A fístula
anal ocorre frequentemente como resultado de um abscesso que se formou nesta
região. A secreção purulenta contida dentro do #abscesso é eliminada,
naturalmente ou com ajuda de tratamento médico, dando lugar à formação de uma
fístula anal, que é o resultado final da cura de um abscesso desta região. A
fístula, portanto, comunica a região interna do canal anal ou reto até a pele
da região externa do períneo ou nádegas. Não é uma complicação do tratamento e
sim uma evolução natural da condição. É um problema que exige avaliação e
tratamento especializado para sua cura. Não é sempre que um abscesso desta
região produz uma fístula e, por isto, não se pode prever quando um abscesso
irá formar uma fístula, podendo ocorrer em cerca de metade dos casos de abscesso
anal. Outra causa comum de fístula anal é a doença inflamatória do intestino ou
$colite. Não raro, as fístulas já formadas podem novamente infectar formando um
novo abscesso.
Tratamentos
mais comuns para a fístula anal
Fístulas são
tratadas, na maioria das vezes, através de cirurgia programada. Algumas
fístulas podem necessitar de exames antes da cirurgia, como ultrassonografia ou
ressonância magnética.
Existem tipos diferentes de fístula. Então, de acordo com as características e profundidade de sua apresentação é escolhido o tipo de cirurgia ou técnica. A fístula anal pode ser mais superficial sendo o seu tratamento mais simples. Neste caso é realizada a abertura e curetagem destes trajetos fistulosos. Essas técnicas são conhecidas como fistulotomia e fistulectomia. Entretanto, nos casos de fístulas complexas, quando é comum o envolvimento dos músculos do esfíncter, o tratamento pode se tornar difícil. Por este motivo estas cirurgias devem ser realizadas por médicos cirurgiões especializados (coloproctologistas). A maioria dos casos têm sua fístula operada em dois tempos (duas cirurgias) com intervalo aproximado de 2 a 4 meses entre as duas. Neste caso, é aplicado um cordão de fio cirúrgico ou de algodão chamado sedenho, com vistas a facilitar a segunda cirurgia e poupar o músculo esfíncter.
Outro tipo
de cirurgia utilizado atualmente é o retalho, indicado em determinados casos de
maior complexidade ou que envolvem uma porção significativa do esfíncter. A
recidiva em todos os tipos de técnica é possível, mas pode ser minimizada
através da atenção necessária às recomendações de seu cirurgião.
Fonte:
www.sbcp.org.br
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