Moradora de Tatuí diz que
precisa de medicamento para inflamação no intestino que custa R$ 600.
Prefeitura afirma que está com dificuldade para encontrar remédio.
Assistam a reportagem no link: https://goo.gl/GYjTia
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Pacientes da região
reclamam que enfretam dificuldades para conseguirem medicamentos de alto custo
na rede pública para tratamento de diversas doenças mesmo com decisões
judiciais a seu favor.
A agente administrativa
Anne Caroline Seabra, de Tatuí (SP), por exemplo, conta que tem uma inflamação
no intestino e precisa tomar um remédio que custa, em média, R$ 600 para não
ter crises de dores. Ela afirma que conseguiu
uma decisão judicial de tutela de urgência para adquirir o remédio, porém
quando vai retirar o medicamento na rede pública de saúde, não tem a quantia
necessária.
“Sem o remédio eu tenho diarreias, sangramento, muita dor abdominal, além de dor no corpo. Quando estou em crise vou mais de 30 vezes no banheiro, é difícil. Eu vivo de doação. Tem grupos em redes sociais de pessoas com a mesma doença que fazem a doação do medicamento, porque não tenho condições de comprar”, explica.
Em nota, a prefeitura de
Tatuí confirmou que há pedido judicial do remédio mesalazina em sachê, mas que
está com dificuldade para encontrar o medicamento. Disse ainda que tem
realizado cotações desde 10 de outubro, porém até o momento conseguiu apenas
dois orçamentos de laboratórios e precisa de três para fazer a compra direta.
Em Itapetininga, a
faxineira Laudicéia Aparecida dos Santos reclama que não consegue o medicamento
para a filha que tem dificuldades para urinar. Uma caixa do remédio custa R$
400 e a filha precisa de quatro caixas por mês. Sem ele, o acúmulo de urina
pode causar infecção na bexiga e nos rins.
“Às vezes não tem o
remédio. Quando tem, consigo pegar apenas um. É difícil, pois o medicamento é
muito caro. Além do trabalho como faxineira, eu tenho que vender salgados para
conseguir comprar o remédio que falta. Gasto mais de R$ 400 por semana com isto”,
explica.
Sobre a situação, a
prefeitura de Itapetininga disse que o medicamento é fornecido para o paciente
conforme a receita aprovada pelo Estado e que o médico solicita um comprimido
ao dia, por isso é dado uma caixa contendo 30 comprimidos. Disse ainda que
apenas entrega o medicamento que é enviado de Sorocaba.
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