O objetivo é amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, além induzir a remissão clínica e a prevenção de recorrências da doença
O Ministério
da Saúde acaba de incorporar o medicamento Certolizumabe Pegol para tratamento
da Doença de Crohn, no nível moderado a grave, por meio do Sistema Único de
Saúde (SUS). A decisão, publicada no Diário Oficial da União (D.O.U) desta
quinta-feira (05/01/17), atualiza o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas
(PCDT) dessa enfermidade, modernizando os tratamentos médicos com as devidas
orientações em relação aos critérios, melhores formas de atuação e dosagem do
remédio para cada caso.
A Doença de
Crohn é uma doença inflamatória que pode afetar qualquer parte do tubo
digestivo, desde a boca até o ânus, e tem origem ainda não conhecida. Pacientes
com o estágio moderado a grave usualmente estão com a saúde bastante
comprometida e apresentam um ou mais dos seguintes sintomas: febre, perda de
peso, dor abdominal acentuada, anemia e diarreia frequente. Com esse novo
medicamento, a expectativa é amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de
vida do portador da doença.
O tratamento costuma ser complexo e pode exigir, em alguns casos, combinação dos medicamentos e procedimentos cirúrgicos, necessários para tratar obstruções, complicações infecciosas e/ou que rejeições ao tratamento medicamentoso. A melhor decisão será definida, após análise médica especializada, de acordo com a localização da doença, o grau de atividade e as possíveis complicações, de forma individualizada e com base na resposta sintomática e tolerância ao tratamento. O objetivo é induzir a remissão clínica e a prevenção de recorrências da doença. O remédio também tem indicação para os pacientes adultos que não tiveram resposta adequada a outros tratamentos.
Atualmente,
o SUS oferece sete medicamentos para o tratamento da doença de Crohn:
Compete
aos gestores estaduais e municipais estruturar a rede assistencial, definir os
serviços referenciais e estabelecer os fluxos para o atendimento dos indivíduos
com a doença em todas as etapas do tratamento.
PCDTS – O objetivo dos PCDTs é
estabelecer os critérios de diagnóstico e tratamento de cada doença, assim como
as doses e medicamentos adequados para cada caso. Também são avaliados os
mecanismos para monitoramento clínico em relação à efetividade do tratamento e
supervisão de possíveis efeitos adversos, orientando médicos, enfermeiros e
demais profissionais de saúde a como realizar o diagnóstico, o tratamento e a
reabilitação dos pacientes.
As
deliberações da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS
(CONITEC) são tomadas com base na existência de evidências científicas de
eficácia, efetividade, segurança e de estudos de avaliação econômica da
tecnologia proposta em comparação às demais incorporadas anteriormente, bem
como na relevância e no impacto da nova incorporação ao SUS.
As
publicações têm como base os conceitos das Redes de Atenção à Saúde, que contam
com sistemas logísticos e de apoio necessários para garantir a oferta de ações
de promoção, detecção precoce, diagnóstico, tratamentos e cuidados paliativos e
integrais por meio da rede pública de saúde.
Desde a
criação, a comissão incorporou 178 tecnologias ao SUS, com impacto estimado de
R$ 2,5 bilhões. Entre as últimas incorporações de destaque está o medicamento
Dolutegravir, considerado o melhor antirretroviral para pacientes que vivem com
Aids. A expectativa é que cem mil pessoas iniciem o novo tratamento em 2017.
INCORPORAÇÃO
– Qualquer nova
tecnologia deve passar pela CONITEC, que tem a função de assessorar o
Ministério da Saúde na incorporação, alteração ou exclusão de tecnologias no
âmbito do SUS e da Saúde Suplementar, bem como analisar a tecnologia em
consonância com as necessidades sociais em saúde e com a gestão do SUS.
Fonte:
Portal da Saúde
Mais
informações nos links abaixo:
O Farmale é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde, nutrição e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário