O Dia
Mundial da Saúde foi criado em 7 de abril de 1948 pela Assembleia Mundial
da Saúde, essa data foi escolhida para coincidir com a data de fundação da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Todos os anos são realizadas campanhas para
fomentar a consciência sobre algum tema chave relacionado com a saúde
mundial.
Em 1946, a
Organização Mundial de Saúde aprovou um conceito que visava ampliar a visão do
mundo a respeito do que seria estar saudável: “A saúde é um estado de completo
bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou
enfermidade". De acordo com esse conceito, percebemos que a saúde deve ser
vista como uma forma de total bem-estar, que é conseguido não só através do
tratamento de doenças ou sua prevenção, mas através de qualidade de vida.
Muitas
pessoas consideram-se saudáveis quando estão sem nenhuma doença, porém, a falta
de enfermidades não significa saúde. Estar saudável requer a análise de um
conjunto de fatores, tais como a qualidade de vida e aspectos mentais e
físicos.
Você sabe o
que é ter qualidade de vida? De acordo com a lei 8.080 de 1990, encontramos a
definição de saúde como sendo um direito fundamental do ser humano, devendo o
Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. Quais são
essas condições? A alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o
lazer, o acesso aos bens e serviços essenciais, ou seja, qualidade de
vida.
Durante a minha graduação em Farmácia o assunto que mais me atraía era Atenção Farmacêutica, tanto que fez parte do meu trabalho de conclusão de curso (TCC) e claro, direcionada aos portadores de doença de Crohn e retocolite ulcerativa. Para a maioria das pessoas, o Farmacêutico é o profissional do medicamento, mas esse paradigma vem mudando cada vez mais, com o foco não mais voltado para o medicamento e sim para o usuário do medicamento. Sempre acreditei nisso, pois o básico para o Farmacêutico é dominar o assunto medicamento, mas devemos ver o Farmacêutico como o profissional do medicamento que cuida das relações dos pacientes com a terapia farmacológica.
No marco do
Dia Mundial da Saúde de 2017, comemorado a cada 7 de abril, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) deu início a uma campanha sobre depressão, transtorno
que pode afetar pessoas de qualquer idade em qualquer etapa da vida. Com o lema
“Let’s talk”
(“Vamos conversar”, em português), a iniciativa reforça que existem formas de
prevenir a depressão e também de tratá-la, considerando que ela pode levar a
graves consequências.
Conversar
abertamente sobre depressão é o primeiro passo para entender melhor o assunto e
reduzir o estigma associado a ele. Assim, cada vez mais pessoas poderão
procurar ajuda. Confira mais informações sobre depressão.
Principais
fatos
- A depressão é um transtorno
mental frequente. Globalmente, estima-se que 350 milhões de pessoas de
todas as idades sofrem com esse transtorno.
- Depressão é a principal causa de
incapacidade em todo o mundo e contribui de forma muito importante para a
carga global de doenças. Mais mulheres são afetadas pela depressão que os
homens. No pior dos casos, a depressão pode levar ao suicídio.
- Existem vários tratamentos
eficazes para depressão.
Visão
geral
A depressão
é uma doença comum em todo o mundo, com uma estimativa de 350 milhões de
pessoas afetadas. A condição é diferente das flutuações usuais de humor e das
respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana.
Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou grave, a
depressão pode se tornar uma séria condição de saúde. Ela pode causar à pessoa
afetada um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio
familiar. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de
800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano - sendo a segunda principal
causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.
Embora
existam tratamentos eficazes conhecidos para depressão, menos da metade dos
afetados no mundo (em muitos países, menos de 10%) recebe tais tratamentos. Os
obstáculos ao tratamento eficaz incluem a falta de recursos, a falta de
profissionais treinados e o estigma social associado aos transtornos mentais.
Outra barreira ao atendimento eficaz é a avaliação imprecisa. Em países de
todos os níveis de renda, pessoas com depressão frequentemente não são
diagnosticadas corretamente e outras que não têm o transtorno são muitas vezes
diagnosticadas de forma inadequada.
A carga da
depressão e de outras condições de saúde mental está em ascensão no mundo. Uma
resolução da Assembleia Mundial da Saúde aprovada em maio de 2013 exigiu uma
resposta abrangente e coordenada aos transtornos mentais em nível nacional.
Tipos e sintomas
Tipos e sintomas
Um episódio
depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da
intensidade dos sintomas. Um indivíduo com um episódio depressivo leve terá
alguma dificuldade em continuar um trabalho simples e atividades sociais, mas
provavelmente sem grande prejuízo no funcionamento global. Durante um episódio
depressivo grave, é improvável que a pessoa afetada possa continuar com
atividades sociais, de trabalho ou domésticas.
Uma
distinção fundamental também é feita entre depressão em pessoas que têm ou não
um histórico de episódios de mania. Ambos os tipos de depressão podem ser
crônicos (isto é, acontecem durante um período prolongado de tempo), com
recaídas, especialmente se não forem tratados.
Transtorno
depressivo recorrente:
esse distúrbio envolve repetidos episódios depressivos. Durante esses
episódios, a pessoa experimenta um humor deprimido, perda de interesse e prazer
e energia reduzida, levando a uma diminuição das atividades em geral por pelo
menos duas semanas. Muitas pessoas com depressão também sofrem com sintomas
como ansiedade, distúrbios do sono e de apetite e podem ter sentimentos de
culpa ou baixa auto-estima, falta de concentração e até mesmo aqueles que são
clinicamente inexplicáveis.
Transtorno
afetivo bipolar:
esse tipo de depressão consiste tipicamente na alternância entre episódios de
mania e depressivos, separados por períodos de humor normal. Episódios de mania
envolvem humor exaltado ou irritado, excesso de atividades, pressão de fala,
auto-estima inflada e uma menor necessidade de sono, além da aceleração do
pensamento.
Fatores
que contribuem e prevenção
A depressão
resulta de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e
biológicos. Pessoas que passaram por eventos adversos durante a vida
(desemprego, luto, trauma psicológico) são mais propensas a desenvolver
depressão. A depressão pode, por sua vez, levar a mais estresse e disfunção e
piorar a situação de vida da pessoa afetada e o transtorno em si.
Há relação
entre a depressão e a saúde física; por exemplo, doenças cardiovasculares podem
levar à depressão e vice e versa.
Doenças crônicas podem ser o gatilho para a depressão, esse transtorno mental que afeta 350 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Pesquisas ressaltam a necessidade de avaliar os pacientes crônicos para verificar se apresentam sinais e sintomas da depressão. “Os resultados de pesquisas epidemiológicas sugerem que a depressão é uma comorbidade das doenças crônicas. Conhecer e tratar essa interação parece crucial para lidarmos efetivamente com as comodidades, melhorando as perspectivas de saúde e qualidade de vida dos pacientes”, observa Frank J. Snoek, pesquisador do Departamento de Psicologia Médica da Universidade de Amsterdã.
Doenças crônicas podem ser o gatilho para a depressão, esse transtorno mental que afeta 350 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Pesquisas ressaltam a necessidade de avaliar os pacientes crônicos para verificar se apresentam sinais e sintomas da depressão. “Os resultados de pesquisas epidemiológicas sugerem que a depressão é uma comorbidade das doenças crônicas. Conhecer e tratar essa interação parece crucial para lidarmos efetivamente com as comodidades, melhorando as perspectivas de saúde e qualidade de vida dos pacientes”, observa Frank J. Snoek, pesquisador do Departamento de Psicologia Médica da Universidade de Amsterdã.
Está
demonstrado que os programas de prevenção reduzem a incidência da depressão.
Entre as estratégias comunitárias eficazes para prevenir essa condição, estão
os programas escolares que promovem um modelo de pensamento positivo entre
crianças e adolescentes. Intervenções direcionadas aos pais de crianças com
problemas comportamentais podem reduzir os sintomas depressivos dos pais e
melhorar os resultados de seus filhos. Os programas de exercício para pessoas
idosas também podem ser eficazes para prevenir a depressão.
Diagnóstico
e tratamento
Existem
tratamentos eficazes para depressão moderada e grave. Profissionais de saúde
podem oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia
cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal ou medicamentos
antidepressivos. Os provedores de saúde devem ter em mente a possibilidade de
efeitos adversos associados aos antidepressivos, a possibilidade de oferecer um
outro tipo de intervenção (por disponibilidade de conhecimentos técnicos ou do
tratamento em questão) e preferências individuais. Entre os diferentes
tratamentos psicológicos a serem considerados estão os individuais ou em grupo,
realizados por profissionais ou terapeutas leigos supervisionados.
Os
tratamentos psicossociais também são efetivos para depressão leve. Os
antidepressivos podem ser eficazes no caso de depressão moderada-grave, mas não
são a primeira linha de tratamento para os casos mais brandos. Esses
medicamentos não devem ser usados para tratar depressão em crianças e não são,
também, a primeira linha de tratamento para adolescentes. É preciso utilizá-los
com cautela.
Resposta
da OMS
A depressão
é uma das condições prioritárias cobertas pelo Mental Health Gap Action
Programme (mhGAP) da Organização Mundial da Saúde (OMS). O programa visa ajudar
os países a aumentar os serviços prestados às pessoas com transtornos mentais,
neurológicos e de uso de substâncias, por meio de cuidados providos por
profissionais de saúde que não são especialistas em saúde mental. A iniciativa
defende que, com cuidados adequados, assistência psicossocial e medicação,
dezenas de milhões de pessoas com transtornos mentais, incluindo depressão,
poderiam começar a levar uma vida normal - mesmo quando os recursos são
escassos.
Fontes:
Farmale - Dia
Mundial da Saúde - 7 de abril
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