Ouvir música
não é só um entretenimento e uma medida para acalmar e relaxar – ela pode
trazer diversos benefícios para a saúde, como alívio de dores, melhora da
memória e até mesmo um estímulo para a prática de atividade física.
Cientistas
já concluíram que a influência da música pode ser um evento casual, que surge
de sua capacidade de mobilizar sistemas do cérebro que foram constituídos com
outros objetivos – como dar conta da linguagem, da emoção e do movimento. Em
seu livro Como a mente funciona (Companhia das Letras, 1998), o psicólogo
Steven Pinker, da Universidade Harvard, compara a música a uma “guloseima
auditiva”, feita para “pinicar” áreas cerebrais envolvidas em funções
importantes. Mas, como resultado desse acaso, os sons harmoniosos oferecem um
novo sistema de comunicação, com base mais em percepções sutis que em
significados. Pesquisas recentes mostram, por exemplo, que a música conduz
certas emoções de forma consistente: o que sentimos ao ouvir algumas canções e
melodias é bastante similar ao que todas as outras pessoas na mesma sala
sentem.
Estudos
mostram que a música alegre, tensa ou empolgante pode excitar fisicamente o
ouvinte, desencadeando resposta de luta e fuga: as taxas cardíacas e
respiratórias aumentam, a pessoa pode suar e a adrenalina penetra na corrente
sanguínea. Esse efeito explica por que tantas pessoas gostam de ouvir rock ou
hip-hop enquanto fazem ginástica – a música instiga respostas do sistema
fisiológico para a execução de movimentos de alta energia. O efeito psicológico
também é importante: a distração torna o exercício mais divertido. De forma
geral, melodias energizantes tendem a melhorar o humor, nos deixando mais
despertos quando estamos cansados e criando sensação de empolgação.
Por outro
lado, a música pode acalmar, reduzindo os níveis do hormônio do estresse, o
cortisol, na corrente sanguínea, baixando as taxas cardíacas e respiratórias e
aliviando a dor. Um exemplo clássico de redução de ansiedade: uma mãe
acalentando seu bebê com uma canção. Estudos clínicos também revelam que a
música é uma poderosa ferramenta para relaxar os pacientes que sofrerão uma
cirurgia, ajuda a controlar a dores e a amenizar a agitação de crianças e
pessoas com demência. Em 2000, a enfermeira Linda A. Gerdner, pesquisadora de
temas ligados a gerontologia na Universidade do Arkansas para Ciências Médicas,
apresentou a 39 pacientes severamente atingidos pelo Alzheimer a música de que
gostavam, duas vezes por semana, durante um mês e meio. A canção favorita
reduziu os níveis de agitação dos pacientes durante e após a sessão muito mais
que as clássicas músicas de relaxamento. Neurocientistas também constataram que
ouvir uma música muito apreciada pode reduzir a dor – e esse efeito analgésico
persiste por algum tempo quando a música para. E, claro, intuitivamente, as
pessoas se automedicam com música o tempo todo. É comum que as pessoas as usem
com o propósito de melhorar ou alterar o estado emocional. Cientistas se
perguntam se, dada a indiscutível atração humana pela música, seu processamento
poderia ter uma raiz única no cérebro, além da “carona” que pega em outros
sistemas.
Talvez nunca
saibamos por que a música existe. Ainda assim podemos usá-la para nos animar ou
acalmar, amenizar dores e ansiedade ou formar vínculos.
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