“Lembro muito de um paciente que me falou: todos queremos não só viver, mas ter também as mesmas oportunidades de tratamento. Esse é um resumo do que a medicina deve ser no futuro”, ressalta. “Quando se pensa no futuro, falamos de personalização. E isso já é realidade. Você faz um teste, detecta mutações e consegue individualizar um tratamento. Se o paciente não tem informação, provavelmente vai chegar muito tarde na cadeia dos medicamentos, e aí não é possível prolongar sua vida com boa qualidade.”
Jorge Alves, da BMS, lembrou que a enorme quantidade de informações geradas hoje no setor da saúde poderá evitar desperdícios e fazer com que, cada vez mais, o paciente consiga usar exatamente a medicação que precisa. “A Big Data vai ajudar muito na definição do melhor tratamento, de forma a evitar desperdícios.”
Já a diretora médica da Sanofi, Luciana Giangrande, destacou que há hoje 7 mil moléculas em desenvolvimento e cerca de metade delas trazem algum mecanismo de ação inovador. Ela destacou a atuação do grupo em que atua nas #doençasraras. “Há hoje cerca de 7 mil doenças raras e só 5% têm tratamento disponível. A maioria têm cunho genético”.
Uma dos cuidados que essas mudanças devem ter, segundo Luciana Holtz, do Oncoguia, é que novos remédios devem vir também com o maior acesso pela população. “A palavra-chave de tudo que estamos discutindo é o acesso. É preciso discutir o acesso ao exame, ao especialista, ao tratamento e à equipe multidisciplinar”. Ela destacou que, mesmo com a existência de uma lei que garante o acesso ao tratamento pelo SUS ao paciente com câncer dentro e 60 dias, há ainda uma disparidade. “Há necessidade de um esforço muito grande para que isso vire uma prática”.
Fonte: Isto é
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