José Saramago dizia “Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia.” Mesmo que você me veja às gargalhadas, tenho uma sensibilidade, mesmo que invisível, que faz o meu peito doer diante de muitas situações. Quem me conhece bem de pertinho, já percebeu isso e acho que é essa sensibilidade que me faz estar aqui com vocês. A sensibilidade que me faz trabalhar a empatia e acompaixão não só em mim, mas em vocês também.
Ser sensível para ser empático
Estudos realizados na Universidade de Stony Brook revelaram que as pessoas com alta sensibilidade têm um cérebro emocional dotado de grande empatia. São cérebros totalmente orientados à “sociabilidade” e à união com os demais.
O que isto significa? O que os pesquisadores concluíram foi, basicamente, que os processos cerebrais dessas pessoas mostram um excesso de excitação nas áreas neurais relacionadas às emoções e à interação: elas são capazes de decifrar e intuir os sentimentos daqueles que estão à sua frente.
A empatia é se colocar no lugar do outro, mas para isso, precisamos ser sensíveis a esse outro, precisamos estar despidos de preconceitos e disponíveis para ouvir.
Ao praticar a empatia, estamos nos abrindo a ouvir e a conhecer, de verdade, as pessoas ao nosso redor. Assim, temos a oportunidade de descobrir que, mesmo que tenham comportamentos e pensamentos muito diferentes dos nossos, é possível encontrar uma harmonia na interação. Desenvolver nossas habilidades perceptivas sobre o outro faz com que sejam criadas relações muito mais sinceras, prósperas e de confiança. Eu estou sempre falando sobre empatia porque acredito que ela pode salvar o mundo desse caos que estamos passando. A empatia transforma as relações, inspira mudanças de atitude e contribui para enfrentamento de questões como o preconceito e a desigualdade.
A empatia requer mais paciência
Você deve respeitar o tempo para ouvir a outra pessoa. Ouvi-la de verdade em tudo o que disser e prestando muita atenção.
A empatia requer que você tire um tempo para se aquietar e olhar o que acontece ao seu redor.
É um execício de compaixão onde sentimos a dor do outro. Conhecem a expressão inglesa "walk in someone’s shoes" (caminhando com os sapatos de alguém)? Ela é a essência da empatia.
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