Fonte: Steady Health |
Esse foi um dos primeiros sintomas de que eu tinha doença de Crohn. Vira e mexe estava eu lá no consultório com fissura anal. Gente, dói muito e eu ficava com medo de evacuar, pois sabia que ia doer, então prendia até não aguentar mais. Essa "tática" era pior... pois as fezes ficavam ressecadas, mas eu não sabia disso na época. Tem uma explicação para isso no texto compartilhado mais abaixo, vou marcar com a cor azul.
A melhor coisa é o
banho de assento, é chato, dá preguiça, mas dá super certo. Até mesmo uma duchinha
com água quente no banho já ajuda bem. Fiz muito banho de assento depois das minhas cirurgias, pois na primeira devido a retirada de parte do intestino, levou um tempo para o meu organismo se adaptar, então tinha diarreias constantes. Na segunda cirurgia com a retirada da vesícula biliar, também rolou bastante diarreia que fomos controlando com Questran Light e para a irritação no ânus o eficiciente banho de assento e pomada Hipoglós e Procto Glyvenol (creme e supositório).
As medicações que citei aqui, foram prescritas pelo médico que me acompanha, citei os nomes aqui para que você possa verificar com o seu médico se podem ser soluções para você. Usar medicações sem orientação pode ser perigoso para sua saúde, pode mascarar sintomas e adiar o diagnóstico de algum problema mais sério.
Dica para o uso de pomadas/cremes para a região anorretal:
- Primeiro lave com água morna e seque a região anal
- Aplique uma pequena quantidade de creme ou pomada na área externa e massageie delicadamente
- Após a aplicação lave bem as mãos
- Antes de inserir o aplicador, passe um pouco da pomada ou creme para lubrificar e anestesiar (quando a pomada tiver anestésicos na formulação) a região
- Coloque a ponta mais larga do aplicador no tubo da pomada e depois introduza a ponta mais fina do aplicador no reto
- Esprema o tubo com cuidado para liberar o creme
- Antes de guardar a pomada, remova a ponta do aplicador e o lave com água quente e sabão caso este não seja descartável
- Após a aplicação lave bem as mãos
As medicações que citei aqui, foram prescritas pelo médico que me acompanha, citei os nomes aqui para que você possa verificar com o seu médico se podem ser soluções para você. Usar medicações sem orientação pode ser perigoso para sua saúde, pode mascarar sintomas e adiar o diagnóstico de algum problema mais sério.
Compartilho aqui com você
algumas informações sobre a fissura anal. Escolhi como fonte de consulta o site
MD Saúde:
A fissura anal é um
pequeno rasgo na pele ao redor do ânus, que pode surgir após traumas, como a
passagem de fezes duras e/ou grandes durante uma evacuação. A fissura anal
costuma ocorrer em pessoas de meia idade, mas também é uma causa comum de
sangramento retal em bebês.
Neste texto vamos abordar os
seguintes pontos sobre fissura anal:
- Causas da fissura anal
- Sintomas da fissura
- Tratamento da fissura anal
Como surgem as fissuras anais?
A maioria das fissuras
anais surgem após um trauma, geralmente um esgarçamento do ânus. A
causa mais comum são fezes volumosas e endurecidas, que provocam um estiramento
além do limite da mucosa anal durante a evacuação. Outras causas são o
sexo anal ou introdução de objetos de grande diâmetro pelo ânus. Diarreia
prolongada pode causar irritação e lesão da mucosa anal , facilitando o
surgimento de fissuras. Paciente com antecedentes de outras lesões
no ânus, como hemorroidas ou fístulas anais também apresentam maior risco. Mulheres
podem desenvolver fissuras após um parto normal.
A fissura anal ocorre
habitualmente em pessoas sem outros problemas de saúde, mas pode ser também uma
complicação de algumas doenças, como tuberculose anorretal (leia: Tuberculose | Sintomas e tratamento), Doença de Crohn (leia: Doença de Crohn | Retocolite Ulcerativa) ou leucemia (leia: Leucemia | Sintomas eTratamento).
Lembra que escrevi sobre a minha "tática" (totalmente errada) de prender até não aguentar mais para evacuar? Isso agrava mais ainda a situação, leia aqui o que acontece:
O grande problema da
fissura anal é o fato dela ser um processo de agressão cíclica. A lesão da
musosa faz com que o esfincter do ânus involuntariamente sofra um espasmo,
impedindo que o mesmo relaxe. Essa contração do ânus provoca mais esgarçamento
da fissura, dificultado a cicatrização da ferida. O espasmo anal,
associado à dor ao evacuar, agrava a prisão de ventre. Quando o
paciente finalmente consegue evacuar, as fezes estão volumosas e ressecadas e
precisam vencer a resistência de um ânus, que tem dificuldade em relaxar. Tudo
isso provoca ainda mais lesão da mucosa e perpetuação da fissura no ânus. Os
pacientes que entram neste ciclo vicioso costumam desenvolver fissuras anais
crônicas, pois o espasmo anal prolongado, além de facilitar o trauma
repetitivo, ainda causa compressão dos vasos sanguíneos que irrigam a região do
ânus, provocando uma isquemia desta região. As fissuras anais crônicas são
aquelas que duram mais de 6 semanas e não cicatrizam sem tratamento médico.
Sintomas da fissura anal
As fissuras anais
costumam surgir no tecido que reveste o ânus e o canal anal, uma mucosa chamada
anoderma. Ao contrário da pele, o anoderma não tem pêlos, glândulas sudoríparas
nem glândulas sebáceas. Por outro lado, esta região é riquíssima em nervos
responsáveis pela transmissão das sensações de tato e dor, o que explica por
que as fissuras anais são tão dolorosas.
A fissura anal tem a
aparência de um corte ou laceração na região do ânus. Se você imaginar o ânus
como um relógio de ponteiros, com o paciente deitado de barriga para cima, as
fissuras costumam ser uma laceração na direção vertical, que ocorre às 6h ou às
12h, como nas fotos abaixo. Fissuras fora desta localização costumam ser
causadas por alguma outra doença.
No site MD Saúde tem uma
foto real de um paciente com fissura anal, está em tamanho reduzido lá e eu
preferi não compartilhar a imagem aqui para evitar constrangimento em alguns.
Clique no link caso você queira visualizar a foto: http://goo.gl/a4Wj3u
O principal sintoma da
fissura anal é a dor ao evacuar, que costuma ser muito intensa e pode durar por
algumas horas após o fim da evacuação. A dor é tão forte que o paciente começa
a ter medo de evacuar, o que pode piorar a constipação intestinal e tornar as
fezes ainda mais duras e volumosas. Em 70% dos casos também ocorrem
sangramentos após a evacuação, que costumam ser de pequena quantidade. Podem
haver pequenas gotas de sangue no vaso sanitário, mas o mais comum é o
sangramento apenas sujar o papel higiênico. A fissura anal também pode provocar
coceira e sensação de irritação na região anal.
A fissura no ânus pode
ter sintomas muito parecidos com os das hemorroidas, porém o sangramento da
fissura costuma ser menor e a dor mais intensa (leia: Hemorroida | Sintomas e
tratamento). De qualquer modo, o especialista para ambas as lesões é o
proctologista, que através do exame da região anal saberá facilmente
diagnosticar a causa da sua dor. Na maioria dos casos não é preciso realizar
toque retal para diagnosticar uma fissura anal.
Tratamento da fissura anal
O tratamento da fissura
anal visa o controle da dor e a cicatrização da laceração. Nos casos de
fissuras anais pequenas, a cura geralmente ocorre de modo espontâneo após
alguns dias, mas o tratamento médico pode acelerar este processo além de
aliviar a dor.
O tratamento inicial pode
ser caseiro, com banhos de assento com água morna três vezes por dia, aumento
da ingestão de fibras e uso de laxantes para diminuir a rigidez das fezes.
Existem algumas pomadas
para fissura anal que podem ser usadas. Pomadas à base de nitroglicerina ou
nifedipina ajudam a dilatar os vasos anais, aumentando o aporte de sangue e
oxigênio para a região da fissura, o que favorece sua cicatrização. A nitroglicerina
também ajuda a relaxar o esfincter anal, diminuindo o esgarçamento da fissura e
facilitando o ato de evacuar. As aplicações de nitroglicerina podem causar
dores de cabeça e tonturas como efeito colateral. Os pacientes devem evitar o
uso de medicações para impotência, como viagra, durante o tratamento com
nitroglicerina (leia: Remédios para impotência).
Pomadas com anestésicos
também podem ser usadas antes de cada evacuação para reduzir a dor, mas estas,
sozinhas, não ajudam na cicatrização
Cerca de 90% das fissuras
no ânus cicatrizam com medidas conservadoras, como as descritas acima.
Nos casos que não
melhoram pode-se tentar o uso da toxina botulínica (Botox), que ajuda a relaxar
o esfincter anal, reduzindo o estiramento da fissura (leia: Botox | Aplicações e
complicações). O Botox pode causar como efeito secundário a perda
temporária da continência fecal, podendo haver pequenas perdas de fezes durante
2 ou 3 meses, tempo de ação da toxina.
Cirurgia para fissura anal
A cirurgia é geralmente
reservada para pacientes com fissura anal que tentaram tratamento clínico por
pelo menos um a três meses sem sucesso. O procedimento de escolha é chamado
esfincterotomia lateral interna, uma pequena incisão capaz de provocar o
relaxamento do esfíncter anal. A cirurgia é bem simples e o paciente na maioria
das vezes volta para casa no mesmo dia, podendo retornas às atividades normais
dentro de uma semana.
A principal preocupação
com a cirurgia é o desenvolvimento da incontinência anal, que pode incluir
incapacidade de controlar a saída de gases intestinais, escape fecal leve ou
mesmo perda de fezes sólidas. Algum grau de vazamento das fezes pode ocorrer em
até 45% dos pacientes durante os primeiros dias de pós-operatório. No entanto,
essa incontinência pós-cirúrgica raramente é permanente.
Vídeo
sobre fissura anal:
O Farmale é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre de temas relacionados com saúde, nutrição e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.
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