Vamos conversar sobre mosquitos novamente? E vai ter textão novamente, claro! O assunto anda super em alta (infelizmente) e então resolvi tentar reunir em um único texto, todas as informações importantes para nos protegermos dsse mosquito e claro, combatê-lo também!
Nossa primeira conversa sobre mosquitos aqui no blog, foi sobre a possibilidade do vilão Aedes aegypti ser útil para a produção de um medicamento para tratar a doença inflamatória intestinal (DII), você pode ler aqui: http://farmale.blogspot.com.br/2016/03/aedes-aegypti-doenca-de-crohn-e.html. Hoje o assunto é bem diferente, mas sobre o mesmo vilão, o Aedes aegypti e como se proteger com os repelentes e inseticidas. Estamos sempre em busca de maneiras para prevenir as picadas de insetos, seja por meio de práticas naturais ou artificiais, na tentativa de evitar algumas doenças e também suas incômodas picadas. Considerando que uma única picada de um mosquito contaminado pode provocar alguma doença e que vacinas e quimioprofilaxia não estão ainda disponíveis para todos os casos, a importância do uso de repelentes é fundamental.
Nossa primeira conversa sobre mosquitos aqui no blog, foi sobre a possibilidade do vilão Aedes aegypti ser útil para a produção de um medicamento para tratar a doença inflamatória intestinal (DII), você pode ler aqui: http://farmale.blogspot.com.br/2016/03/aedes-aegypti-doenca-de-crohn-e.html. Hoje o assunto é bem diferente, mas sobre o mesmo vilão, o Aedes aegypti e como se proteger com os repelentes e inseticidas. Estamos sempre em busca de maneiras para prevenir as picadas de insetos, seja por meio de práticas naturais ou artificiais, na tentativa de evitar algumas doenças e também suas incômodas picadas. Considerando que uma única picada de um mosquito contaminado pode provocar alguma doença e que vacinas e quimioprofilaxia não estão ainda disponíveis para todos os casos, a importância do uso de repelentes é fundamental.
Infelizmente além da dengue, agora temos que nos preocupar com o vírus Zika associado a microcefalia,
tornando a gravidez um grande risco nesse momento. Portanto, enquanto não
existe vacina ou tratamento específico, é muito importante usar repelentes. E qual o repelente permitido para grávidas? E para bebês e crianças? Existe um tipo para cada situação? São muitas dúvidas, muito medo, mas precisamos nos informar para nos protegermos da melhor forma com segurança.
No site da ANVISA você pode encontrar respostas para algumas dúvidas importantes, o link é esse aqui: http://goo.gl/OCiHDB. Abaixo algumas das perguntas que você encontra no link.
- Quais as substâncias existentes em repelentes são
eficazes para afastar o Aedes aegypti?
Para os repelentes de pele, classificados pela Anvisa como
cosméticos, as substâncias ativas sintéticas registradas são o
N,N-DIETIL-META-TOLUAMIDA ou N,N-DIETIL-3-METILBENZAMIDA (DEET), o
Hydroxyethylisobutylpiperidinecarboxylate (Icaridin ou Picaridin) e o
Ethylbutylacetylaminopropionate (EBAAP ou IR3535).Existem ainda produtos registrados
contendo como substância ativa o extrato vegetal ou o óleo de plantas do
gênero Cymbopogon (citronela).Já para os repelentes de ambientes,
classificados pela Agência como saneantes, há dezenas de substâncias ativas. A
maioria delas são piretroides. É importante ressaltar que todos os produtos
registrados na Anvisa tiveram sua eficácia comprovada para ação em mosquitos da
espécie Aedes aegypti.
- Gestantes e crianças menores de dois anos de idade
podem utilizar todos os repelentes registrados na Anvisa?
Não há restrições de uso de repelentes para gestantes, desde
que sejam seguidas as instruções presentes no rótulo do produto. No entanto,
tais produtos não devem ser usados em crianças menores de dois anos. Em
crianças entre dois e 12 anos, a concentração dever ser no máximo 10% e a
aplicação deve se restringir a três vezes por dia. Concentrações superiores a
10% são permitidas para maiores de 12 anos.
- A ingestão de vitamina B é eficaz contra o mosquito Aedes aegypti?
Não. Não há medicamentos que tenham comprovação de eficácia
como repelentes para mosquitos.
- Plantas e produtos caseiros são eficazes no combate ao
Aedes aegypti?
Os “inseticidas naturais”, ou seja, produtos caseiros
formulados à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, etc. não possuem
comprovação de eficácia nem a aprovação pela Anvisa até o momento.
Sobre os repelentes tópicos:
Repelentes são produtos naturais ou sintéticos com a função de evitar o contato de insetos e assim, as suas picadas na pele. Uma dúvida muito comum é sobre o tempo de ação dos repelentes e por esse motivo a ANVISA publicou em seu site (link http://goo.gl/TUcaCM), um alerta para que as pessoas denunciem quando observarem que o repelente não cumpriu o prometido no rótulo ou causar alguma reação alérgica:
Caso você perceba sinais claros de picada de mosquito tais como inchaço, coceira ou mancha avermelhada na pele antes do fim da proteção descrita no rótulo, o repelente pode ter falhado. Nesse caso, denuncie à Anvisa. Faça o mesmo se o repelente lhe causar algum problema de saúde inesperado, como irritação na pele, por exemplo.
Canais para dúvidas ou reclamações da ANVISA:
Central de Atendimento: 0800 642 9782
Formulário
Eletrônico: http://migre.me/ttv7R
Ouvidoria http://migre.me/ttv7f
Disque – intoxicação: 0800 722 6001
Notivisa - http://migre.me/ttv9s: o cidadão deve
acessar o link: Problemas associados ao uso Cosmético, Produto de Higiene
Pessoal ou Perfume, preencher o formulário em word, digitalizar e enviar para o
endereço eletrônico: cosmetovigilancia@anvisa.gov.br
Todos os repelentes à venda tem de estar registrados na ANVISA. Para isso, a eficácia (efeitos de proteção previstos) e a segurança (evitar males à saúde do usuário) tiveram de ser comprovadas na agência. Assim, o que está descrito no rótulo tem de ser comprovado também pelo consumidor durante o uso. O rótulo deve conter algumas informações obrigatórias e você pode verificar aqui quais são essas observações: http://goo.gl/ImAurY e aqui o link para conferir se o produto que você comprou tem registro na ANVISA: http://migre.me/ttqR5
Frente às dúvidas surgidas recentemente sobre o uso de
repelentes de insetos de uso tópico em gestantes, considerando a relação que
possivelmente há entre o Zika vírus e os casos de microcefalia diagnosticados
no país, a ANVISA esclarece: não há, dentro das normas da Agência, qualquer
impedimento para a utilização destes produtos por mulheres grávidas, desde que
estejam devidamente registrados na ANVISA e que sejam seguidas as instruções de
uso descritas no rótulo. Mais informações aqui: http://migre.me/ttvM4
- Presença de eczema
- Sexo masculino, entretanto, o sexo feminino é fator de risco para ineficácia do repelente, independentemente dos níveis de estradiol
- Idade adulta
- Ingestão de álcool
- Vestimentas escuras
- Umidade, odor, clima quente e úmido
- Fragrâncias florais
Você sabe como atuam os repelentes tópicos? Eles formam uma camada de vapor acima da pele, que tem odor repulsivo para os insetos. Eles podem ter várias apresentações como aerossol, gel, loção e spray. Os repelentes tópicos não são indicados para uso em bebês menores de seis meses e devem ser aplicados com restrição entre seis meses e dois anos de idade.
O tempo e ação dos repelentes tópicos dependem de vários fatores, como a concentração, o tipo de veículo (spray, loção, gel), o inseto a ser repelido e as condições ambientais e da pele. Em geral, os repelentes com DEET e Icaridina a 20% conferem uma proteção de 6 até 10 horas.
Agora vamos conversar sobre os repelentes físicos e ambientais:
O objetivo dos repelentes físicos é evitar o contato com
insetos e são sempre indicados como adjuvantes aos repelentes no cuidado das
crianças, lactentes, especialmente menores de seis meses. Os bebês são
particularmente beneficiados por esse tipo de proteção, pois têm pouca
mobilidade e ficam em locais restritos e de fácil proteção (berços, cercados,
carrinhos de bebê). Em áreas de alta densidade
demográfica de mosquitos, deve-se garantir que portas e janelas estejam bem vedadas e o uso de telas. Manter ambientes refrigerados com ar
condicionado é uma forma altamente eficaz de manter mosquitos afastados do
recinto. Mosquiteiros
simples ou com aplicação de inseticidas (permetrina) são indicados na proteção
noturna de adultos e crianças e na proteção diurna de lactentes.
Tendas tratadas com inseticidas são altamente eficazes, seguras, duradouras e
de acesso relativamente fácil. Os poros das telas de
mosquiteiros/tendas não devem ser maiores que 1,5 mm. O uso combinado de
repelente tópico e tela tratada com inseticida parece ter o melhor
custo-benefício na prevenção de picadas. O uso de vestimenta adequada
(meias, blusas de mangas compridas e calças) é desejável, porém de baixa
praticidade em um país de clima quente como o Brasil. Dá-se preferência a
tecidos claros, devendo-se evitar cores muito chamativas. Muitos repelentes
podem ser aplicados sobre roupas (DEET, icaridina), conferindo proteção
prolongada e diminuindo o uso tópico das substâncias ativas presentes nos repelentes.
Você sabia que existem tecidos especiais que já vêm
embebidos com repelentes? São mais indicados para a prática de esportes em florestas, parques. Também existem repelentes que são formulados para a aplicação em roupas.
O uso de repelentes ambientais deve seguir as
orientações preconizadas para obtenção da ação esperada. Incensos e velas
naturais só têm ação quando aplicados por horas contínuas e iniciados bem antes
da exposição da pessoa ao ambiente. Velas e incensos de citronela não têm
efeito repelente suficiente para que haja recomendação de seu uso
isolado. O uso da vela de andiroba por tempo prolongado (48 horas
contínuas) em área com cerca de 27m² previne até 100% das picadas de Aedes
aegypti. Inseticidas são substâncias que, além de repelir, matam os
insetos. Há diversos derivados piretroides (permetrina e deltametrina os mais
comuns) em várias formas de apresentação como spray, serpentinas, impregnados
em roupas, mosquiteiros e telas, entre outros. O uso de mosquiteiros e telas
com permetrina é altamente recomendado para crianças, sendo seguro também para
gestantes. A absorção percutânea é mínima. As telas com permetrina
podem ser usadas em ambientes externos para proteção de carrinhos de bebê,
berços, redes, bebê-conforto, com produtos comerciais já desenvolvidos e
adequados em tamanho para cada um desses objetos. Aerossóis de inseticida têm o
objetivo de matar os insetos presentes no local e prevenir a invasão
domiciliar. Possuem efeito curto e devem ser aplicados em recintos fechados (de
10 a 20m² ) pelo menos duas horas antes de dormir. Recomenda-se o uso de
aerossóis juntamente com serpentinas ou telas. As serpentinas (elétricas ou
não) são os inseticidas vaporizados mais conhecidos e, usualmente, contêm um
piretroide como princípio ativo. Um aparelho é suficiente para proteção durante
a noite em um quarto de tamanho habitual se o ambiente não for muito
ventilado. Importante: gestantes e crianças pequenas não devem utilizar
inseticidas ambientais, incluindo os de tomada, pela imprevisibilidade de seu
efeito quando inalados.
Para você não ficar gastando rios de dinheiro tentando se proteger das picadas, leia aqui as dicas:
Diversos dispositivos habitualmente utilizados são
considerados ineficazes para proteção contra picadas de insetos. Os repelentes
ultrassônicos não se mostraram eficazes em diversos estudos, assim como
dispositivos elétricos luminosos com luz azul. A luz atrai qualquer inseto,
mas não previne definitivamente as picadas, visto que substâncias produzidas
pelos indivíduos podem ser mais atraentes aos mosquitos do que a luz. Pulseiras com DEET também não
são indicadas, uma vez que a repelência se dá por evaporação do princípio ativo
sobre a pele e, comprovadamente, só protege até 4cm da área aplicada. O uso sistêmico de substâncias na tentativa de repelência pelo odor exalado no
suor não demonstraram eficácia suficiente para justificar o uso. Nesse item, incluem-se extratos de alho e vitamina B1.
Orientações de uso:
Para iniciar as orientações, não esqueçam que é fundamental a
leitura dos rótulos dos produtos. Deve-se, também, guardar a embalagem para
acesso fácil (para o adulto, nunca para a criança e animais) no caso de possíveis intoxicações. É importante verificar a
concentração do princípio ativo para se certificar de que é adequada para a
idade da criança. De modo geral, os principais cuidados para uso de
repelentes tópicos são:
- Generosidade: a tendência natural é passar menos que o necessário
- Homogeneidade: a ação de um repelente limita-se a 4cm; a simples aplicação na bochecha não protege áreas adjacentes como o nariz ou o queixo
- Seletividade: todos os repelentes irritam as mucosas e, portanto, deve-se evitar passá-los nos olhos, boca e narinas e em áreas não expostas
- Repetição: deve-se aplicar o repelente conforme o tempo de exposição aos insetos e as orientações do fabricante
Em locais de alta temperatura e umidade, a duração do efeito do
repelente é menor e, portanto, reaplicações mais frequentes são necessárias. Se
ocorrerem picadas antes do término do tempo de ação previsto pelo fabricante, já sabe, denuncie à ANVISA.
O uso de repelentes em crianças entre seis
meses e dois anos deve ser de uma aplicação diária; entre dois a 12 anos, até
três aplicações diárias. Em caso de alto risco de transmissão de doenças e
exposição prolongada, mais aplicações são permitidas, considerando-se o perfil
de segurança da substância. Em caso de atividades na água, supõe-se que o produto
será removido da pele e uma nova aplicação deverá ser realizada.
Bloqueadores solares que contenham repelentes são desaconselhados, pois perdem
efeito (a associação com DEET reduz eficácia em 34%). Importante: filtros solares geralmente precisam ser reaplicados em intervalos mais curtos
do que repelentes e o uso concomitante desses produtos pode aumentar a absorção
sistêmica e a toxicidade deste último. Se necessário, aplicar primeiramente o
protetor solar, aguardar a absorção completa do produto pela pele (cerca de 20
minutos) e, então, aplicar o repelente.
Qual é o
repelente ideal, seguro e como deve ser usado? A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta como se proteger do Aedes Aegypti.
Gestantes, bebês e crianças devem consultar o Obstetra ou Pediatra para evitar intoxicações ou alergias.
Medidas socioambientais são as melhores ferramentas para eliminar focos e criadouros de mosquitos. Não deixe água parada! Não seja um criador de mosquitos!
Fontes:
Sociedade Brasileira de Dermatologia: http://migre.me/ttu3z
Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro: http://migre.me/ttu5E
Revista Paulista de Pediatria: http://www.scielo.br/pdf/rpp/v27n1/13.pdf
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