Confesso que fiquei assustada quando li sobre essas cápsulas no Facebook, um amigo compartilhou e de repente vi um monte de gente compartilhando, comentando... então, claro, lá fui vasculhar pela internet mais informações sobre esse assunto e o susto passou, virou curiosidade e agora fiquei super querendo virar uma amendoeira, com aquelas folhas largas que dão um mega sombra gostosa! E você? Vai escolhendo pois de repente esse ousado projeto saia do papel e você vira uma linda árvore! Achei realmente muito bom, ecologicamente sustentável e reconfortante ter um querido que viveu conosco dando vida à uma árvore, à outra vida.
Vamos entender um pouco porque os cemitérios não são uma boa opção para o destino final dos nossos corpos. O problema dos cemitérios tradicionais (destino final de 80% dos brasileiros) é que 75% deles não respeitam determinações técnicas e acabam poluindo o ambiente com necrochorume (substância tóxica produzida pelo cadáver em decomposição).
Um corpo de 70 quilos gera 30 quilos de necrochorume, por exemplo. “Os micro-organismos são levados pela água para fora do cemitério por quilômetros de distância, causando doenças como tétano, hepatite, febre tifoide e disenteria”, diz o geólogo e professor da Universidade São Judas Tadeu, Leziro Marques Silva. (Fonte: http://goo.gl/pS9ZQ6)
Olhem só esse exemplo sobre a contaminação do solo e água pelo necrochorume:
O subsolo de dois grandes cemitérios de São Paulo, Vila Formosa, na zona leste, e Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte, está contaminado por necrochorume. Esse líquido começa a ser eliminado após um ano da morte e pode transmitir doenças, dada a sua perigosa carga biológica, de vírus e bactérias.
Em geral, cada corpo produz diariamente 200 mililitros de necrochorume, por pelo menos seis meses. Trata-se de um escoamento viscoso, acinzentado, e que, com a chuva, pode atingir o lençol de água subterrânea de pequena profundidade e outras regiões próximas aos cemitérios. Reportagem de Eduardo Reina, O Estado de S.Paulo.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), ligada à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, as áreas onde estão os cemitérios de Vila Formosa e Vila Nova Cachoeirinha estão classificadas como suspeitas de contaminação desde 2006. A Cetesb aguarda que o Serviço Funerário Municipal envie estudos complementares para confirmar essa suspeita e o grau de contaminação.
A decomposição que provoca o vazamento do líquido chamado necrochorume começa cerca de 30 dias após o enterro. O necrochorume é formado por 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas, duas delas altamente tóxicas: a putrescina e a cadaverina. Os micro-organismos liberados na decomposição dos corpos podem transmitir doenças por meio de contato com água contaminada ou ingestão dela. Entre as enfermidades, estão hepatite A, tuberculose e escarlatina. (Fonte: http://goo.gl/C75kZL)
A revista eletrônica EcoDebate realizou uma entrevista com o Geólogo Lezíro Marques Silva, Mestre em Engenharia Sanitária: (Fonte: http://goo.gl/C75kZL)
Há alguma lei que determine prazo para que cemitérios façam o controle do subsolo e de possíveis contaminações?
Os cemitérios têm até 31 de dezembro para se adequar à Resolução n.º 335 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que trata de dispositivos de segurança para monitorar o lençol freático. Há em vigência o Código Sanitário do Estado de São Paulo, normas e outras resoluções sobre o assunto. Mas cemitérios e poluição sempre foram assunto deixado de lado.
Há muitos cemitérios que poluem o solo com o necrochorume?
Cerca de 75% deles têm problemas de poluição ambiental e sanitária.
A poluição em Vila Formosa e em Vila Nova Cachoeirinha é grande?
Sim. Cada cadáver verte cerca de 200 mililitros de necrochorume por dia, que, se escaparem da sepultura, penetram no solo. Há alta carga tóxica e microbiológica, com vírus e bactérias. É só multiplicar o volume pelo número de sepulturas.
Há solução para evitar o vazamento desse líquido?
O ideal seria cremar os corpos. É a solução sanitária. Como não se pode impermeabilizar o fundo da sepultura, porque é preciso a troca de gases para ajudar na decomposição, pode-se usar um colchonete com um produto chamado necroblendas, que absorve o necrochorume. Também podem-se colocar saquinhos com esse produto, já fabricado em São Paulo e bastante utilizado na Europa, dentro do caixão antes do sepultamento.
E para o solo já contaminado?
Fazem-se furos no solo e injeta-se solução aquosa, o necroxidante, que vai lavando o caminho no subsolo e desinfeta. Antigamente se usava cal virgem. / E.R.
Agora vamos tentar entender um pouco mais sobre o Cápsula Mundi, um projeto sensacional e revolucionário! Vejam só que belo destino para nossos corpos, em vez de um cemitério teremos florestas, memórias em florestas, sem poluir, dando um destino realmente limpo aos corpos.
Anna Citelli e Raoul Bretzel são os criativos designers do projeto Capsula Mundi, um empresa italiana que projetou uma cápsula em forma de ovo para enterros. O corpo é colocado em posição fetal cabendo dentro do ovo biodegradável, a cápsula, então é plantada como uma semente no solo e a árvore escolhida vai ser plantada sobre a cápsula. A Cápsula Mundi é produzida com materiais 100% biodegradáveis o que permitirá que o corpo se decomponha naturalmente em nutrientes que farão árvores ou outros organismos vegetativos crescem no local com facilidade.
Embora este ainda seja apenas um conceito na Itália devido às leis que proíbem um tipo não -padrão de enterro lá, isso pode ser feito nos Estados Unidos graças a grupos como Green Burial Council e empresas como Woodland Burial Parks e The Natural Death Centre na Inglaterra.
Anna Citelli e Raoul Bretzel estão atualmente buscando mudar as leis italianas para que possam usar de forma legal a sua criação. Somente madeira e metal pode ser usado para fazer caixões e cemitérios e estes têm de ser protegidos em uma área fechada e controlada . Os Designers criaram uma associação (Associazione Capsula Mundi) para alterar essa legislação.
A intensão dos Designers era criar algo que seria dedicado ao importante momento da morte. Eles perceberam que, independentemente da cultura ou religião a morte é um fenômeno biológico e levar uma reflexão sobre o quão distante estamos da natureza em nosso dia a dia e finalmente após a morte podermos nos reunir de uma forma respeitosa. Em vez de um cemitério padrão que contém fileiras de cruzes ou lápides, este novo tipo de sepultamento poderia criar florestas sagradas no futuro.
E você, o que você acha sobre ser enterrado em um ovo como uma cápsula?
Vamos entender um pouco porque os cemitérios não são uma boa opção para o destino final dos nossos corpos. O problema dos cemitérios tradicionais (destino final de 80% dos brasileiros) é que 75% deles não respeitam determinações técnicas e acabam poluindo o ambiente com necrochorume (substância tóxica produzida pelo cadáver em decomposição).
Um corpo de 70 quilos gera 30 quilos de necrochorume, por exemplo. “Os micro-organismos são levados pela água para fora do cemitério por quilômetros de distância, causando doenças como tétano, hepatite, febre tifoide e disenteria”, diz o geólogo e professor da Universidade São Judas Tadeu, Leziro Marques Silva. (Fonte: http://goo.gl/pS9ZQ6)
Olhem só esse exemplo sobre a contaminação do solo e água pelo necrochorume:
O subsolo de dois grandes cemitérios de São Paulo, Vila Formosa, na zona leste, e Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte, está contaminado por necrochorume. Esse líquido começa a ser eliminado após um ano da morte e pode transmitir doenças, dada a sua perigosa carga biológica, de vírus e bactérias.
Em geral, cada corpo produz diariamente 200 mililitros de necrochorume, por pelo menos seis meses. Trata-se de um escoamento viscoso, acinzentado, e que, com a chuva, pode atingir o lençol de água subterrânea de pequena profundidade e outras regiões próximas aos cemitérios. Reportagem de Eduardo Reina, O Estado de S.Paulo.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), ligada à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, as áreas onde estão os cemitérios de Vila Formosa e Vila Nova Cachoeirinha estão classificadas como suspeitas de contaminação desde 2006. A Cetesb aguarda que o Serviço Funerário Municipal envie estudos complementares para confirmar essa suspeita e o grau de contaminação.
A decomposição que provoca o vazamento do líquido chamado necrochorume começa cerca de 30 dias após o enterro. O necrochorume é formado por 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas, duas delas altamente tóxicas: a putrescina e a cadaverina. Os micro-organismos liberados na decomposição dos corpos podem transmitir doenças por meio de contato com água contaminada ou ingestão dela. Entre as enfermidades, estão hepatite A, tuberculose e escarlatina. (Fonte: http://goo.gl/C75kZL)
A revista eletrônica EcoDebate realizou uma entrevista com o Geólogo Lezíro Marques Silva, Mestre em Engenharia Sanitária: (Fonte: http://goo.gl/C75kZL)
Há alguma lei que determine prazo para que cemitérios façam o controle do subsolo e de possíveis contaminações?
Os cemitérios têm até 31 de dezembro para se adequar à Resolução n.º 335 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que trata de dispositivos de segurança para monitorar o lençol freático. Há em vigência o Código Sanitário do Estado de São Paulo, normas e outras resoluções sobre o assunto. Mas cemitérios e poluição sempre foram assunto deixado de lado.
Há muitos cemitérios que poluem o solo com o necrochorume?
Cerca de 75% deles têm problemas de poluição ambiental e sanitária.
A poluição em Vila Formosa e em Vila Nova Cachoeirinha é grande?
Sim. Cada cadáver verte cerca de 200 mililitros de necrochorume por dia, que, se escaparem da sepultura, penetram no solo. Há alta carga tóxica e microbiológica, com vírus e bactérias. É só multiplicar o volume pelo número de sepulturas.
Há solução para evitar o vazamento desse líquido?
O ideal seria cremar os corpos. É a solução sanitária. Como não se pode impermeabilizar o fundo da sepultura, porque é preciso a troca de gases para ajudar na decomposição, pode-se usar um colchonete com um produto chamado necroblendas, que absorve o necrochorume. Também podem-se colocar saquinhos com esse produto, já fabricado em São Paulo e bastante utilizado na Europa, dentro do caixão antes do sepultamento.
E para o solo já contaminado?
Fazem-se furos no solo e injeta-se solução aquosa, o necroxidante, que vai lavando o caminho no subsolo e desinfeta. Antigamente se usava cal virgem. / E.R.
Agora vamos tentar entender um pouco mais sobre o Cápsula Mundi, um projeto sensacional e revolucionário! Vejam só que belo destino para nossos corpos, em vez de um cemitério teremos florestas, memórias em florestas, sem poluir, dando um destino realmente limpo aos corpos.
Anna Citelli e Raoul Bretzel são os criativos designers do projeto Capsula Mundi, um empresa italiana que projetou uma cápsula em forma de ovo para enterros. O corpo é colocado em posição fetal cabendo dentro do ovo biodegradável, a cápsula, então é plantada como uma semente no solo e a árvore escolhida vai ser plantada sobre a cápsula. A Cápsula Mundi é produzida com materiais 100% biodegradáveis o que permitirá que o corpo se decomponha naturalmente em nutrientes que farão árvores ou outros organismos vegetativos crescem no local com facilidade.
Embora este ainda seja apenas um conceito na Itália devido às leis que proíbem um tipo não -padrão de enterro lá, isso pode ser feito nos Estados Unidos graças a grupos como Green Burial Council e empresas como Woodland Burial Parks e The Natural Death Centre na Inglaterra.
Anna Citelli e Raoul Bretzel estão atualmente buscando mudar as leis italianas para que possam usar de forma legal a sua criação. Somente madeira e metal pode ser usado para fazer caixões e cemitérios e estes têm de ser protegidos em uma área fechada e controlada . Os Designers criaram uma associação (Associazione Capsula Mundi) para alterar essa legislação.
A intensão dos Designers era criar algo que seria dedicado ao importante momento da morte. Eles perceberam que, independentemente da cultura ou religião a morte é um fenômeno biológico e levar uma reflexão sobre o quão distante estamos da natureza em nosso dia a dia e finalmente após a morte podermos nos reunir de uma forma respeitosa. Em vez de um cemitério padrão que contém fileiras de cruzes ou lápides, este novo tipo de sepultamento poderia criar florestas sagradas no futuro.
E você, o que você acha sobre ser enterrado em um ovo como uma cápsula?
Quer saber mais? Olha aqui:
Aqui um vídeo com mais informações sobre essas cápsulas:
Nenhum comentário:
Postar um comentário