Amigos do Rio, dia 14 vocês têm mais um super encontro com a informação na
Primeira Edição da Feira Rara 2017 na Cinelândia. São 10 associações cariocas
disponíveis para divulgar seu trabalho tirar dúvidas sobre diversas doenças
raras! Esperamos todos vocês!
Domingo foi um dia lindo! Ver todas
aquelas pessoas unidas para conscientizar sobre as doenças raras foi
inspirador! Todos exigindo seus direitos, melhoria da qualidade de vida, dignidade,
respeito, visibilidade, inclusão... Estar lá junto com eles representando as Doenças
Inflamatórias Intestinais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa) significa
muito para mim!
Dia 14 de março estarei novamente
representando as DII na Primeira Edição da Feira Rara que faz parte da Jornada
Rara Rio 2017
Podia parar por aqui, mas... sempre
faço textão e dessa vez achei tão importante tudo que vou compartilhar abaixo que não dá para deixar para outro texto. Então, lá vem textão sim!
Doenças Raras
O número
exato de doenças raras ainda é desconhecido, mas atualmente são descritas de
sete a oito mil doenças na literatura médica, sendo que 80% delas decorrem de
fatores genéticos e os outros 20% estão distribuídos em causas ambientais,
infecciosas e imunológicas.
Doenças
raras, atingem cerca de 13 milhões de pessoas no Brasil. No mundo todo, mais de
400 milhões de pessoas sofrem com algum tipo de doença rara.
Até o início
dos anos 80, essas doenças não faziam parte dos programas governamentais. A
atuação da sociedade, por meio de organizações de pacientes e movimentos
sociais, mudou esse quadro. Nos últimos anos, as doenças raras ganharam atenção
na agenda de prioridades do governo federal. Em 2014, o Ministério da Saúde
instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras.
Conceito
Segundo
conceito adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da
Saúde, doença rara é aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil
indivíduos, ou seja, 1,3 para cada duas mil pessoas. São caracterizadas por
ampla diversidade de sinais e sintomas e variam não só de doença para doença,
mas também de pessoa para pessoa. Estima-se que 80% delas têm causa genética e
as demais, causas ambientais, infecciosas, imunológicas, entre outras.
Não existe
uma cura, mas há medicamentos para tratar os sintomas e mesmo que o medicamento
não cure ou não contenha a evolução da doença, ele pode manter o paciente em
boas condições para ter acesso à geração seguinte de medicamentos que logo
virão e certamente serão mais eficientes.
Manifestações
relativamente frequentes podem simular doenças comuns, dificultando o seu
diagnóstico, causando elevado sofrimento clínico e psicossocial aos afetados,
bem como para suas famílias. As Doenças Raras são geralmente crônicas,
progressivas, degenerativas e até incapacitantes, afetando a qualidade de vida
das pessoas e de suas famílias.
Com a
implementação da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças
Raras, foram incorporados, inicialmente, 15 exames de biologia molecular e
citogenética, além do aconselhamento genético na tabela de procedimentos do
SUS.
Algumas
doenças raras são:
- Hemofilia - distúrbio genético
que afeta a coagulação do sangue;
- Narcolepsia - distúrbio do sono;
- Acromegalia - doença que provoca
aumento das mãos e dos pés;
- Doença de Gaucher - que causa
alterações no fígado e no baço.
Pessoas
atingidas pelas doenças raras enfrentam grande dificuldade na procura por um
diagnóstico - que é feito muitas vezes tardiamente - e no acesso a cuidados de
saúde de qualidade. Também têm que lidar com a falta de informação e de
orientação adequada por profissionais qualificados.