As crianças nascidas de mulheres que
foram tratadas com anticorpos contra o fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa)
durante a gravidez têm níveis detectáveis de anticorpos até os 12 meses de idade,
de acordo com os resultados de um estudo recente, "Concentrações de
Adalimumab e Infliximab em mães e recém-nascidos e efeitos sobre a
infecção," publicados na revista Gastroenterology.
O tratamento para a doença
inflamatória intestinal (DII) depende de anticorpos anti-TNF, tais
como as drogas adalimumab e infliximab. Gestantes com DII são muitas vezes
tratadas com os anticorpos anti-TNF para prevenir ou reduzir as chances de
parto prematuro e baixo peso do recém-nascido. No entanto, os efeitos da exposição do
utero aos agentes anti-TNF após o nascimento em
recém-nascidos é desconhecida.
Uma equipe de pesquisadores realizaram um estudo para investigar as concentrações
de adalimumab e infliximab no sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos e
taxas de depuração plasmática ou clearance (taxa de excreção de uma substância que estava no sangue) após o nascimento. A equipe também determinou como estes
níveis correlacionaram com as mães no nascimento, e como isso afeta o risco de
infecção durante o primeiro ano de vida.
Os autores analisaram 80 mulheres
grávidas com DII em hospitais da Dinamarca, Austrália e Nova Zelândia. Trinta e seis gestantes receberam adalimumab, 44 o infliximab e 39 tiopurinas (classe de drogas que são usadas para suprimir a atividade normal do sistema imunológico do corpo) concomitante durante a gravidez.
Os pesquisadores analisaram
registros médicos em atividade da doença e o tratamento antes, durante e após a
gravidez; dosaram a concentração de anticorpos TNF-alfa em amostras de
sangue de mulheres no parto, no cordão umbilical, e em crianças a cada três meses
até os anticorpos não serem mais detectados.
Os pesquisadores detectaram anticorpos
anti-TNF em recém-nascidos até os 12 meses de idade. O adalimumab levou uma média de 4 meses para depuração enquanto o infliximab levou 7 meses. Ocorreram infecções bacterianas e virais, mas todos com cursos benignos. As
infecções virais foram mais prevalentes (20%) do que a bacteriana (5%). Crianças cujas mães receberam terapia de anti-TNF combinada à tiopurina tinham maiores riscos de desenvolver infecções quando comparados
aqueles que receberam somente anti-TNF.
"Este estudo demonstra que a depuração do infliximab na criança após a exposição durante
a gravidez é mais lenta do que o relatado anteriormente", escreveu Mette
Julsgaard, MD, PhD, do departamento de Gastroenterologia e Hepatologia no
Hospital da Universidade de Aarhus na Dinamarca. "Com base nesses resultados, sugerimos que nenhuma vacina de vírus vivo deve ser dado durante o primeiro ano de vida nos filhos de mulheres tratadas com anti-TNF durante a gravidez," concluíram os pesquisadores. "Gestantes tratadas com terapia de combinação devem receber aconselhamento sobre o potencial risco de infecções pós-parto em seu bebê, que deve ser prontamente avaliada." Estas declarações foram publicada no dia 26 de abril/16, no Healio (site de informações clínicas), link: http://goo.gl/MoSIIB
Fontes: http: http://goo.gl/QS35z2
Trouxe essa notícia, que encontrei no IBD News Today, pois muitas dúvidas ainda existem sobre quais terapias deverão ser adotadas durante a gestação. Durante a minha gravidez, o primeiro problema foi encontrar um Médico com experiência em DII na gravidez, mas eu encontrei e este é meu Médico até hoje. Ele expôs toda a sua experiência correlacionando com dados ciêntíficos e deixou que eu optasse como seria meu tratamento, ou seja, ele me empoderou com todas as informações e assim pude escolher o que me deixaria mais tranquila. Optamos por manter o infliximab até o primeiro trimestre, sendo que a última infusão não fiz, pois estava muito resfriada e mantive, então, a azatioprina sem interrupção (hoje não faço mais uso), mas para isso não amamentei. A escolha por não amamentar foi baseada na minha segurança e do bebê, pois seria muito pior eu entrar em crise (doença de Crohn) por não estar usando as medicações e precisar de uma internação que me deixaria longe da minha filha em um momento muito delicado e necessário da mãe estar junto a sua cria. Veja bem, aqui não estou deixando uma opção de tratamento e sim, compartihando a minha experiência, cada paciente deve ser visto como um indivíduo com todas as suas particularidades e somente você e seu médico poderão decidir o que será melhor para você e o bebê, após avaliarem os riscos e benefícios. O importante, que eu quero destacar é você, paciente, encontrar um profissional que lhe empodere para que você siga confiante nas decisões sobre o seu tratamento.
Esperando Sophia |
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