas, e assim tendem a receber mais do mundo – o qual, por seu lado, lhes dá motivos para ficarem mais otimistas.

Para Scioli a esperança está associada a virtudes como:

  • Paciência
  • Gratidão
  • Caridade
  • Fé 

Anthony Scioli afirma que a fé é o bloco de construção da esperança e por esse motivo muitos acreditam que a fé cura ou pelo menos alivia as dores e fortalece a nossa esperança. Lembro bem quando a madrinha da minha filha partiu e eu assim como todos que a conheciam tinhamos certeza que ela seria curada. Ela também tinha essa certeza, mas em um determinado momento da sua batalha contra o câncer ela me disse que estava precisando se alimentar de fé. Isso me tocou muito, hoje meus olhos ainda se enchem de lágrimas quando lembro. Eu fiz de tudo nesse dia para lhe dar essa fé, fé que ela sempre teve e que estava indo embora. No dia seguinte eu consegui com a ajuda de pessoas iluminadas, abastecer seu corpo com essa fé que ela estava sentindo falta. E vou te contar, eu vi o quanto isso foi importante para a sua partida, até o seu último momento ela fez planos. Quando soube da sua partida senti uma raiva enorme, pois eu tinha certeza que ela iria superar tudo, até imaginei seus dias no hospital... quanto egoísmo meu... sim, egoísmo, querer que ela permanecesse aqui sofrendo, mas percebi que aquele dia onde a fé foi compartilhada em sua casa, foi um dia importante para todos que estavam ali. A fé alimentou à todos, pois ela não partiu em desespero, foi serena e nós tivemos certeza da sua cura, tivemos fé, muita fé, acreditamos em um poder maior que pudesse lhe curar e curou, levou todo o seu sofrimento e lhe deu paz. 

esperança é capaz de afetar o sistema imunológico e a saúde em geral.


No livro Hope in the Age of Anxiet, de Anthony Scioli e Henry Biller, os autores descrevem a esperança ao nível fisiológico, onde ela pode ajudar a transmitir um equilíbrio da atividade simpática e parassimpática enquanto assegura níveis apropriados de neurotransmissores, hormônios, linfócitos e outras substâncias críticas relacionadas à saúde. Igualmente importante, uma atitude esperançosa pode permitir a uma pessoa manter seu ‘ambiente interno’ saudável na presença de uma enorme adversidade. 


Ou seja, o sistema imunológico e hormonal da pessoa cheia de esperança é mais eficaz. A esperança ajuda o indivíduo a reagir positivamente em caso de doenças e lesões. A esperança realmente tem poder.


A esperança é uma virtude e um sentimento capaz de multiplicar as forças e transformar a vida. Ela nos impulsiona para grandes conquistas. A emoção ou o sentimento de esperança, portanto, é capaz de promover não só a saúde mental, mas também física.





Fontes:
https://www.brasil247.com/attachment/781/oasis237.pdf
http://livro.esperanca.com.br/wp-content/uploads/2016/04/livro2016_esperanca_viva.pdf

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O que a dificuldade está querendo mostrar a você?

Despertador - Roberto Shinyashiki

Na Índia os mestres sempre dizem: Os problemas são despertadores que tentam acordar as pessoas para a vida. Aproveite para acordar logo, antes que o próximo despertador faça mais barulho. 

Pense nisso: o que essa dificuldade está querendo mostrar a você? 


  • Problemas são avisos que a vida nos envia para corrigir algo que não estamos fazendo bem.
  • Problemas e doenças são sinais de emergência para que possamos transformar nossas vidas.
  • Problemas e doenças guardam muita semelhança entre si. 

Infelizmente, a maioria das pessoas, quando fica doente, cai num lamentável estado de prostração ou simplesmente toma remédio para tratar os sintomas em vez de fazer uma pausa para refletir sobre os avisos que essa doença está enviando.

São poucos os que se perguntam: por que meu organismo ficou enfraquecido e permitiu que a doença o atacasse? 


Uma doença é sempre um aviso, embora muita gente não preste atenção nele. Assim como os problemas, os sintomas vão piorando na tentativa de fazer com que você entenda o recado. No começo pode ser uma leve dor de cabeça um recado para que você pare e analise o que está faltando em sua vida. Mas você não tem tempo, toma um analgésico e nem percebe direito que a dor está aumentando. Então a dor piora, mas você vai à acupuntura para aliviá-la e não presta atenção quando o médico diz que o tratamento é paliativo e que você precisa mudar seu estilo de vida para eliminar as causas da doença. 

As doenças são recados que precisamos levar a sério, principalmente as doenças que se repetem. 


Dores de cabeça, alergias de pele, má digestão, todos esses distúrbios querem nos mostrar algo. Saber procurar e achar as causas deles é uma atitude muito sábia. Nossos inimigos, da mesma forma que os problemas e as doenças, são gritos de alerta para cuidarmos de algo que não está certo em nossa vida. Quando os ouvimos com atenção, nossos inimigos podem se transformar em maravilhosas alavancas de crescimento pessoal. Assim como as doenças e os inimigos, os problemas nos enviam avisos que precisamos aprender a decodificar. Se você tem um problema que está se repetindo em sua vida, é chegada a hora de fazer uma análise do seu significado para poder superá-lo. E tenha muito claro que, no momento em que supera um problema que o acompanha por algum tempo, uma nova pessoa nasce dentro de você.




Cada vez mais se reconhece que os problemas emocionais representam pontos chave no desequilíbrio físico e que contribuem fortemente para a origem das doenças. Muitas pessoas com doenças autoimunes relatam que a doença surgiu ou se intensificou depois de vivenciaram períodos difíceis, com as emoções em desarmonia, vivenciaram momentos de estresse, tristeza, alguma perda que não conseguiu resolver emocionalmente entre outras vivências intensas. Lembro bem quando estava apresentando os sintomas da doença de Crohn eu estava muito deprimida, muito infeliz, autoestima baixa, vontade de me isolar e ainda nem passava pela minha cabeça que eu estava adoecendo. Por estes motivos é importante aprender a controlar e libertar essas emoções, gerenciar esses acontecimentos como uma forma de prevenção da doença e da depressão.

Precisamos estar alertas para esses sinais do corpo, mas para isso o autoconhecimento é fundamental. 


Compartilharei aqui no blog alguns texto com conteúdos que te ajudarão nessa busca pelo autoconhecimento e tenho certeza que você vai perceber a importância de se conhecer para gerenciar melhor a sua doença. Você verá, por exemplo, que a consulta com o seu médico será mais proveitosa para ambos, pois você conseguirá passar para ele com mais clareza os sinais que o seu corpo apresentou.

Tenho muito, muito que compartilhar com vocês! Pois como Farmacêutica, através do blog, eu quero empoderar pacientes com informações sobre a sua doença, sobre o tratamento, mas acredito que o autoconhecimento é uma ferramenta que você vai precisar nesse processo de empoderamento e eu usarei como ferramenta a Atenção Farmacêutica para te ajudar. Quero te ajudar, mas preciso que você compartilhe as suas experiências com a doença, conte sobre as dificuldades que você vem encontrando desde que recebeu o diagnóstico. Quem sabe alguém aqui lendo o seu relato já passou pelo que você vem passando e tem uma dica bacana para você? Vamos nos conectar mais, trocar, conversar, o meio é virtual, mas você pode sentir o mesmo acolhimento de um abraço em palavras.

Também tenho promovido encontros entre pacientes, esse ano já foram dois encontros para que possamos estreitar os laços e sempre com muita informação sobre as doenças inflamatórias intestinais. Para você ver como foram esses encontros, é só clicar nas imagens:



Em breve aqui no blog você terá um espaço para contar sobre as sua história de vida com as doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa). O banner já está aqui no blog com o título: Conte a sua história. 


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Autoconhecimento

O autoconhecimento, segundo a psicologia, significa o conhecimento de um indivíduo sobre si mesmo. 


A prática de se conhecer melhor faz com que uma pessoa tenha controle sobre suas emoções, independente de serem positivas ou não. Tal controle emocional provocado pelo autoconhecimento pode evitar sentimentos de baixa autoestima, inquietude, frustração, ansiedade, instabilidade emocional e outros, atuando como importante exercício de bem-estar e ocasionando resoluções produtivas e conscientes acerca de seus variados problemas.



Fonte: DANTAS, Gabriela Cabral Da Silva. "Autoconhecimento"; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/psicologia/autoconhecimento.htm.


Prepare um bom dia

Vamos preparar um bom dia?

Acorde com uma boa espreguiçada... devagar... inspire e expire profundamente. Diga bom dia para você e para quem estiver por perto. Comece o seu dia com bons pensamentos e otimismo. Coloque bons sentimentos nos seus planos, coloque amor e siga em paz.

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Olhar além das imperfeições

A doença de Crohn me transformou em uma pessoa mais agradecida, que valoriza as coisas simples da vida, principalmente a saúde, a família e o momento presente. Confesso que essa transformação é constante e depois da cirurgia, que levou um pedaço do meu intestino, esse desejo de viver o presente ficou mais forte, na verdade mais valorizado. Após a cirurgia, que foi de emergência, entendi que eu deveria usar aquele susto e medo para aprender alguma coisa. Por isso, passei a valorizar cada dia de uma forma mais intensa, agora eu estou sempre querendo mais e que tudo aconteça sem demora, parece um pouco de ansiedade, mas tive medo, muito medo de não estar mais aqui e aproveitar a vida com a minha filha, minha família... ainda tenho esse medo, mas eu trabalho esse sentimento todos os os dias.

Os meus sonhos ainda existem mas eles podem acabar de um dia para outro e por isso, hoje eu valorizo as coisas simples da vida. Eu cuido da minha saúde e procuro não me estressar pelo que está fora do meu controle. Sabe respirar fundo e contar até dez? Então, às vezes eu conto até 50! Sério!

Venho entendendo que eu sou a responsável pelo meu destino e por tudo o que acontece comigo, seja bom ou ruim. Aprendi a ter gratidão todos os dias, o que me fez uma pessoa mais feliz.

“Ser feliz não significa que tudo é perfeito. Significa que eu decidi olhar além das imperfeições."


Não dá para mudar algumas coisas, por exemplo as doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa) ainda não têm cura, então precisamos aceitar e aprender a conviver da melhor maneira possível com isso.



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O I Encontro Farmale Foi Gratificante!



Gratificante: característica do que gratifica, que é capaz de causar certa satisfação ou acarreta algum tipo de contentamento interior.

Assim eu defino o I Encontro Farmale:

GRATIFICANTE!

Quando pensei em realizar um encontro de pacientes no mês de maio, minha intenção era que pudéssemos estreitar laços, conhecer mais pessoas com doença de Crohn ou retocolite ulcerativa e nos sentíssemos acolhidos.

Saber que não estamos sós nessa estrada das doenças crônicas, onde o futuro é incerto. 

Saber que temos companheiros que podemos contar para um abraço, uma palavra amiga.





E foi assim no I Piquenique DII, eu conheci muitos companheiros que hoje fazem parte dos meus pensamentos. Agora, quando penso em um novo projeto para o blog, penso em todos que estiveram comigo, em todos que acompanham o blog, que curtem a página do blog no Facebook, que deixam mensagens pelo Whats App, Messenger. Buscam dicas ou alguma orientação comigo, trazem sugestões e dividem suas dores comigo.  Hoje não tenho somente pessoas com DII seguindo o blog, tenho pessoas com  outras doenças que se sentiram acolhidas de alguma maneira dentro da proposta que venho apresentando no blog: empoderar pacientes. 

Assim foi mais um encontro do blog Farmale, muita informação importante sobre as doenças inflamatórias intestinais através da Dra Giovana Zibetti que preparou uma apresentação especialmente para o I Encontro Farmale. Além de levar informações importantes sobre as DII, a Dra Giovana compartilhou um pouco da sua experiência com o Mindfullness, uma prática meditativa que refere-se à capacidade de prestar atenção, no momento presente, a tudo que surge interna ou externamente, sem a realização de julgamentos ou o desejo de que as coisas sejam diferentes. E que o isso tem de importante para nós? O estar atento, focado, presente, sem julgamentos e desejo de mudar aquilo que não dá para mudar (doença crônica). 

Conseguiu perceber de que maneira o Mindfullness pode nos ajudar? Com a aceitação! Aceitação refere-se a um processo ativo no qual o indivíduo admite o que acontece consigo sem se apegar aquilo que gostaria que fosse (não ter uma doença crônica, estar curado). Trata-se de compreendermos a realidade percebendo o aparecimento inevitável de pensamentos, sentimentos e sensações sem evitá-los, rechaçá-los ou julgá-los. Percebe agora como está tudo muito conectado? O Mindfullness ajudando nesse porcesso de aceitação.

Sendo assim, o I Econtro Farmale conseguiu atingir mais um objetivo proposto pelo blog Farmale: compartilhar informações e que estas informações possam servir como ferramentas para o nosso bem estar mental e físico. 

Tenho recebido já o retorno daqueles que estiveram presentes assim como já vi muitas fotos e claro que já me emocionei porque isso tudo é muito, muito gratificante e estimulante! Esse encontro foi organizado com muito carinho e dedicação para que todos nós pudessemos entender melhor a nossa condição, aceitar e perceber que não estamos sozinhos.

Precisamos fortalecer cada vez mais esses laços! Algumas coisas boas a doença trouxe, a amizade e companheirismo, são algumas delas. 


Mais uma vez deixo aqui meus agradecimentos:

  • CITRJ - Centro de Infusões e Terapias, muitíssimo grata com o apoio e por acreditarem no empoderamento dos pacientes.
  • Dra Giovana Zibette fiquei muito honrada com a sua presença! Além de todas as informações fundamentais sobre as DII, também compartilhou dicas sobre bons hábitos alimentares e proporcionou uma experiência prazerosa de relaxamento com o Mindfullness.
  • Dr Marcelo Caldeira, muito obrigada pela confiança, incentivo, apoio e amizade! 

Teremos outros encontros e em breve mais novidades aqui no blog! 

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Gratidão por mais um dia

Quem vai decidir se o dia vai ser bom é você. Então não esqueça de dar aquela espreguiçada, respirar fundo e dizer para você mesmo: 
Obrigada por ter acordado, gratidão por mais um dia. 



Temos um encontro marcado dia 9 de julho, 9 horas! Não percam!


Mais informações: