Semana de
Conscientização Mundial Sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais.
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Abaixo segue mais uma contribuição de informação segura sobre DII para essa semana de conscientização.
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TRATAMENTO CONVENCIONAL NA DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
Os principais objetivos do tratamento da doença de Crohn (DC) e da retocolite ulcerativa idiopática (RCUI) são o controle dos sintomas, o
equilíbrio nutricional, a melhora da qualidade de vida e mais recentemente o conceito de remissão endoscópica com cicatrização da mucosa. Os medicamentos atuam no bloqueio ou ativação de diferentes células, receptores e mediadores participantes da cascata inflamatória visando à interrupção da inflamação e a remissão da doença.
O tratamento convencional se baseia no acréscimo de drogas cada vez mais potentes, porém com mais possibilidades de efeitos colaterais, conforme a resposta insuficiente na etapa anterior. Este escalonamento progressivo de medicamentos é conhecido como "step up".
A primeira linha de tratamento para RCUI e DC colônica são os aminosalicilatos com dose de indução de 4g e ao menos metade desta dose para manutenção da remissão. Nos casos de não compensação clínica com doses máximas de salicilatos orais e tópicos, a adição de imunossupressores é indicada, sendo o mais utilizado a azatioprina 2mg/kg. A DC de delgado, por não se beneficiar da ação dos salicilatos, já tem indicação de imunossupressores no início do tratamento. Como a otimização da azatioprina só ocorre em cerca de 3 a 4 meses, autoriza-se o início simultâneo de corticoide oral, sendo a forma mais utilizada a prednisona 1mg/kg (máx 80mg/d) por 30 a 60 dias, com diminuição gradativa das doses devido ao risco de insuficiência adrenal. Em casos de reposta insuficiente com imunossupressores, a terapia biológica ou a cirurgia costumam ser, nesta ordem, a próxima etapa de tratamento.
As fístulas perianais exigem abordagem específica e antibióticos como ciprofloxacina e metronidazol podem ser tentados. A colocação de sedenho de forma combinada à abordagem clínica vem melhorando a efetividade do tratamento desta complicação.
Os efeitos colaterais das medicações e a necessidade de um tratamento contínuo mesmo em indivíduos assintomáticos devem ser pontos bem esclarecidos para garantir a adesão adequada ao tratamento proposto.
Fonte: Fróes RSB. Tratamento convencional na doença inflamatória intestinal. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 2012;11(4):27-32
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