Você também ama o cheirinho do café? Como você prefere o
seu café?
Eu prefiro coado, acho o expresso muito amargo. Também tenho o costume de tomar descafeinado, pois não me
contento só com uma xícara, tomo de caneca!
Trago aqui algumas informações sobre o descafeinado:
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
regulamenta que os cafés descafeinados não solúveis devem ter, no máximo, 0,1%
de cafeína, e os solúveis 0,3%. Em caso de doença de refluxo do conteúdo
gástrico, o consumo de café descafeinado também é prejudicial, mas tem efeito
menos potente que o café tradicional. Estudos indicam que as metilxantinas* contribuem para o relaxamento do esfíncter esofagiano (favorecendo o refluxo) e
um componente presente na cera do grão do café, a 5-hidroxitripamida, é capaz
de irritar a mucosa gástrica e estimular a secreção ácida. Já existem na
Europa, produtos com menor quantidade dessa substância, denominados “cafés
amigos do estômago”.
*Metilxantinas:
Os efeitos do café sobre a saúde vão muito além do estímulo
metabólico causado pela cafeína. Os principais compostos do café são as
metilxantinas (cafeína, teobromina e teofilina), beta carbonilas (harmana e
nor-harmana), ácidos clorogênicos (cafeoilquínicos, feruloilquínicos,
dicafeoilquínicos, p-cumaroilquínico, cafeoilferuloilquínicos), (1,5)
y-quinolactonas, tocoferóis, 5-hidroxitriptamidas, diterpenos e melanoidinas.
As metilxantinas são compostos com estruturas similares à adenosina, um nucleosídeo formado por uma adenina e uma ribose. No sistema nervoso central, a adenosina atua também como neurotransmissor, que, quando ligado ao receptor AI e A2A dos neurônios, produz efeito inibitório da atividade cerebral (efeito calmante). As metilxantinas, principalmente a cafeína, possuem a mesma capacidade de se ligar a estes receptores. É como se as metilxantinas roubassem o lugar da adenosina no seu receptor, bloqueando sua ligação e, portanto, a sua ação “calmante”. Consequência disto é o estímulo do metabolismo celular, que gera melhoria da memória, concentração e inibição do sono. Dentre as metilxantinas, a cafeína é a que possui efeito mais potente. Outro efeito estimulatório das metilxantinas é pela inibição das fosfodiesterases, enzimas que anulam o efeito do AMP cíclico (adenosina monofosfato) na ativação de outras enzimas do metabolismo, tornando-o menos ativo. Quando as metilxantinas se ligam a estas enzimas, impedem a degradação do AMP cíclico, gerando assim efeito estimulante do metabolismo.
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