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I Encontro Farmale: Uma conversa sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais com a Dra Giovana Zibetti
Keep fighting!
III Encontro Farmale: Ostomia e Doenças Inflamatórias Intestinais
I will beat IBD
Ali Jawad, paratleta do halterofilismo com doença de Crohn: Você é uma inspiração para todos nós!
II Encontro Farmale - Diagnóstico das Doenças Inflamatórias Intestinais: Investigação Endoscópica Palestrante: Dr Flavio Abby
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Medicamentos de alto custo no lixo

Quanto mais escuro o Estado no mapa, maior o desperdício - os Estados em rosa claro não registraram descarte de medicamentos

SUS joga fora R$ 16 milhões em medicamentos de alto custo

Quando descobriu, em 2008, que sofria de doença de Crohn - um mal crônico que ataca o intestino - não foi só o diagnóstico que preocupou o servidor público Raimundo Gonçalves Moreira, de São Paulo.
Com a descoberta da doença, ele soube que precisaria tomar, a cada dois meses, cinco doses do medicamento Remicade. Cada ampola do remédio custa até R$ 5,1 mil. Logo, aos 63 anos, Moreira gastaria R$ 25,5 mil a cada 60 dias para manter o tratamento, um custo considerado impraticável por ele. "Se eu tivesse que comprar, teria morrido há muito tempo", conta.
A vida de Moreira e de muitos outros brasileiros têm sido mantida graças a um programa do Ministério da Saúde chamado Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), que distribui medicamentos de alto custo - alguns deles ainda mais caros que os de Moreira.
O Sistema Único de Saúde (SUS) gasta cerca de R$ 7,1 bilhões por ano para comprar esses remédios. Mas pelo menos uma parte desse valor tem ido direto para o lixo.
Um relatório inédito da Controladoria-Geral da União (CGU), concluído em abril, mostra que 11 Estados e o Distrito Federal jogaram remédios fora em 2014 e 2015. As causas do desperdício, que chega a R$ 16 milhões, foram validade vencida e armazenagem incorreta.
Para se ter uma ideia do tamanho do problema, o valor perdido seria suficiente para custear o tratamento de Moreira por 104 anos.
Os Estados em que houve descarte foram Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
Perdas em série

Cyltezo

A FDA, agência reguladora de medicamentos e alimentos nos EUA, aprovou o adalimumab-adbm - Cyltezo da Boehringer Ingelheim para múltiplas indicações.


Cyltezo é um biossimilar do Humira (adalimumabe) da AbbVie, sendo também administrado por injeção subcutânea.

Este é o segundo biossimilar do Humira aprovado pela FDA; Adalimumab-atto (Amjevita, Amgen, Inc) foi o primeiro, aprovado em setembro de 2016, conforme relatado pela Medscape Medical News.

Cyltezo é um bloqueador do fator de necrose tumoral (TNF) aprovado para o tratamento de adultos com artrite reumatoide moderada a severamente ativa, artrite psoriásica ativa, espondilite anquilosante ativa, doença de Crohn moderadamente a severa, retocolite ulcerativa moderadamente a severa e psoríase em placa grave.

Além disso, o adalimumab-adbm é aprovado para crianças de 4 anos ou mais com artrite idiopática juvenil poliarticular moderada a severa.

De acordo com a FDA, o biossimilar é uma droga que demonstrou ser "altamente similar" ao produto de referência já aprovado. "O biosimilar também deve mostrar que não há diferenças clinicamente significativas em termos de segurança e eficácia do produto de referência. Somente pequenas diferenças nos componentes clinicamente inativos são permitidas em produtos biosimilares", explicam.

Fonte: Medscape

Profissional de Saúde e Paciente: Construindo uma comunicação efetiva

Como pacientes e profissionais de saúde podem construir juntos uma comunicação efetiva que seja boa e auxilie a ambos?

De modo geral, quem procura atendimento em saúde encontra-se com algum desconforto. Isto já traz à cena inseguranças, receios, expectativas e muitas dúvidas que os profissionais de saúde precisam estar preparados para manejar e acolher.

É muito importante que usuários do sistema de saúde saibam que é esperado que façam perguntas e procurem melhor compreender o que se passa na presença de algum problema de saúde. Muitas vezes por dúvida, desconhecimento, vergonha ou ansiedade, os pacientes não indagam sobre sua condição de saúde quando numa consulta médica ou com qualquer outro profissional de saúde (enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, etc.).
Enquanto alguns pacientes são bastante proativos durante uma investigação diagnóstica ou um tratamento, outros não sabem ao certo o que perguntar, quando e como. Mas todos podem aprender. O papel do profissional de sáude é procurar orientá-los da melhor maneira possível. Podem encorajá-los a uma maior participação no cuidado com sua saúde. Devem informá-los, por exemplo, que eles podem levar anotadas em um papel, no celular ou no computador, as suas dúvidas. Também podem e deveriam anotar as orientações mais importantes que o médico lhes passou, como medicamentos a utilizar, exames a fazer e precauções a tomar, dentre outros.

Comunicação entre o Paciente e o Profissional de Saúde

Tratamentos pelo SUS

Especialistas defendem critérios mais claros para a adoção de tratamentos pelo SUS


O Brasil precisa adotar critérios de custo-efetividade no uso de novas tecnologias e medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS), para maximizar os ganhos em saúde e minimizar os custos, disseram nesta quinta-feira (24) os participantes de audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Eles trataram do Projeto de Lei do Senado (PLS) 415/2015, que determina o uso e a divulgação do chamado indicador de custo efetividade (o Icer, na sigla em inglês) para esses processos decisórios. Para os especialistas, é preciso garantir transparência e justiça ao processo de inclusão de tratamentos para a população. Mas não pode seguir somente esse critério, afinal, são decisões de vida ou morte.
A matéria, do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), estabelece regras claras aos processos de incorporação de novos tratamentos, tornando-os mais ágeis e evitando a intensa judicialização que tem ocorrenido no setor.
— Não é possível continuar com esta regra de judicialização sem que possamos aprimorar os tratamentos e as terapias que possam estar disponíveis para a população. É claro que fica sempre a discussão de caráter orçamentário, mas é uma discussão que pouco me sensibiliza, num país onde tantas pessoas morrem por falta de uma oportunidade — disse o senador.

Tipos de avaliação

Na opinião de Marcelo Queiroga, da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, a proposta deve ser aprovada, pois regulamenta a lei que criou o SUS. A Lei 8.080/1990 determina que os medicamentos e terapias fornecidas pelo SUS deverão ser avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas da doença.

Troca de plano de saúde

Troca de plano de saúde: entenda como funcionará a nova regra da #ANS

Regras mais fáceis para a portabilidade podem estimular a concorrência entre as empresas, melhorando a qualidade dos serviços prestados

Atualmente, quem decide migrar de plano de saúde tem que esperar 120 dias contados a partir do primeiro dia do mês de aniversário do contrato, período conhecido como “janela”. Mas as regras para a portabilidade de plano deverão ser flexibilizadas pela Agência Nacional de Saúde (ANS).

Recentemente a ANS abriu consulta pública sobre o tema com o objetivo de facilitar a portabilidade, assim como já ocorre nos setores de telefonia e crédito.

Outra mudança proposta pela agência é permitir que beneficiários de planos empresariais possam mudar para outras coberturas (como individuais ou por adesão), sem pagar carência.

Para o advogado Jairo Corrêa, do escritório Corrêa, Ongaro, Sano Advogados Associados, com regras mais fáceis para a portabilidade, a tendência é a de a concorrência entre as empresas seja maior, o que pode estimular a melhoria na qualidade dos serviços prestados. “Se as regras forem aprovadas, serão muito positivas, porque hoje o processo de portabilidade é muito burocrático”, explica.

No Brasil existem 31,48 milhões de beneficiários de planos de saúde empresarial, 9,27 milhões individual e 6,44 milhões por adesão, segundo dados da agência.

Fonte: SEGS

A luta é muito grande!

Durante muitos anos eu sentia incômodos abdominas que com o passar do tempo foi se transformando em dor, e apesar de ir a muitos médicos, fazer muitos exames sem diagnóstico, tomar muitos remédios diferentes que eram receitados, mas nada resolvia. Em 2012 eu comecei a ter uma piora significativa, sentia dores 24 horas por dia e muito mal estar e quando a dor ficava intensa era só emergência que resolvia. Passei por dezenas de internações curtas. Em dezembro de 2013,  fiquei internada por 20 dias, no Hospital Federal de Ipanema, no Rio fizeram muitos exames, tomei muitos remédios, sai de lá tomando corticóide, disseram que eu tinha uma lesão no intestino e seria chamada para fazer uma cirurgia, porém uma médica Dra Juliana que era médica Residente me disse para procurar um gastroenterologista  experiente, percebi que ela não concordava com o tratamento e nem com a solução cirúrgica. 

No inicio de 2014 fui submetida a uma vídeo laparoscopia exploradora, como Dr. Marcelo Enne, disse ter achado um ponto de inflamação, e que eu teria que fazer tratamento clinico. As coisas foram só piorando eu estava cada dia mais fraca, anêmica e muito magra, tinha suboclusão intestinal seguidas, mas graças a Deus, regredia e eu escapava da cirurgia de emergência.

No final de 2014 encontrei uma Gastroenterologista chamada Doutora Renata Fróes, que finalmente me deu o diagnóstico, Doença de Crohn, tive reação alérgica a Mesalazina e a Azatioprina, ai iniciei o tratamento com Humira (adalimumabe), mais infelizmente já estava avançada e teria de ser operada. Comecei a me preparar para cirurgia, o médico indicado não aceitava o meu plano, vários amigos se juntaram e nos deram o valor da cirurgia, mas o plano acabou assumindo o custo. No dia 06 de abril de 2015 fui operada pelo Doutor André da Luz, coloproctologista no Hospital Copa D’Or, quando acordei estava no CTI intubada, tinha tido parada respiratória, eu tinha 26 estenoses, perdi duas partes do meu intestino delgado, fui evoluindo, e fui para o quarto, no 3º dia comecei a desenvolver uma infecção que só piorava tive de ser operadas as pressas no dia 12 de abril, na segunda cirurgia acordei no CTI com uma bolsa de Jejunostomia na barriga que havia sido aberta de cima abaixo para ser lavada por conta da infecção, foi colocado, em mim, um cateter para alimentação parenteral, foi muito difícil, fiquei dois meses e meio no hospital. Foram muitas complicações, mas meu cirurgião falava: Mariza eu prometo que vou te deixar bem. Fiquei em um ótimo hospital, no melhor andar, a alimentação parenteral foi acompanhada por um ótimo nutrólogo, Doutor Eduardo Rocha. Fui para casa com HOME CARE fiquei mais um mês e meio, uma enfermeira ficava todas as noites para aplicar a alimentação e os remédios e pela manhã ia embora.

Em agosto eu me internei para religar o meu intestino, quanto medo! E se a cirurgia não desse certo, e se meu intestino não voltar a funcionar? Foi horrível quando meu intestino voltou a funcionar senti muita dor.

Pouco tempo depois surgiu uma hérnia enorme no local onde ficou a bolsa. Depois da cirurgia de agosto, quando religaram meu intestino, eu passei a me alimentar normal e não sentia mais dor. Eu fiquei acima do peso por conta da alimentação parenteral.

Operei a hérnia em dezembro, em uns quinze dias já dava para ver que a cirurgia tinha dado errado. Em maio de 2016 eu fiz outra cirurgia para correção da hérnia. No total foram cinco cirurgias e outras intervenções menores.

 Atualmente estou usando Humira, mas meu intestino voltou a inflamar. Preciso aumentar a dose mas a RIOFARMS, não aceitou o pedido da Doutora Renata, tenho de entrar na justiça para conseguir o Suplemento Modulen, o remédio Pentasa  é muito caro preciso de duas caixas ao mês. A luta é muito grande!

Meu nome é Mariza, tenho 51 anos, moro no Rio de Janeiro, sou Técnico em Contabilidade, tenho Doença de Crohn.

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Síndrome do Intestino Irritável

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Síndrome do Intestino Irritável (SII) e uma dieta não-fermentativa ("low FODMAP"s): como ela funciona e quais os resultados?
#SíndromedoIntestinoIrritável (#SII) é uma alteração funcional, que atinge 20% da população, é duas vezes mais frequente no sexo feminino e que traz um enorme prejuízo à qualidade de vida dos que apresentam esta doença. Apesar da SII ser uma das alterações mais comuns vistas em consultórios de gastroenterologia, os tratamentos ainda apresentam resultados limítrofes ou parciais.
Os sintomas principais desta Síndrome são:
Dor abdominal
Aumento de gases intestinais e distensão abdominal
Flatulência
Diarreia
Constipação
Alteração da forma das fezes
Aumento dos ruídos intestinais
Sensação de evacuação incompleta
Urgência para defecar
Presença de muco nas fezes.
Uma das razões para que os pacientes com a SII apresentem tais sintomas é que a distensão do intestino estimula receptores intestinais (mecanorreceptores), e como há uma hipersensiblidade visceral (intestinal) e uma resposta motora intestinal equivocada nestes pacientes, os sintomas são desencadeados. Pensando desta forma, foi descrita uma dieta que tem como intenção reduzir a fermentação intestinal, e assim evitar a distensão intestinal e os seus efeitos. Para que a dieta do paciente portador de SII não promovesse tal fermentação decidiu-se pela suspensão na dieta de elementos que contivessem açúcares de cadeia curta e que são mal absorvidos pelo intestino. Surgiu assim a dieta “low #FODMAPS” (que significa fermentáveis, oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis). O objetivo desta publicação é discutir esta nova dieta, seus componentes e seus resultados.
A distensão do intestino geralmente resulta da produção de gases pela #florabacteriana como resultado da fermentação de carboidratos (açúcares) mal ou não digeridos. Uma segunda razão para a distensão é a retenção de água pelo intestino, especialmente no intestino delgado, que pode resultar do efeito osmótico de pequenas moléculas com absorção lenta. Há um grupo de carboidratos que são muito pouco digeridos que são ao mesmo tempo fermentáveis e pequenas moléculas. Estes carboidratos são chamados de FODMAP’s devido à sua composição química e número de cadeias de açúcares em sua composição química (neste caso, são de cadeia curta). Os FODMAP’s incluem alimentos que tenham uma relação de frutose maior que glicose (mel, maçãs, peras, manga, melancia), frutanos (trigo, centeio, cebola, alho), lactose (leite e derivados), galactanos (repolho, feijão, lentilha) e polióis (ameixa, cogumelos e adoçantes artificiais). A redução da ingestão da quantidade destes alimentos diminui a fermentação intestinal, a produção de gases e volume de fluidos intestinais. É interessante ressaltar que esta dieta foi capaz de reduzir os sintomas em 70 a 80% dos casos, o que é bastante relevante.
Como é possível observar, a dieta descrita baseia-se na exclusão de vários alimentos ricos em nutrientes. Por esta razão, é sempre importante que exista uma compensação nutricional para que não exista um desequilíbrio alimentar. Com a dieta restrita em FODMAP’s as principais deficiências alimentares são a de cálcio e vitamina D (pela retirada do leite e derivados) e de fibras (dieta sem glúten). Por isso, recomenda-se a ingestão de alimentos ricos em cálcio, mas livres de lactose, como leites e iogurtes sem lactose, leite de soja e queijos amarelos. Quanto às fibras, a melhor recomendação é a utilização de aveia e arroz. Em relação às frutas e legumes, opta-se pelo morango, banana, laranja, abacaxi, kiwi, batata com casca, espinafre, cenoura e tomates. Em relação às carnes e óleos saudáveis (azeite, por exemplo), não há restrição, já que estas fontes de alimentos não contém FODMAP’s.
Uma ressalva importante é sempre notar que pessoas saudáveis não tem qualquer benefício com a dieta com baixa concentração de FODMAP’s. Pelo contrário, os oligossacarídeos podem promover saúde quando se lembra que eles têm ação prebiótica interessante, ou seja, estimulam o crescimento de uma flora intestinal adequada.
Quanto à adesão a esta nova dieta, este é um fato bastante relevante, visto que a não aderência fiel ao que foi orientado como fontes alimentares adequadas podem prejudicar muito o resultado da alimentação pobre em FODMAP’s. Obviamente os pacientes mais sintomáticos são os que seguem a dieta de forma mais rígida. Por esta razão, cabe ao profissional habilitado explicar em detalhes todas as recomendações pertinentes à restrição de muito alimentos e introdução de outros.

Doença de Crohn ou Retocolite?


Tanto a RCUI quanto a DC apresentam padrões endoscópicos que sugerem um ou outro diagnóstico, no entanto, alguns pacientes podem apresentar achados endoscópicos característicos de ambas as doenças, dificultando o diagnóstico preciso. Esta dúvida se limita aos pacientes com acometimento exclusivo do cólon, que não apresentam fístulas ou doença perianal. Nestes casos, é feito o diagnóstico de colite inflamatória indeterminada, que ocorre em aproximadamente 10 a 15% dos casos de DII. 

Fonte: Cabral MG, Abby F. Diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 2012;11(4):17-21 - http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=349

Mudou a minha vida toda


Eu estava a mil na vida, trabalhando, estudando, namorando, só parava para dormir mesmo a noite, a cabeça cheia de planos um futuro certo... até que tudo mudou, dores... muitas e muitas dores, e tudo que vem junto, e a notícia, vc tem retocolite ulcerativa, é o que?????  Não tinha cura, não tem. Mudou a minha vida toda, fui internada, duas vezes, cheguei ao meu limite, e percebi que realmente tudo tinha mudado. Minha vida parou por 2 anos, eu não sabia mais o que fazer, como seria, e na verdade, ainda não sei... mas eu ainda estou aqui, ainda não é fácil, nem um pouco, medicações, exames... tudo isso é tão exaustivo... mas eu ainda estou aqui... e vou ficar. 

Aprendi que posso ser muito mais forte do que nunca imaginei... estou aqui....

Sou a Cah, tenho 29 anos, moro em Osasco, sou Assistente de Logística, tenho Retocolite Ulcerativa.

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Uso de remédio biológico biossimilar exige cautela, dizem médicos


A troca de medicamentos biológicos por biossimilares foi o tema da audiência pública promovida ontem pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O objetivo da audiência, realizada a pedido de Ana Amélia (PP-RS), foi discutir a possibilidade de trocar esses medicamentos de modo seguro e eficaz, a custo mais acessível para os pacientes.
Nos últimos 30 anos, os medicamentos biológicos revolucionaram o tratamento de câncer, diabetes, artrite reumatoide e esclerose múltipla. Enquanto os medicamentos sintéticos são criados por manipulação de substâncias químicas em laboratório, os biológicos são produzidos a partir de células vivas e são mais frequentes na forma injetável.
Para os remédios sintéticos, existem cópias idênticas, conhecidas como genéricas, que podem ser automaticamente trocadas. Já as cópias dos produtos biológicos, chamadas biossimilares, não são totalmente idênticas. Devido à complexidade das moléculas e das doenças, os riscos asso-ciados a esses medicamentos são maiores. Por isso, a troca e até a substituição devem ser cuidadosamente estudadas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deixou a decisão sobre a troca para os médicos e para o Minis-tério da Saúde. Gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Agência, Varley Sousa disse que a classificação de um medicamento como similar não o torna automaticamente cambiável.
Ele também lembrou que muitos países realizam consultas públicas sobre a aprovação de produtos biológicos novos. A agência reguladora norte-americana (FDA), por exemplo, não tem nenhum medicamento intercambiável.
Como são poucos os produ-tos biossimilares registrados, a Anvisa recomenda que, além de provas em laboratório, haja acompanhamento do paciente após troca ou substituição.
— É importante que haja um sistema de fármacovigilância que envolva médicos, pacientes, agência e empresas para notificação e identificação do perfil desses produtos, o quanto eles são similares.
Regulamentação
Representante da Associação Médica Brasileira (AMB), Valdair Pinto discordou do posicionamento da Anvisa. Segundo ele, em princípio, os biossimilares não são intercambiáveis e exigem provas clínicas adicionais para serem usados sem prejuízo do tratamento dos pacientes. Por isso, enfatizou a necessidade de regulamentação.
— O médico tem poder e autoridade para trocar a medicação de qualquer paciente, mas ele não tem poder nem autoridade para decidir que produto farmacêutico vai constar nas listas das instituições de saúde. Deixar por conta do Ministério da Saúde também não pode, porque ele está muito orientado para a questão econômica. A gente quer a regulamentação da intercambialidade — defendeu.
Conselheiro científico da Biored Brasil, Valderilio Azevedo entende que os médicos precisam ser esclarecidos:
— Todas as entidades apoiam a introdução de biossimilares no mercado, desde que haja regras muito claras e, para haver substituição automática, que essas cópias sejam no mínimo intercambiáveis.
Ivan Zimmermann, da Comissão de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS), destacou a equação custo-efetividade, que é levada em conta na definição do recurso investido.
A comissão tem prazo de 180 dias para avaliar a nova tecnologia, buscar redução de custos e priorizar os pacientes mais graves.

Que toda dor vire flor

Para hoje, amanhã e todos dias, que todo mal vire amor e que toda dor vire flor.
Sempre buscando manter o pensamento positivo, sem deixar a #esperança ir embora, sem desistir de lutar. Respirar fundo, fechar os olhos, acalmar o pensamento e a vontade de resolver tudo ao mesmo tempo, a vontade que tudo se resolva para ontem... vai com calma... e quando bater o cansaço, descanse de verdade, pois se você não fizer pausas, não vai ter energia para continuar.
Estou escrevendo isso pensando sobre o rumo que as doenças inflamatórias intestinais seguem, para alguns o tratamento surte efeito logo, para outros nem tanto, mas não podemos deixar a ansiedade nos prejudicar mais ainda e não podemos desistir. Eu recebi o diagnóstico em 2003, depois de alguns anos recebendo diagnósticos e tratamentos errados, então a doença de Crohn que é estenosante em mim, foi seguindo seu curso de fechar a passagem no meu intestino e os médicos revertendo isso, até que um dia a emergência chegou e a parte tão castigada do meu intestino se foi. Foi e deixou a remissão que venho lutando pela sua permanência desde 2013. Sim, lutando... pois junto vieram a intolerância à lactose e a #espondiloartrite. Tem dieta e exercícios físicos, tem o exercício diário de controlar a ansiedade, aprender a lidar com o estresse... então, a luta continua e a esperança também.

Doença de Crohn, Ileíte e Enterite Regional

Os termos Doença de Crohn, Ileíte e Enterite Regional são a mesma coisa?

Ileíte significa inflamação do íleo, que é a porção distal (final) do intestino delgado. No ano de 1932, quando o Dr. Burril B. Crohn e seus colegas identificaram pela primeira vez a Ileíte como doença, eles a chamaram de Ileíte Regional. “Regional” significa simplesmente que nessa enfermidade há áreas doentes de intestino que se alternam com áreas sãs. O termo Enterite Regional foi empregado posteriormente para descrever essa inflamação, quando ela se apresenta em outras áreas intestinais, não somente no íleo. Atualmente sabemos que essa doença pode afetar também o cólon (intestino grosso), dando lugar a uma condição conhecida como “Colite Granulomatosa” (granuloma são lesões microscópicas que se encontram na parede intestinal de pacientes de doença de Crohn). 
Para evitar confusão, o nome Doença de Crohn pode ser usado para descrever a doença, qualquer que seja o lugar em que se apresente.

Estoma e as complicações

Fonte: www.mountnittany.org/articles/healthsheets/2614
A cada ano, milhares de pessoas necessitam construir um estoma. 
Qualquer que seja a razão, câncer, traumas, doenças inflamatórias, etc, a pessoa com estomia passa por transformações que interferem no seu dia a dia e por isso, apresentam muitas dúvidas, preocupações e dificuldades.
O estoma mudará nas primeiras semanas após a cirurgia em relação ao tamanho e características da eliminação das fezes e/ou urina. Além disso, pode haver também ganho ou perda de peso. A localização do estoma depende da parte do corpo que foi afetada. As Ileostomias e Colostomias estão relacionadas com o sistema digestório e saída de fezes, as Urostomias ao sistema urinário e saída de urina, portanto a localização no abdômen varia para cada indivíduo.
O paciente que se submete a cirurgia e torna-se um portador de estomia tem a possibilidade de desenvolver complicações a qualquer momento no pós-operatório, em decorrência de vários motivos, idade, alimentação, técnica cirúrgica inadequada, dificuldade no autocuidado, esforço físico excessivo, cicatrizes anteriores, dobras abdominais, obesidade e etc., que podem estar relacionadas com o estoma ou com a pele periestoma, sendo algumas mais frequentes no pós-operatório precoce e outras no pós-operatório tardio.
No pós-operatório precoce, cerca de até 7 dias após a cirurgia, destacam-se o edema (inchaço), a hemorragia (sangramento), a necrose (estoma preto, acinzentado) e o descolamento mucocutâneo (pontos se soltam da pele e estoma). Já no pós-operatório tardio ressalta-se o prolapso (saída da alça intestinal), a retração (afundamento da alça), a hérnia paracolostomal (abaulamento do abdômen ao redor do estoma) e as dermatites (irritações na pele periestoma) que podem ocorrer a qualquer momento da vida da pessoa com estomia.
O maior desafio está relacionado aos vazamentos. O contato de fezes e urina com a pele ao redor do estoma é a maior causa de irritações de pele. Uma vez que a pele torna-se irritada, o adesivo não se fixará adequadamente. Inicia-se então um ciclo vicioso de mais episódios de vazamento e irritações de pele.
É importante detectar a presença dessas complicações precocemente, conferindo sempre as condições do estoma, pele periestoma e o adesivo durante as trocas de equipamentos e procurar ajuda profissional quando necessário para que o melhor cuidado seja indicado.
Os adjuvantes são produtos desenvolvidos para solucionar essa variedade de complicações, sendo utilizados nessas ocasiões para prevenção ou para reforçar a aderência dos equipamentos coletores (bolsas) e proporcionar melhor adaptação e segurança. Eles consistem em pastas, tiras, pó, placas protetoras, cintos, fitas adesivas flexíveis de resina sintética, sendo a pasta um dos produtos mais utilizados. Todos são produzidos com produtos hidrocoloides, resinas amigáveis à pele e que absorvem o excesso de umidade.
A correção das irregularidades, vincos e depressões deve ser realizada com uso de tiras moldáveis ou pasta hidrocoloide, o que aumenta a adesividade entre a base e a pele, prevenindo assim os vazamentos e consequentes lesões.
O pó possui excelente capacidade de absorção de umidade, secreção e exsudatos, mantendo a pele seca e reduzindo a sua irritação, ideal para o tratamento das dermatites úmidas. As Placas Protetoras (quadradas) e Fitas Elásticas (em arco) são adesivos flexíveis, elásticos e macios que proporcionam proteção à pele ao redor do estoma, absorção de umidade, propriedades cicatrizantes e aumentam a área de adesividade e sensação de segurança.
Os cintos devem ser utilizados para auxiliar e melhorar a sustentação no abdome, garantindo segurança quando necessário e em associação ao uso de barreiras convexas no caso de estomas retraídos.
O uso dos adjuvantes é de suma importância para a boa adaptação da pessoa a sua condição atual, proporcionando o melhor cuidado, protegendo a pele, corrigindo as complicações e possibilitando o retorno às atividades do dia a dia, convívio social e trabalho com qualidade de vida.
Thais Salimbeni
Enfermeira Estomaterapeuta
Fonte: GAMEDII

Medicamentos do futuro

Os medicamentos do futuro deverão focar no paciente e ter mais disponibilidade de acesso. É o que defendeu o presidente da Roche Farma Brasil, Rolf Hoenger, no painel #MedicamentosdoAmanhã, realizado durante o Summit Saúde Brasil 2017, organizado pelo Estado.

“Lembro muito de um paciente que me falou: todos queremos não só viver, mas ter também as mesmas oportunidades de tratamento. Esse é um resumo do que a medicina deve ser no futuro”, ressalta. “Quando se pensa no futuro, falamos de personalização. E isso já é realidade. Você faz um teste, detecta mutações e consegue individualizar um tratamento. Se o paciente não tem informação, provavelmente vai chegar muito tarde na cadeia dos medicamentos, e aí não é possível prolongar sua vida com boa qualidade.”

Jorge Alves, da BMS, lembrou que a enorme quantidade de informações geradas hoje no setor da saúde poderá evitar desperdícios e fazer com que, cada vez mais, o paciente consiga usar exatamente a medicação que precisa. “A Big Data vai ajudar muito na definição do melhor tratamento, de forma a evitar desperdícios.”

Já a diretora médica da Sanofi, Luciana Giangrande, destacou que há hoje 7 mil moléculas em desenvolvimento e cerca de metade delas trazem algum mecanismo de ação inovador. Ela destacou a atuação do grupo em que atua nas #doençasraras. “Há hoje cerca de 7 mil doenças raras e só 5% têm tratamento disponível. A maioria têm cunho genético”.

Uma dos cuidados que essas mudanças devem ter, segundo Luciana Holtz​, do Oncoguia, é que novos remédios devem vir também com o maior acesso pela população. “A palavra-chave de tudo que estamos discutindo é o acesso. É preciso discutir o acesso ao exame, ao especialista, ao tratamento e à equipe multidisciplinar”. Ela destacou que, mesmo com a existência de uma lei que garante o acesso ao tratamento pelo SUS ao paciente com câncer dentro e 60 dias, há ainda uma disparidade. “Há necessidade de um esforço muito grande para que isso vire uma prática”.

Fonte: Isto é

Atestado Médico


Ao faltar ao trabalho por motivo de doença, o trabalhador deve apresentar atestado médico para receber a remuneração do dia abonado. E a empresa que recebe o atestado não pode descontar as horas ou o dia trabalhado. Para se precaver, o empregado deve ficar com uma cópia do documento. O atestado válido só pode ser recusado se contrariado por junta médica. Saiba mais: http://bit.ly/7duvidasatestado.

Pare de Controlar Tudo

#FicaADicaDaFarmale 😊😄😉
Pessoas! É isso! Simples assim. Vamos tirar esses pesos dos nossos ombros, no final do dia você se sentirá bem mais leve.
@Regrann from @umcartao - Não adianta e não faz bem. - #regrann

Doença de Crohn, atividade física e foco

"Precisamos buscar forças". 👏👏👏 Precisamos buscar forças para não desistir! Não deu hoje? Mas você tentou realmente? Bom, amanhã busque seu melhor e não desista. 🔝Acredite, esse cara da foto tem #DoençaDeCrohn 😉👍Mantenha o foco naquilo que te faz feliz, que traz saúde para o seu corpo e seus pensamentos. Nada melhor do que uma conquista, concordam? Não é porque a sua doença é crônica, sem cura que você não pode ter uma vida saudável. Está em crise? Foque na remissão e não desista 💪. Vocês são inspiração para mim! Cada perfil nesse Instagram com #DIIque eu acompanho, tem sempre muita vontade de viver FELIZ. Cada depoimento que recebo no blog www.farmale.com.br tem vivências que dão suporte para quem está perdido. 🙌Amigos! Vamos seguir juntos, compartilhando nossas vitórias e se as derrotas chegarem, vamos voltar com o foco na remissão com um apoiando o outro 💜.#juntossomosmaisfortes#doençasinflamatoriasintestinais#retocoliteulcerativa #Crohn #empoderarpacientes#farmaleempodera #farmaleachouotimismo#farmaleachoudii
@Regrann from @treinadormateus10 - As vezes não estamos tão dispostos, e precisamos buscar forças para finalizar aquilo que nos foi proposto a realizar 👉 treino feito!! Buscando melhorar a linha👊
Treinador Mateus
Cref/Pr 006069
Consultoria Esportiva
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Feliz Dia dos Pais


Feliz Dia Papais!

Para os pais com DII (Doença Inflamatória Intestinal) e para os pais de filhos com DII desejo que nunca falte esperança e força para seguir. Ser pai com DII não é facil também... além dos problemas que q doença causa, ainda tem que lidar com a preocupação em estar bem para trabalhar e para participar ativamente da criação dos filhos. E quando a doença está nos filhos, a preocupação é enorme também... é muito dolorido ver um filho sofrendo. Então Papais, que a vontade de vencer nunca termine e se fortaleça todos os dias! 

Desejo um Feliz Dia dos Pais repleto de amor e paz! 

Corticoides

Ele tem lá a sua parcela de culpa, mas precisamos aprender a nos adaptar a essa rotina e aos efeitos colaterais. O Nutricionista é o profissional fundamental para te ajudar nesse momento, para evitar o ganho de peso exagerado, controlar a fome e evitar que você seja mais prejudicado do que ajudado nesse momento. Fazer alguma terapia, procurar ajuda de um Psicólogo, Yoga, algo que lhe dê suporte e tranquilidade nesse momento, também será muito bom. 
Então, nada de usar "é culpa do corticoide" como justificativa para tudo.

O texto abaixo é longo, mas cheio de informação importante. ;-)

Os glicocorticoides, também chamados de corticoides ou corticosteroides, são drogas poderosas, derivadas do hormônio cortisol produzido pela glândula suprarrenal. Os corticoides são frequentemente usados como parte do tratamento de doenças de origem inflamatória, alérgica, imunológica e até contra alguns tipos de câncer.
Apesar de ser um medicamento muito eficaz contra várias doenças graves, os corticoides apresentam um grande defeito: um perfil muito extenso de efeitos colaterais, alguns deles graves, outros esteticamente indesejáveis. Quando usados de forma prolongada, os corticoides levam ao ganho de peso, podem causar estrias, provocam acne, enfraquecem os ossos, etc.
O cortisol é um hormônio de estresse. Ele recebe esse nome, pois sua produção eleva-se toda vez que o nosso organismo encontra-se sob estresse físico, como nos casos de traumatismos, infecções ou cirurgias. O cortisol aumenta a disponibilidade de glicose e energia, eleva a pressão arterial, aumenta o tônus cardíaco e prepara o organismo para sofrer e combater insultos.
🔴 TIPOS DE CORTICOIDES
Os glicocorticoides usados na prática médica são versões sintéticas, produzidas laboratorialmente, do hormônio natural cortisol. Existem várias formulações sintéticas de corticoides, as mais usadas são a prednisona, prednisolona, hidrocortisona, dexametasona, metilprednisolona e beclometasona (via inalatória).
Todos os corticoides sintéticos são mais potentes que o cortisol natural, exceto pela hidrocortisona, que apresenta uma potência semelhante.
60 mg de prednisona apresentam o mesmo efeito que 2 mg de dexametasona ou 300 mg do cortisol natural. Devido a essa potência maior dos corticoides sintéticos, conseguimos administrar nos pacientes doses muito acima dos níveis fisiológicos do cortisol, o que é essencial para o tratamento de algumas doenças, as autoimunes.
🔴 MUITAS DOENÇAS PODEM SER TRATADAS COM CORTICOIDES
A prednisona e os corticoides em geral são drogas que conseguem modular processos inflamatórios e imunológicos do nosso organismo, tornando-se extremamente úteis em uma infinidade de doenças. Qualquer doença de origem alérgica, inflamatória ou autoimune pode ser tratada com algum desses corticoides.
Em situações normais, a secreção de cortisol pela suprarrenal apresenta um ciclo circadiano, ou seja, sofre alterações de acordo com o período do dia. Durante as primeiras horas da manhã, a sua secreção está muito elevada, reduzindo-se ao máximo por volta das 23 horas. Por isso, optamos por administrar os corticoides durante a parte da manhã para tentar simular a secreção fisiológica que o organismo está habituado, diminuindo, assim, a incidência de efeitos colaterais.
Conforme a dose vai sendo elevada, a prednisona, ou qualquer outro glicocorticoide, começa a apresentar efeitos imunossupressores, o que justifica os seu uso nas doenças autoimunes e no transplante de órgãos.
Os corticoides podem ser administrados por várias vias. Por exemplo, corticoides sistêmicos são aqueles tomados por via oral ou via intravenosa. Na asma é muito comum a administração do corticoide inalatório. Na rinite e sinusite a via preferencial é a intranasal. Nas doenças de pele, o corticoide é tópico, ou seja, em cremes ou pomadas. Pode haver corticoides em colírios e em soluções para administração nos ouvidos. Nas artrites a via pode ser intra-articular (infiltração).
🔴 Efeitos colaterais metabólicos dos corticoides: Os efeitos colaterais estão intimamente relacionados à dose e ao tempo de uso.
A partir da dose de 5 mg por dia há uma clara tendência ao ganho de peso e acúmulo de gordura na região do tronco e abdômen. Quanto maior for a dose do corticoide, maior é o ganho de peso.
Além do acúmulo de gordura, a corticoterapia crônica também leva a alterações do metabolismo da glicose, podendo, inclusive, provocar diabetes mellitus. O risco é maior nos indivíduos que já apresentam valores de glicose ligeiramente alterados antes do início da corticoterapia. Apesar do diabetes ser reversível na maioria dos casos após a suspensão da droga, alguns pacientes permanecem diabéticos para o resto da vida.
Doses diárias de prednisona acima de 10 mg por mais de 3 meses também podem provocar alterações nos níveis de colesterol, nomeadamente elevações no colesterol LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos, e redução dos níveis de colesterol HDL (colesterol bom).
🔴 CUIDADOS E PERIGOS DO USO DE CORTICOIDES
A corticoterapia prolongada requer alguns cuidados, principalmente na hora de se suspender a droga.
O uso de prednisona ou similares por muito tempo, inibe a produção natural de cortisol pela glândula suprarrenal. Como os corticoides sintéticos têm uma meia-vida de algumas horas apenas, a suspensão abrupta faz com que após 2 ou 3 dias os níveis de cortisol fiquem próximo de zero. Quando a suprarrenal fica muito tempo inibida pela administração de corticoides exógenos, ela demora até voltar a produzir o cortisol naturalmente. Em geral, tratamentos que duram menos de 3 semanas não costumam causar grandes efeitos colaterais nem causam inibição prolongada das supra renais.
Como o cortisol é um hormônio essencial para a vida, o paciente que suspende o corticoide sintético abruptamente entra em um estado chamado de insuficiência suprarrenal, podendo evoluir para choque circulatório, coma e óbito, se não for rapidamente atendido.
 Por isso, a retirada dos corticoides após uso prolongado deve ser sempre feita de modo lento e gradual. Nunca se deve suspender o tratamento sem conhecimento médico .