Me chamo Flávia e tento a RCU há 9
anos. Fui diagnosticada em dezembro de 2007, aos 19! Estava há dois meses com
diarreia com sangue, havia sofrido o término do primeiro namoro, meu pai teve
um AVC, minha cachorra querida estava doente e meu único irmão num intercâmbio.
Nunca tinha ouvido falar nessa doença e, já na primeira colonoscopia, a sedação
não pegou, acordei no meio do exame sentindo a biópsia. Fiquei inconsolada
nesse natal, tendo que colocar supositório, além dos remédios via oral. Voltei
a ter crises feias em 2009, 2011, 2013 e 2015. Fiz mais de 6 colonos, sou mega
ansiosa, qualquer nervoso mais grave o intestino já me faz lembrar da úlcera.
Já chorei demais e passei muita vergonha por causa dela. As vezes que não
consegui chegar ao banheiro. Ter que elaborar banheiros estratégicos caso
precise no meio do caminho. Quando você começa a pesquisar sobre a doença na
internet se assusta. Aumenta-se o índice de câncer após os 10 anos de
diagnóstico! Hoje trato com mesalazina oral e retal.
Tendo que tomar corticoide nas crises
brabas. Aprendi a aceitar a doença e a conviver com ela. Se você estiver sendo
diagnosticado agora, seja forte. Mantenha-se firme. Não é o fim do mundo!
Meu nome é Flávia Yamamoto, tenho 28
anos, moro em São Paulo, sou Professora, tenho Retocolite Ulcerativa.
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