O comprimido experimental da Celgene contra a doença de Crohn ajudou mais
pacientes do que os analistas esperavam. O novo teste reforça os resultados
positivos de um estudo anterior e deve aumentar a confiança dos investidores
nas chances de aprovação do medicamento.
Smarter Analyst |
Trinta e sete por cento dos pacientes tiveram melhora de 25 por cento ou mais da
pontuação que mede a saúde dos intestinos após tomar o remédio, chamado
GED-0301, afirmou a Celgene no domingo, em comunicado. Os especialistas esperam
que uma parcela de um quarto ou mais dos pacientes apresente essa melhora,
segundo Michael Yee, analista da RBC Capital Markets. Trinta e sete
Os médicos
realizaram uma endoscopia para obter imagens dos aparelhos digestivos de 63
pacientes a fim de verificar se úlceras no cólon e nos intestinos haviam
começado a se curar depois que passaram a tomar o remédio. Os dados divulgados
no domingo incluíram 52 pacientes com endoscopias que puderam ser avaliadas,
segundo o comunicado.
O grupo com
mais tempo de tratamento, 12 semanas, apresentou os melhores resultados, com
48% em remissão, afirmou a Celgene. A fabricante de medicamentos também
realizou testes em períodos de oito e de quatro semanas.
Embora
pequeno, o teste com endoscopia foi acompanhado de perto pelos investidores. O
GED-0301 teve resultados notáveis em um teste em estágio intermediário, em que
mais de 60% dos pacientes reportaram remissão após a dosagem mais elevada.
Contudo,
esse teste se baseou nos sintomas relatados pelos pacientes, sem que seus
intestinos tenham sido examinados. No mês passado, a Celgene afirmou que
"uma parte" dos pacientes que passaram pelo tratamento apresentou
melhoras endoscópicas, mas não revelou números específicos.
O tratamento
da Celgene funciona com a promoção de uma proteína no intestino para ajudar a
controlar células imunológicas que atacam o sistema digestivo de pacientes com
a doença de Crohn. Essa condição afeta mais de 750 mil pessoas nos EUA,
causando dores abdominais e, na maioria dos casos, exige cirurgia.
Alguns dos
remédios mais vendidos do mundo são usados no tratamento da doença de Crohn,
como o Remicade, da Johnson & Johnson, e o Humira, da AbbVie. Contudo,
cerca de um quarto dos pacientes com doença de Crohn não responde a esse tipo
de medicamento, conhecido como anti-TNF, o que levou laboratórios como Biogen,
Gilead Sciences e Roche Holding a testar novas abordagens para atacar a doença
autoimune.
A Celgene
pagou US$ 710 milhões à vista em 2014 pela compra dos direitos do GED-0301 da
Nogra Pharma, fabricante de remédios de capital fechado com sede em Dublin.
Fonte: UOL
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