O processo de redução da inflamação na DII está na era dos biológicos e
das pequenas moléculas para uso oral.
Segundo o professor doutor do Departamento
de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (FMUSP), Aderson Damião, biológicos podem atuar em três
frentes: na redução de citocinas, na redução do processo inflamatório e no
uso de pequenas moléculas de ação intracelular. Também existe a possibilidade
de fazer diferentes associações, como terapia convencional seguida
de biológico e vice-versa, ou combinação de anti-TNF e anti-integrina, ou
biológico mais as pequenas moléculas orais.
Para a diretora do Crohn’s and Colitis Center da Universidade de Miami,
professora Maria T. Abreu, o uso de imunossupressores e biológicos é um
casamento feliz, pois um complementa o outro. O médico Mark Silverberg,
da Universidade de Toronto, no Canadá, afirma que os biológicos diminuíram
as cirurgias e hospitalizações, mas é necessário fazer um balanceamento entre os benefícios e riscos, como efeitos colaterais e custos.
Já o transplante
fecal ou terapia microbiota fecal (TMF) é considerado uma medida
de emergência para o tratamento de várias perturbações gastrointestinais
e metabólicas, tem se mostrado eficaz no tratamento da infecção refratária
por Clostridium difficile e há relatos de casos bem-sucedidos em DII.
O professor doutor Francisco Javier Bosques Padilla, do University Hospital
J.E. González, Universidad Autonoma de Nuevo Leon, do México, afirma
que estudos clínicos bem desenhados mostram estratégias que permitem
avaliar melhor a TMF em DII. A questão chave é até que ponto a microbiota
pode ser alterada de forma permanente e quais os elementos responsáveis
pela sua eficácia. “Compreender os fatores que explicam esta eficiência
permitirá, eventualmente, conduzir ao desenvolvimento de fezes artificiais
para eliminar o risco infeccioso e o desconforto de terapia baseada em fezes”,
pontua.
Fonte: ABCD Em FOCO
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