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II Encontro Farmale - Diagnóstico das Doenças Inflamatórias Intestinais: Investigação Endoscópica Palestrante: Dr Flavio Abby
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Desde criança tive problemas abdominais

Desde criança tive problemas abdominais. Com 2 anos de idade uma médica sugeriu alergia à proteína do leite de vaca, mas não melhorou muito com a restrição do leite. Ainda nesta idade, eu tinha infecções recorrentes, principalmente estomatites e tantas aftas que eu passava dias sem comer e com febre. Fiz tratamento para a imunidade aumentar, mas não melhorou. Durante a adolescência (15 anos de idade) comecei, diariamente, a sentir desconfortos abdominais e comecei a ter crises de vômito e diarréia, chegando a perder 10 kg em 1 mês (durante um intercâmbio que eu fiz).

Aos 16 anos resolvi procurar ajuda médica, pois os episódios de dor (que se confundiam com apendicite, pois a minha dor é localizada principalmente na região inferior direita do abdomen) só aumentavam, assim como as crises de diarréia, agora acompanhadas de sangue e muco.

Fui diagnosticada à priori, com doença celíaca e intolerância à lactose, após um resultado "inconclusivo" na biópsia endoscopia digestiva alta e uma gastrite de antro sem H. Pilóri.

Fiz a restrição total de glúten e lactose por 2 anos e meia e tive uma piora grande nos quadros de dor e crises de diarréia, indo mais de 20x por dia no banheiro, defecando sangue e muco. Procurei, então, uma especialista em doença celíaca que realizou o exame com a marcação genética para a doença e o resultado veio negativo. Não era doença celíaca, mas meu diagnóstico voltou a ser aberto.

Muitos amigos e até alguns familiares me chamavam de louca e falavam que eu estava querendo chamar atenção, ou que talvez eu fosse hipocondríaca porque ninguém sabia como era sentir as dores que eu sentia diariamente. Minha família mais próxima (graças a Deus) ficou ao meu lado e começou comigo, a caçar algum médico que diagnosticasse minha doença.

Após 6 meses de procura, indo em todos os tipos de médico (inclusive em um que riu na minha cara com outro médico no telefone sobre o fato de eu ter diarréia crônica) cansei de procurar. Uma vizinha do meu prédio, portadora de RU um dia, ouvindo minha conversa com a minha mãe "será que não tenho intestino irritável?" me contou a história dela e de sua melhora com o tratamento, e falou "não desista. É a sua saúde em jogo". Fui então a mais um médico, cuja consulta foi péssima, mas ele me pediu uma colonoscopia (que eu nunca tinha feito) e eu resolvi fazer. Erosões no íleo, na válvula ileo-cecal, enantema do cólon ao reto, infiltrado inflamatório em todos os segmentos biopsiados e 5 áreas de estreitamento. No hemograma, PCR 20 mg/l. Eu precisava de um especialista. Peguei indicação e, graças a Deus encontrei a médica que me acompanha até hoje, Dra. Fabiana.

Fiz uma bateria de exames de sangue, fezes (como parasitologias), transito intestinal, TC de abdome... Confirmei a doença e, finalmente, fechei o diagnóstico certo: Doença de Crohn. Iniciei o tratamento com mesalazina e corticóide a prióri, depois azatioprina e mesalazina em grânulos, mas não tive melhora clínica em 8 meses de tratamento e continuei defecando sangue, com um pequeno quadro de insuficiência de vit. D e B12 (mas sem nenhuma complicação cirurgica, apesar das áreas de estreitamento).

Aos 20 anos iniciei o tratamento com o infliximab junto com a azatioprina, e, agora aos 21 anos, após quase 1 ano com o uso do infliximab (fazendo doses de controle cada 8 semanas) estou outra pessoa. Além do Crohn tenho síndrome do ovário policistico e  endometriose, e trato também as 2 doenças.

Ainda tenho crises, com diarréia, dor abdominal, aftas e vômito. Mas hoje posso dizer que sou outra pessoa, em relação há 2 anos atrás. Antes eu não conseguia sair de casa sem tomar, no mínimo, 2 buscopan composto. Hoje eu consigo sair sem medicação pra dor e até dormir fora sem me preocupar tanto em ter episódios de diarréia fora de casa.

Entrei na faculdade de medicina, e isso realmente ajudou muito meu psicológico, porque eu amo o que eu faço lá, e eu estando menos estressada (e comendo melhor do que eu comia no cursinho) diminui minhas crises (com o auxílio das medicações, claro). Comecei a namorar e meu namorado me apoia MUITO em relação à doença, procura sempre conhecer mais sobre o assunto, me leva em todas as consultas e infusões... isso, e o apoio que eu tenho em casa, me ajudam muito a estar cada dia melhor. Agora é só rezar, torcer e aguardar a tão esperada remissão da doença.

Meu nome é Gabriella, tenho 21 anos, moro em São Paulo, sou Estudante, tenho Doença de Crohn. Meu perfil no Facebook  www.facebook.com/gabriella.paraventi e no Instagram www.instagram.com/Gabiparaventi.

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